sábado, setembro 27, 2008

Estudos para grupos familiares - 2

Lição 2 . Deus criou o universo - Gn 1 e 2.
O que significa a expressão “os céus e a Terra” ? (v.1)
R – Significa “o universo”. A partir do v. 2 a narrativa bíblica passa a ocupar-se da Terra, o nosso planeta.
Como era a Terra no início?
R. – “sem forma e vazia” e sem luz. Deus criou inicialmente apenas uma imensa quantidade de matéria; uma parte dessa matéria era, inicialmente, “a Terra”.
Qual a primeira coisa que Deus criou em relação à Terra?
R – A luz. (A Ciência ensina que luz é energia luminosa; a matéria também é energia, formada de átomos, constituídos de prótons e elétrons (eletricidade positiva e negativa). Deus fez assim.
Que nome Deus deu à luz?. R – “Dia”.
Que fez Deus no 2o. dia ou 2a. fase da criação da Terra?
R – Deus estabeleceu o espaço que separa a Terra dos demais corpos celestes, o que chamamos de espaço sideral.
Que fez Deus na 3 ª fase da criação da Terra?
R- Separou as águas “de cima” (nuvens) das águas “de baixo” (rios e mares), e separou a parte sólida da parte líquida, aparecendo os mares e os rios. Então Deus criou os primeiros seres vivos, os vegetais.
Que 2 luminares ou astros luminosos são referidos no v. 14?
R- Sol e Lua . Como o texto não diz aqui que Deus os criou nesse dia, entende-se que eles já estavam criados desde o v 1o., e no 4o. dia Deus os colocou em relação à Terra, organizando assim o Sistema Solar como o temos hoje – o Sol no centro e os planetas ao seu redor. Tudo isso Deus fez no 4o. dia.
O que fez Deus no 5o. dia? (vs. 20 a 23).
O que Deus fez no 6o. dia ? Observe os verbos usados nos versículos 3, 6, 11 e 14: haja, haja, produza, haja.
A principal diferença entre o verbo criar (“barah” no Hebraico) e
os demais verbos usados, é que “criar” é dar origem a algo inteiramente novo, sem material pré-existente: o universo, no v. 1, pois antes nada existia, senão Deus; no v. 21, porque até então só existia vida vegetal e agora passa a existir vida animal, superior, dotada de “alma” (“ruah” no Hebraico). É importante sabermos isto para entendermos que o ser humano é um ser inteiramente novo; não é uma evolução de qualquer animal inferior, irracional pré-existente.
O que foi que Deus criou no 6o. dia ? (vs. 24 a 27).
Que semelhança há entre o homem e Deus. O ser humano é racional, moral e espiritual, como Deus.
12. Deus criou o homem e a mulher ao mesmo tempo. R- Não, a criação do varão está no v. 7 do cap. 2, e a criação da mulher está em 2.22.
A linguagem do v. 22 é figurada, ou literal. R- é literal, pois não é algo absurdo, impossível. Foi assim mesmo que Deus fez.
14. O que significa a expressão de 2.22: “e trouxe-a a Adão”. Significa que Deus tornou Adão e Eva marido e mulher. Deus instituiu, nesse momento, o casamento: 1 homem e 1 mulher, casamento monogâmico, pois esse era o Seu plano, como está em 2.18. Esse é o casamento que Deus instituiu: monogâmico, de 1 só homem e 1 só mulher.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Estudos para grupos familiares - 1

Lição 1: O que podemos saber sobre Deus: Rm 1.18-20

Começaremos com as 3 perguntas e respostas do Breve Catecismo.

  1. O que é Deus?

R - Deus é espírito, é infinito, eterno e imutável em Seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. (Jo 4.24; Sl 90.2; Ml 3.6; Sl 139.1-16; Sl 100.5; Rm 11.36).

  1. Há mais de um Deus?

R - Há um só Deus, vivo e verdadeiro (Dt 6.4; Je 10.10; Is 43.11, 44.6 e 8).

  1. Quantas pessoas há na divindade?

R - Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três pessoas são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e em glória (Mt 3.16, l7; Mt 28.19; 2Co 13.13).

Existem maneiras erradas de pensar sobre Deus:

  • o ateísmo, ou materialismo – nega a existência de Deus, afirma que só existe a matéria e nega a existência do espírito.

  • o deísmo – afirma a existência de Deus, mas nega a possibilidade de relacionar-nos com Deus e termos comunhão com Ele. Deus teria criado o mundo e o teria abandonado; então é inútil alguém ser religioso.

  • o panteísmo – afirma que “Deus é tudo e tudo é Deus”.

  • o agnosticismo – não nega a existência de Deus, mas diz que nada se pode conhecer de Deus, por isso também afirma ser inútil ser religioso.

  • o teísmo é a crença em Deus tal como Ele é revelado pelas Escrituras. Esta é a nossa posição como crentes.

  1. Por que cremos em Deus?

R- Hb 11.1-4, 17, 24; Ef 2.8. Cremos unicamente pela fé que Deus mesmo nos dá. Se não crermos em Deus não teremos nenhuma explicação satisfatória para a existência do universo, para o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, nem uma razão suficiente para nossa própria vida.

  1. Como podemos saber algumas verdades sobre Deus?

R - Hb 1.1; Ex 3.6; 2Pe 1.21. Deus veio ao nosso encontro, para que creiamos nEle, e para sabermos o que Ele quer de nós. Temos que ser gratos a Deus porque Ele vem ao nosso encontro, Ele nos dá a fé, e nos convida à salvação, à vida eterna – Jo 3.15-16 e 36.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Atendendo pedido

O pastor Giovani escreveu pedindo que meu pai contasse um pouco sobre si. Como o texto tem informações que podem ser de interesse dos demais leitores deste blog, reproduzo abaixo o teor da resposta para que todos os que não o conhecem, possam saber um pouco mais sobre o pastor Rubens Osorio, meu pai e autor de todos os estudos aqui publicados.
Rubens Pires Osório, filho do pastor Rubens e administrador deste blog.

Pastor Giovani,

Gostei de você se apresentar como Pastor Giovani. Sempre estranho quando um colega se apresenta como “Rev.” Fulano. “Pastor” é mais honroso, bíblico; “Reverendo” é mais formal, mais eclesiástico.

Pode parecer estranho, mas a esta altura tenho gostado de falar e escrever, não do que sou e do que eu tenho feito, mas de “o que Deus tem feito” por mim.

Creio que estou na média dos pastores, mas “Deus tem feito grandes coisas por nós” (Sl 126.3).

Sou crente e presbiteriano desde menino; nunca deixei a Igreja, professei a fé ao 16 anos, já ativo na UMP e na Escola Dominical. Aos 18 anos fui claramente chamado por Deus para o ministério. Tive bons pastores que só me deram bons exemplos. Estudei no Seminário Presbiteriano do Sul - em Campinas - e trabalhava 4 a 5 horas por dia no Centro de Saúde de Campinas, pois já estava noivo e pretendia casar-me logo; realmente casei-me no final do 2º ano teológico. Terminei o curso em 1952, fui licenciado em 1953 e ordenado em 1954. Parece que fui bom aluno no Seminário.

Pastoreei cerca de 17 igrejas, em 52 anos. Em minha 1ª Igreja estive 8 anos, mas nesse período pastoreei também outras. Em outras igrejas fiquei de 1 a 14 anos. Foi uma grande experiência pastorear igrejas recém-organizadas ou antigas, e de diferentes portes.

Outra grande experiência foi a de ser missionário da Junta Missionária de meu presbitério na Grande São Paulo, por 6 anos, na década de 60. A J. M. iniciou pelo menos 6 Congregações, adquiriu 7 terrenos, onde hoje há 7 Igrejas.

Dediquei-me também a serviço social da Igreja. Em Carapicuiba, com uma creche e outros serviços: O CEPHAS – Centro Presbiteriano Humanitário de Ação Social – e uma Congregação no mesmo local, onde estive por 17 anos, enquanto pastoreava também outras igrejas.

Outra experiência notável e gratificante foi a de ser professor do Curso Intensivo de Teologia, em Campinas, pelo qual passaram 216 pessoas maduras, na maioria homens que se tornaram pastores e várias senhoras, inclusive esposas de pastores.

Outra preciosa experiência foi a de ser Capelão Evangélico da União dos Escoteiros do Brasil, na Região de S.Paulo e chefe de escoteiros e lobinhos por cerca de 8 anos, e depois usando o método do Escotismo no trabalho com crianças e adolescentes de diversas igrejas em que estive, promovendo acampamentos e acantonamentos com o método do Escotismo. Até hoje julgo que esse método – com reuniões semanais e acampamentos em barracas - devia ser adotado por nossas igrejas, usando a mesma Lei, a mesma Promessa e a literatura do Escotismo.

Também fui professor da rede estadual de ensino, por 11 anos, num tempo em que o Presbitério não tinha recursos para sustentar os pastores. Dei aulas de Educação Moral e Cívica (uma boa oportunidade que tive para atuar como pastor), História e Psicologia.

Em 2/11/2004 minha esposa, então com 74 anos, sofreu um extenso derrame cerebral. Precisei, então, passar a cuidar dela com tempo integral. Desde então, saí de S. Paulo e prego e dou aulas na Escola Dominical de quando em quando, como também tenho feito alguns casamentos. Escrevo quanto posso e ponho à disposição de irmãos e igrejas os escritos, inclusive algumas apostilas sobre diversos assuntos.

Estou casado com Maria Aparecida há 58 anos; sou hoje pastor exclusivo dela, e ambos esperamos na providência de Deus, tendo “o desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”.

Foi uma prazer corresponder-me com você.

Seu irmão em Cristo, Rubens Pires do Amaral Osório, 10/8/08

quarta-feira, setembro 03, 2008

"Salvai-vos desta geração perversa" - 3

3. Mas, o sermão de Pedro deu resultados – v. 37: “compungiram-se em seus corações. E perguntaram a Pedro... que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: ‘Arrependei-vos, e a cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós e a vossos filhos, e a todos que estão longe, a todos quantos Deus nosso Senhor chamar’. E os exortava dizendo: Salvai-vos desta geração perversa”.

Arrependimento, segundo as Escrituras, envolve toda a pessoa: a mente, os sentimentos e a vontade. Intelectualmente reconhecendo a sua falta; quanto aos sentimentos, sentindo tristeza e vergonha pelo que fez de mau ou pela negligência em deixar de fazer o bem, e quanto à vontade, mudando de atitude, abandonando o pecado, passando a fazer o bem que Deus quer. Isso é arrependimento! É o mesmo que Paulo ensinou em 2Co 5.17: “Se alguém está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”.

Depois da conversão, ou novo nascimento, uma nova vida se inicia, com o crescimento espiritual que é a santificação operada pelo Espírito Santo. Em Fp 2.13-15 Paulo fala dessa completa transformação. Com ele mesmo foi assim. Fariseu zeloso, rejeitava Cristo, perseguia ferozmente os cristãos; ouviu a pregação de Estevão antes de Estevão ser apedrejado com o consentimento dele. Dirigia-se, mais tarde, a Damasco para prender cristãos, quando Cristo falou com ele. Converteu-se! Três dias depois estava sendo batizado, ali mesmo começou a pregar o Evangelho e passou de perseguidor a perseguido; tornou-se o grande apóstolo Paulo.

Conheci pessoalmente Narciso Lemos. Foi cangaceiro do bando de Lampião. Em sua vida de crimes matou pelo menos 14 pessoas! Após a morte de Lampião veio para Santos e continuou sua vida de crime. Um dia se encontrou casualmente com um ex-companheiro de cangaço e convidou-o a cometer assaltos juntos, mas o amigo lhe contou que agora era crente em Cristo; sentiu ódio. O amigo o convidou para ir à sua Igreja naquela noite. Ele aceitou o convite e planejou matar o ex-companheiro no caminho, em Vicente de Carvalho, entre Santos e Guarujá. Chegou à Igreja, ouviu o sermão, converteu-se! Tornou-se colportor (vendedor de Bíblias e livros evangélicos). Por onde ia dava seu testemunho. Sua vida é contada no livro “Por que deixei a indústria do crime”, escrito pelo pastor batista Erodice de Queiroz.

Conclusão: Creio que é o caso de cada um de nós reexaminar a sua vida. Você já se converteu? Como está a sua comunhão com Deus? Você ora, lê a Bíblia? Sempre, ou de vez em quando? Como está sua participação na Igreja de Cristo, você é freqüentador da Igreja, ou é participante? Como está sua vida particular? Como está sua família, você está realmente cuidando dela, evangelizando os filhos, protegendo-os? Que lugar Cristo tem em sua vida? Você é cristocêntrico, ou egocêntrico? Você “faz média” com o mundo, ou reage como um bom cristão? Cristo adverte no Sermão do Monte: Mt 7.21-27: “nem todo o que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? e em Teu nome não fizemos muitas maravilhas?’ E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade”.

Arrependei-vos... salvai-vos desta geração perversa. Amém.