quarta-feira, julho 30, 2008

Lições Bíblicas - 14b

A Igreja


Outro passo importante no discipulado: apresentar a Igreja ao novo discípulo, como a Bíblia diz que ela é, com suas virtudes e suas falhas.

a. A Igreja é uma comunidade de amor - Jo 15.9-13, 17; 1Jo 4.19-21; Jo 11.32-36; 2Co 12.15. Da realidade deste aspecto da Igreja depende a realização dos demais. É importante que o evangelizando encontre novos amigos na Igreja, pois ele certamente vai perder antigos amigos, dos quais não será mais companheiro, embora continue sendo amigo deles.

b. A Igreja é uma família, a família de Cristo- Ef 3.14-15, Mc 3.31-35. Por isso é que os cristãos são referidos em Atos como "os irmãos" (15.3 e 23); na Igreja primitiva "tinham tudo em comum" - At 2.44. Precisamos levar a sério o fato de sermos irmãos; os cristãos de Jerusalém levaram isso até as últimas consequências - At 4.32.

c. A Igreja é um corpo - como um organismo vivo, os membros estão intimamente relacionados uns com os outros, precisando cooperar mutuamente em tudo - 1Co 12.13-27. Para isso a Igreja deve estruturar-se convenientemente.

d. A Igreja é uma comunidade terapêutica. Todos nós somos pessoas carentes; uns mais, outros menos, mas todos somos carentes. Este é um ponto que tem sido pouco tratado entre nós. Por essa razão vamos nos alongar um pouco.

Nossas carências podem ser espirituais, morais, emocionais, físicas, financeiras, etc. Todos queremos ser acolhidos com nossas carências e assim ternos de nos acolher uns aos outros, por mais custoso que isto seja. Paulo recomenda: "...suportando-vos (apoiando-vos) uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros..." - Cl 3.12-14 e Tg 5.16: "Confessai ... orai uns pelos outros".

As carências emocionais e os problemas do passado e do presente tornam uma pessoa até mesmo psicologicamente enferma. Pois, psicólogo ou não, por amor e com a sabedoria e bom senso dados pelo Espírito Santo, precisamos ajudar-nos até quando os problemas chegam a afetar a saúde emocional e psíquica de alguém. Lembremo-nos de que existem doenças físicas resultantes de problemas emocionais. Ajudando na cura destes, estaremos ajudando na cura até de enfermidades físicas de origem emocional. Toda cura vem de Deus - Sl 103.3.

A Igreja é como um grande hospital onde os doentes somos nós, que nos ajudamos mutuamente, e onde o médico de todos é Cristo.

Quantas pessoas existem com problemas sérios de rejeição, culpa, ódio, depressões, desânimo e tristeza; são estados doentios da alma; muitas dessas pessoas são curadas quando encontram na Igreja aceitação (Mc 3.34-35; Rm 14.1; Gl 6.1), quando compreendem que, arrependidas, seus pecados são perdoados; por isso elas também tem condições de amar e perdoar; tornam-se otimistas por causa da fé e da esperança e ganham a alegria da salvação . A correta participação na Ceia do Senhor, a confissão de nossas culpas, não só a Deus, mas - quando necessário - também a uma outra pessoa, que pode ser o pastor ou outro irmão em quem deposite confiança, são grandes passos para a cura de nossos males.

e) A Igreja, corpo de Cristo, é formada de pessoas defeituosas como nós. Sempre foi assim, desde os tempos do A.T. A Bíblia não esconde os defeitos de Abrão, de Davi e de nenhum dos santos do Senhor. Na Igreja primitiva, nos tempos apostólicos, tivemos os casos de Ananias e Safira, Demas que "amou o presente século" e tantos outros, e assim é até hoje. O corpo é imperfeito, mas a Cabeça, Cristo, é perfeita e é a Ele que servimos quando servimos o próximo e a Igreja.

É em Cristo, e nEle SÓ, que tem de estar firmada a nossa fé. Com Ele nunca nos decepcionaremos.

"Ele mesmo deu uns para apóstolos e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura de Cristo... cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo." - Ef 4.11-15.

Esforce-se, cresça; e a Igreja estará crescendo com você

quarta-feira, julho 23, 2008

Lições Bíblicas - 14a

EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO

Leia: Mc 16.15-16; Mt 28.16-20; At 1.8; 2Tm 2.24-26.

Depois de um bom trabalho de evangelização, se o Senhor acrescentou à Sua Igreja os que Ele escolheu e deu ao Senhor Jesus, com alegria a Igreja recebe novos irmãos que precisam de cuidados especiais. Deve seguir-se o que se tem chamado de Discipulado. Que é isso?

Discipulado é o trabalho a ser realizado com os crentes novos no sentido de adestrá-los para a nova vida, bem corno ajudá-los em seu amadurecimento espiritual e na adaptação ao novo meio social e familiar, a Igreja.

Esse trabalho pode ser feito na Igreja por uma classe específica, ou por pessoas preparadas para esse tipo de ministério, ou cada crente espontaneamente se encarrega de "discipular" um novo irmão, discípulo de Cristo. Discipular significa ensinar e também disciplinar.

Dividamos o assunto.

1°) O que são "discípulos" no Novo Testamento? Em dezenas de textos encontramos referências de Jesus e de outros, aos que O seguiam ou haveriam de segui-Lo. Pela simples leitura desses textos aprendemos muito sobre o relacionamento entre o Mestre e os discípulos.

Leia Mt 5.1; 8.21; 9.19 e 37; 10.24-25; 12.1; 15.2; 16.24; 18.1; 19.10; 20.17; 23.1; 24.1; 26.1-2; 26.18, 26, 36, 40 e 56; 27.57-58; 28.7, 16; Lc 14.26-27, e 33; 19.37; Jo 6.66; 8.31; 13.35; 15.8 e muito outros.

A palavra grega traduzida por "discípulo", transliterada, é "mathetés" por exemplo em Mt 5.1, onde está no plural. Em Mt 28.19, "fazei discípulos" usa-se o verbo "mathetéuo”.

Em português a palavra discípulo é relacionada com disciplina, que tanto significa uma matéria que se ensina como também a observância ou obediência a regras estabelecidas de comportamento.

Discípulo é mais do que aluno; é aquele que, além de aprender com o mestre, segue a sua orientação reconhecida como autorizada. Assim, mestre é mais do que professor; este ensina, mesmo não fazendo seguidores; mas o mestre ensina com tal sabedoria e autoridade, que é respeitado e seguido pelos discípulos.

Ser cristão é ser discípulo de Cristo no sentido acima.

2°) Como fazer discípulos de Cristo? Há muito líderes, hoje, fazendo discípulos deles mesmos. Estão errados; se são cristãos, devem se-los de Cristo. Ninguém tem de ser, em matéria de fé, discípulo do pastor da Igreja,ou de qualquer outra pessoa, mas unicamente de Cristo.

3°) Como discipular é agora a nossa questão. Depois de evangelizar precisamos consolidar o ensino já recebido pelo novo irmão, sobre a correta doutrina de Cristo:

a) ''Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido" - Lc 19.10. Toda pessoa, antes de receber a Cristo, está perdida. É preciso crer nEle para ter a salvação. "Quem crê nEle não é condenado; mas quem não crê já está condenado..." "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (Jo 3.18 e 36).

b) Todo aque1e que está realmente salvo, vive uma nova vida e põe em prática a Ética cristã com base nos mandamentos: 1Jo 2.3-6 e Jo 15.8-12 e no Sermão da Montanha - Mt 5 a 7.

c) O salvo tem o Espírito Santo (At 2.38 e 1Co 12.13) e é por isso que ele pode compreender o ensino e a vontade de Deus (Jo 16.13).

d) Todo salvo se torna um servidor de Cristo - Mt 20.1; Lc 10.2 - e um "pescador de homens" - Mc 1.17.

e) A salvação é global,completa. Cristo salva o homem todo - corpo e alma; salva-o da condenação e do poder do pecado. O Evangelho tem um objetivo individual - atingindo e salvando "cada um" e não uma coletividade - At 2.38; tem um objetivo ético e moral, pois com a salvação espiritual vem a "santidade de vida", solução ou a superação dos demais problemas; sendo ético e moral, o objetivo é também social, pois ensina a sociedade a ser justa e nós, como "sal da terra e luz do mundo" temos de permear e santificar o mundo, a sociedade humana, ainda que ela permaneça incrédula e perdida - Mt 5.16; Fp 2.15; Mc 5.18-19; 1Co 7.14 (na família).

quarta-feira, julho 16, 2008

Lições Bíblicas - 13e

Erros que se cometem a respeito da oração


São muitos, infelizmente:

1°) pensar que vale mais a oração de muitas pessoas do que a de uma só. "A oração de um justo...", diz Tiago (5.16);

2°) pensar que vale mais a oração de 1 hora do que a oração de 1 minuto. Não é pelo muito fa1ar que seremos ouvidos (Mt 6.7); leia a oração de Elias em 1Re 18.36-37 e conte os segundos que foram necessários para Elias fazê-la;

3°) pensar que vale mais a oração feita de madrugada do que a que é feita em qua1quer outra hora. Que base bíblica existe para se pensar assim?;

4°) promover "corrente de oração" imaginando que oração assim feita terá mais força diante de Deus;

5°) promover "plantão de oração" como se esse fosse um meio seguro para sermos atendidos. Essas práticas são como os modernos "lobbies" que muitas pessoas fazem em torno de governantes e políticos para os pressionarem e reivindicarem algo que desejam.

6°) É errado e muito comum, dizer-se que alguém “precisa de nossas orações". Não! Nós é precisamos orar e ser solidários com tal pessoa em sua necessidade; Deus está atento às necessidades dessa pessoa!;

7°) supor que alguma posição do corpo tornará oração mais eficaz, como orar ajoelhado, ou de olhos fechados, ou prostrado, ou de mãos erguidas;

8°) pensar que a oração feita em alta voz será ouvida por Deus (Deus não é surdo);

9°) pensar que ''vigília'' feita por um ou por muitos irmãos, uma noite inteira, certamente moverá Deus e O convencerá a atender-nos. Nada disso tem base bíblica! Não existe "oração forte ou poderosa", nem "pessoa poderosa na oração"; tudo isso é crença e prática pagã.

Porventura temos nós "direitos adquiridos" para reivindicá-los ou exigi-los de Deus? Embora não exista base bíblica real, segura, para tais disparates, há muitas pessoas no meio evangélico ensinando-os, inclusive insinuando-se como sendo elas as pessoas que podem conseguir tudo de Deus. Muitas vezes são charlatães e não só pessoas incultas e mal instruídas. Usam até a oração para promoção pessoal, e exploração!

Certamente uma pessoa pode orar sozinha ou com um grupo de mil pessoas, se quiser; pode orar quanto tempo quiser, a qualquer hora do dia ou da noite; pode convocar a igreja ou o povo para orar; pode orar ajoelhada ou prostrada com a cabeça tocando o chão, ou com as mãos erguidas, mas não deve pensar que isso se tomará em um clamor irresistível, eficiente e agradável a Deus; ela pode gritar (se estiver sozinha), chorar ou emocionar-se profundamente, mas não deve pensar que por isso Deus a atenderá. Devemos ser autênticos na oração. Deus nos dá liberdade para falarmos individualmente ou coletivamente com Ele, mas não nos autoriza a pensar que poderemos mudar a Sua vontade. Leia-se Ml 3.6 e Tg 1.17.

Práticas erradas, de inspiração pagã, nos afastam de Deus. Não ore como oraram os profetas de Baal. Siga o ensino simples e claro de Cristo em Mt 6.5-13; atente para Is 42.1-2 e 8.

Não caia na armadilha de um "outro evangelho" antropocêntrico, humanista, oposto ao Evangelho, que é Cristocêntrico. Rejeite tudo o que não tem claro e explícito fundamento bíblico. Tenha uma fé sadia, doutrinariamente correta. "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” - 1Tm4.16.

quinta-feira, julho 10, 2008

Lições Bíblicas - 13d

A Soberania de Deus e a Oração


Cremos em Deus, não só porque todo ser humano tem em si mesmo a idéia inata da existência de Deus, mas, sobretudo, porque Ele nos deu a fé e porque as Escrituras Sagradas nos falam de Deus e do conceito que devemos ter dEle: o único, onipotente, onipresente e onisciente; criador dos céus e da Terra e de tudo quanto existe; infinito e perfeito em todo o Seu ser - na bondade, na sabedoria, na justiça, na santidade; espírito puro e Senhor dos senhores, Rei dos reis, dEle "é a Terra e tudo o que nela se contém, o mundo e aqueles que nele habitam"; mantenedor de toda a criação, a qual Ele dirige. Assim, Deus é soberano. Seu poder é completo e absoluto; nada e ninguém pode contrapor-se a Ele, embora por algum tempo pretenda contrariar a Sua vontade.

Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança e, dessa forma, capaz de relacionar-se com Ele. Deus busca o homem e quer que nós tenhamos comunhão com Ele. A comunhão mais estreita com Deus, se dá através da Oração.

Deus quer que oremos, mas não que nos relacionemos com Ele apenas através da oração. Ele deseja que nossa comunhão com Ele seja constante. Nesse sentido é que Paulo nos ensina e exorta: "orai sem cessar" - 1Ts 5.17.

Assim entendida a Soberania de Deus, ninguém jamais pode pensar que a vontade de Deus poderá ser mudada por causa da oração de quem quer que seja.

Quem crê na Soberania de Deus, sem confusão e sem distorções, ora e não deixa de orar. Se ternos um Deus soberano que nos ama, que nos faz solenes promessas, que nos ensina a orar porque deseja que oremos a Ele, seria incoerência de nossa parte deixar de orar. Nesse caso ninguém pensará "Se Deus faz sempre a vontade dEle, e faz o que já está por Ele determinado, não adianta orar". não pensará assim, pois Deus jamais ensinou que, se orarmos, poderá acontecer algo fora de Seu plano; Ele sabe o de que precisamos, sabe o que nos convém - Mt 6.8.

Quando Tiago, o irmão do Senhor, diz em 5.16 de sua carta: "A oração de um justo pode muito em seus efeitos", não está dizendo que um efeito da oração é mudar os planos de Deus, pois ele mesmo diz que em Deus "não há mudança nem sombra de variação" - 1.17.

Os resultados ou e feitos da oração são um estímulo para que oremos, e são diversos: (1) a oração sincera e correta nos aproxima de Deus; por ela falamos diretamente a Deus; (2) ela nos torna mais humildes, porque reconhecemos nossa carência e completa dependência de Deus; (3) ela é um exercício de fé, pois oramos plenamente confiantes de que Deus pode todas as coisas (Tg 1.6); (4) na oração intercessória, "uns pelos outros" desenvolvemos o sentimento de solidariedade; "...que se façam orações... por todos... pelos reis..." (1Tm 2.1-2); quando oramos por a1guém e essa pessoa sabe que oramos por ela, isso lhe faz bem porque ela se sente amada e apoiada moralmente (2Tm 1.3); (5) quando oramos e pedimos de acordo com a vontade de Deus, e então recebemos, mesmo tendo pedido aquilo que parecia impossível, é imensa a alegria e se fortalece mais a nossa fé; (6) quando oramos e não recebemos resposta favoráve1 de Deus, fortalece-se também a nossa fé, pois aceitamos a vontade de Deus, soberana - "Seja feita a Tua vontade" (Mt 6.10 e 26.39); (7) quando oramos agradecendo a Deus, ou para louvar a Deus, crescemos espiritualmente, pois esse é o nosso dever.

A oração é um precioso meio de graça através do qual Deus nos dá grandes bênçãos; por isso precisamos orar e saber orar . Leia Lc 11.1-4.

sexta-feira, julho 04, 2008

Lições Bíblicas - 13c

Mordomia e dízimo


Deus põe à prova o homem que Ele admite como Seu mordomo. Uma das provas criadas por Deus é a prática do dízimo, isto é, da dedicação do dízimo ao Senhor.

A palavra dízimo significa "décima parte" e pela primeira vez a encontramos em Gn 14.20, quando Abrão se encontrou com o sacerdote Melquisedeque e "Lhe deu o dízimo de tudo".

Em Lv 27.30-32 encontramos a "lei do dízimo", agora escrita por Moisés, e diz expressamente, por 2 vezes, "o dízimo é do Senhor", isto é, Deus não o dá , mas o reserva para o uso estabelecido por Ele mesmo. Não sabemos quando a lei foi estabelecida, mas já vimos que desde os tempos de Abrão era uma prática existente. Veja também Gn 28.22, com Jacó.

Os dízimos entregues pelos israelitas eram destinados principalmente ao sustento dos levitas (os membros da tribo de Levi) "pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação" - Nm 18.20-26. Dos dízimos também uma parte era destinada a beneficência e serviço social, ou amparo ao "estrangeiro, ao órfão e à viúva" - Dt 26.12-13.

Que Deus continuou sempre exigindo o cumprimento de Sua lei, inclusive a do dízimo, fica claro em Ml 3.7-10, quando Deus repreende severamente os israelitas por sua infidelidade como mordomos desonestos. Ele usa aí o verbo "roubar", porque os israelitas ficavam com a décima parte que deveriam entregar no templo; era uma apropriação indébita.

Mas Deus faz solenes promessas àquele que cumpre Sua lei: "abrir as janelas do céu..." de tal modo "que dela vos advenha a maior abastança".

No Novo Testamento encontramos poucas, mas suficientes referências ao dízimo, para saber que o Senhor jamais revogou Sua lei, como fica claro em Mt 5.17-20. Quem se refere diretamente ao dízimo é Cristo, em Mt 23.2, 3 e 23; leia também Lc 11.42. Quando Cristo diz "deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas”, deixa claro que nosso dever é obedecer a lei do dízimo e não deixar de praticar "o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé", pois estas também fazem parte da lei.

A obediência, pela fé, resulta em receber bênçãos especiais de Deus; não é uma barganha ou um negócio que fazemos com Deus; não é isso que Deus propõe e podemos estar certos de que isso Ele não aceita.

Resumindo:

l. Deus instituiu a lei do dízimo em favor do próprio homem, pois Ele mesmo não tem nenhuma necessidade, visto que Ele é o Senhor de todos os bens - Ageu 2.8. Os dízimos eram, no Antigo Testamento, destinados ao sustento dos levitas, amparo de estrangeiros, órfãos e viúvas - Dt 26.12-13.

2. Em Ml 3.8-9 Deus tratou severamente os israelitas pela prática de reterem os dízimos e as ofertas, também regulamentadas no livro de Levítico; por exemplo, Lev 12.8, que trata da oferta de pessoas pobres, corno foi a oferta de José e Maria por ocasião da circuncisão de Cristo - Lc 2.21-24.

3. A lei do dízimo é um teste de fidelidade para provar os servos de Deus. Seu cumprimento exige confiança em Deus, fé no cumprimento de Suas promessas feitas em Ml 3.10, Sl 103.13, 17-18 e centenas de outros textos.

4. Muitos crentes fracos, cheios de problemas, desanimados, certamente terão suas vidas mudadas se passarem a confiar em Deus e se tornarem fiéis já, sem estarem pretendendo negociar com Deus. Ele não está interessado no dízimo em si, mas sim na sua fidelidade em tudo.

"Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito" - palavras de Cristo, em Lc 16.10. "Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei" - Mt 25.21.