quinta-feira, abril 26, 2007

Fome e sede de Justiça

Parece que há uma tendência nas pessoas em geral, de isolar um texto bíblico de seu contexto, porque quando fazemos isso sempre encontramos um texto que “concorda” conosco; é um erro frequente.
Quanto às bem-aventuranças, como em toda a Escritura, cada uma delas tem muito a ver com as outras.
Assim, por exemplo, a que diz: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” - Mt 5.6.
Ter fome e sede de justiça é não se conformar com a injustiça em qualquer lugar e em qualquer momento. É reagir - mas de maneira sábia e prudente, não só emocionalmente - diante de qualquer injustiça. Calar diante da injustiça e do erro é tornar-se conivente e cúmplice. Temos que dizer, externar nossa discordância e nossa afirmação do que é correto.
Temos que fazê-lo, porém, observando todo o ensino das Escrituras, particularmente a bem-aventurança que diz “bem-aventurados os pacificadores”. Não temos que ser semeadores de discórdia e até de inimizades. Temos que amar sempre.
Podemos dissentir energicamente sem deixar de amar e respeitar aquele que errou. Não podemos é pecar por omissão, por covardia. “Não vos conformeis com teste mundo” e “Se possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos” (Rm 12.2 e 18).
Do mesmo modo, não podemos ser pacíficos e pacificadores a ponto de “deixar passar toda espécie de injustiça”.
Equilíbrio é a virtude necessária, embora não seja explicitamente mencionada. Essa virtude é notada muitas vezes nas atitudes de Cristo. Por exemplo, em Mc 3.5: “com indignação, condoendo-se da dureza de seu coração” e 10.21: “o amou e disse: falta-te uma coisa...”
Seja um verdadeiro cristão em tudo, e não só no que lhe for fácil.

quarta-feira, abril 18, 2007

O Cajado do Pastor


“A Tua vara e o Teu cajado me consolam” - Sl 3.4.

O grande Pastor de que fala o Salmo, é Deus (Jo 10.11-13). Ensina, porém, como devemos ser, como ovelhas e também como pastores. Quando Cristo diz “Eu sou o bom pastor”, apresenta-Se a Si mesmo como exemplo a ser seguido por aqueles que, como nós, por Sua providência foram colocados na posição de pastores.
Tanto a “vara” como o “cajado” eram instrumentos usados pelo pastor para proteção das ovelhas. O pastor tinha que saber usar um e outro contra o inimigo e sempre a favor da ovelha.
No ministério pastoral, cajado e vara simbolizam o uso correto das Escrituras, capacidade para defender “a fé uma vez dada aos santos” (Judas 3), amor às ovelhas e cuidado com elas (At 20.28), paciência para reconduzir aquelas que porventura se desviem (Gl 6.1), firmeza doutrinária para ensinar, admoestar e repreender (1Tm 4.12-13), sempre com aquele objetivo santo de conduzir ao “arrependimento” os que erram, de “despertar” os que estejam sendo enganados (2Tm 2.24-26), e para isso ser “manso para com todos”.
Logo, conclui-se que o pastor fiel não pode ser iracundo com os membros da Igreja, impaciente e incapaz de ouvir suas dúvidas, queixas e lamentos. 1Tm 5.1-2 nos exorta à correta postura.
Uma tentação que sofremos, como pastores, é a de ajuizar, dizendo que aqueles que estão “criando problemas”, especialmente quando não concordam conosco em alguma coisa, “não são ovelhas, são bodes”, e então as espancamos.
Já sofri essa tentação. Pedi a Deus que me desse paciência e não me permitisse usar as próprias Escrituras como vara para espancar as ovelhas que se mostravam rebeldes.
Uma das maiores bênçãos que podemos pedir e receber de Deus é a de amar nossos irmãos que Deus nos deu como ovelhas. Como é bom ganhá-las pelo amor, pela paciência e pela persistência em amá-los! Sem fazer concessões, nem doutrinárias nem morais.
Mas, creio que muitas vezes falhei e meus colegas também.
Irmãos nossos se queixam amargamente de serem tratados com rispidez, desprezo e total desapreço, por pastores e líderes que invocam sua “autoridade” eclesiástica para assim tratarem aqueles que ficaram sob seus cuidados pastorais.
O cajado do pastor não pode ser usado para esbordoar as ovelhas. Um verdadeiro pastor não faz isso.

quarta-feira, abril 11, 2007

Deus como Pai, um exemplo

1. Gn 1.26, 27 - Ele nos fez (o homem e a mulher) semelhantes a Ele .
2. Preocupou-se com o homem:

Gn 2.8 - preparou uma Terra boa (um jardim), para a habitação de Seus filhos;

Gn 2.21 - preocupou-se com a dor física de Adão;

Lc 12.24 e 28 - atende nossas necessidades físicas, de sustento;

Gn 2.18 - preocupou-se com a solidão de Adão;

Gn 21.17 - ouviu o choro de Ismael.
3. Mt 6.8 - tem prazer em nos atender nas necessidades.
4. 1Pe 5.7; Rm 8.28 - cuida de nós.
5. Gn 3.8; At 9.1-5 - vai ao encontro do homem.
6. Lc 15.17-24 - restaura o homem à sua posição de filho.
7. Jo 14.26 e 16.13 - Ele nos ensina.
8. 2Tm 2.7 - Ele nos dá entendimento.
9. Pv 3.11, 12 - Deus nos educa dizendo como devemos viver e nos relacionar com o próximo (Mt 7.12).
10. Dt 4.40; 10.12-13 - Deus deu os mandamentos para o bem do homem e não para dominá-lo.
11. Rm 9.22 - é um Pai paciente diante de nossos defeitos.
12. Ef 4.30 - Deus se entristece com o nosso pecado
13. Rm 8.26 - Ele nosso ajuda na nossas fraquezas
14. 2Cr 7.14; 1Jo 1.9 - Diante de nosso arrependimento, Ele nos perdoa
15. Gl 4.4-5; 1Jo 3.1-2 - Deus nos adota afetiva e efetivamente como filhos.