Durante + de 50 anos de ministério, o pastor Rubens Pires do Amaral Osório reuniu grande quantidade de escritos para sermões, aulas em Escola Dominical e Seminários. Membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, aos 83 anos, mora hoje em Sorocaba - SP. com sua esposa M. Aparecida. Tem dois filhos e quatro netos.
quinta-feira, abril 26, 2007
Fome e sede de Justiça
Quanto às bem-aventuranças, como em toda a Escritura, cada uma delas tem muito a ver com as outras.
Assim, por exemplo, a que diz: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” - Mt 5.6.
Ter fome e sede de justiça é não se conformar com a injustiça em qualquer lugar e em qualquer momento. É reagir - mas de maneira sábia e prudente, não só emocionalmente - diante de qualquer injustiça. Calar diante da injustiça e do erro é tornar-se conivente e cúmplice. Temos que dizer, externar nossa discordância e nossa afirmação do que é correto.
Temos que fazê-lo, porém, observando todo o ensino das Escrituras, particularmente a bem-aventurança que diz “bem-aventurados os pacificadores”. Não temos que ser semeadores de discórdia e até de inimizades. Temos que amar sempre.
Podemos dissentir energicamente sem deixar de amar e respeitar aquele que errou. Não podemos é pecar por omissão, por covardia. “Não vos conformeis com teste mundo” e “Se possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos” (Rm 12.2 e 18).
Do mesmo modo, não podemos ser pacíficos e pacificadores a ponto de “deixar passar toda espécie de injustiça”.
Equilíbrio é a virtude necessária, embora não seja explicitamente mencionada. Essa virtude é notada muitas vezes nas atitudes de Cristo. Por exemplo, em Mc 3.5: “com indignação, condoendo-se da dureza de seu coração” e 10.21: “o amou e disse: falta-te uma coisa...”
Seja um verdadeiro cristão em tudo, e não só no que lhe for fácil.
quarta-feira, abril 18, 2007
O Cajado do Pastor
“A Tua vara e o Teu cajado me consolam” - Sl 3.4.
O grande Pastor de que fala o Salmo, é Deus (Jo 10.11-13). Ensina, porém, como devemos ser, como ovelhas e também como pastores. Quando Cristo diz “Eu sou o bom pastor”, apresenta-Se a Si mesmo como exemplo a ser seguido por aqueles que, como nós, por Sua providência foram colocados na posição de pastores.
Tanto a “vara” como o “cajado” eram instrumentos usados pelo pastor para proteção das ovelhas. O pastor tinha que saber usar um e outro contra o inimigo e sempre a favor da ovelha.
No ministério pastoral, cajado e vara simbolizam o uso correto das Escrituras, capacidade para defender “a fé uma vez dada aos santos” (Judas 3), amor às ovelhas e cuidado com elas (At 20.28), paciência para reconduzir aquelas que porventura se desviem (Gl 6.1), firmeza doutrinária para ensinar, admoestar e repreender (1Tm 4.12-13), sempre com aquele objetivo santo de conduzir ao “arrependimento” os que erram, de “despertar” os que estejam sendo enganados (2Tm 2.24-26), e para isso ser “manso para com todos”.
Logo, conclui-se que o pastor fiel não pode ser iracundo com os membros da Igreja, impaciente e incapaz de ouvir suas dúvidas, queixas e lamentos. 1Tm 5.1-2 nos exorta à correta postura.
Uma tentação que sofremos, como pastores, é a de ajuizar, dizendo que aqueles que estão “criando problemas”, especialmente quando não concordam conosco em alguma coisa, “não são ovelhas, são bodes”, e então as espancamos.
Já sofri essa tentação. Pedi a Deus que me desse paciência e não me permitisse usar as próprias Escrituras como vara para espancar as ovelhas que se mostravam rebeldes.
Uma das maiores bênçãos que podemos pedir e receber de Deus é a de amar nossos irmãos que Deus nos deu como ovelhas. Como é bom ganhá-las pelo amor, pela paciência e pela persistência em amá-los! Sem fazer concessões, nem doutrinárias nem morais.
Mas, creio que muitas vezes falhei e meus colegas também.
Irmãos nossos se queixam amargamente de serem tratados com rispidez, desprezo e total desapreço, por pastores e líderes que invocam sua “autoridade” eclesiástica para assim tratarem aqueles que ficaram sob seus cuidados pastorais.
O cajado do pastor não pode ser usado para esbordoar as ovelhas. Um verdadeiro pastor não faz isso.
quarta-feira, abril 11, 2007
Deus como Pai, um exemplo
1. Gn 1.26, 27 - Ele nos fez (o homem e a mulher) semelhantes a Ele .
2. Preocupou-se com o homem:
Gn 2.8 - preparou uma Terra boa (um jardim), para a habitação de Seus filhos;
Gn 2.21 - preocupou-se com a dor física de Adão;
Lc 12.24 e 28 - atende nossas necessidades físicas, de sustento;
Gn 2.18 - preocupou-se com a solidão de Adão;
Gn 21.17 - ouviu o choro de Ismael.
3. Mt 6.8 - tem prazer em nos atender nas necessidades.
4. 1Pe 5.7; Rm 8.28 - cuida de nós.
5. Gn 3.8; At 9.1-5 - vai ao encontro do homem.
6. Lc 15.17-24 - restaura o homem à sua posição de filho.
7. Jo 14.26 e 16.13 - Ele nos ensina.
8. 2Tm 2.7 - Ele nos dá entendimento.
9. Pv 3.11, 12 - Deus nos educa dizendo como devemos viver e nos relacionar com o próximo (Mt 7.12).
10. Dt 4.40; 10.12-13 - Deus deu os mandamentos para o bem do homem e não para dominá-lo.
11. Rm 9.22 - é um Pai paciente diante de nossos defeitos.
12. Ef 4.30 - Deus se entristece com o nosso pecado
13. Rm 8.26 - Ele nosso ajuda na nossas fraquezas
14. 2Cr 7.14; 1Jo 1.9 - Diante de nosso arrependimento, Ele nos perdoa
15. Gl 4.4-5; 1Jo 3.1-2 - Deus nos adota afetiva e efetivamente como filhos.