sexta-feira, abril 30, 2010

Autor desconhecido

ORAÇÃO PELA FAMÍLIA
Que nenhuma família comece em qualquer de repente,
Que nenhuma família termine por falta de amor.
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador.
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte,
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte.
Que eles vivam do ontem, no hoje, em função de um depois.
Refrão:
   Que a família comece e termine sabendo onde vai
   E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.
   Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
   E que os filhos conheçam a força que brota do amor.
   Abençoa, Senhor, as famílias, amém!
   Abençoa, Senhor, a minha também!
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida.
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida.
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam os filhos.
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois.
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu, aqui mesmo e depois.

terça-feira, abril 27, 2010

Um estilo de vida simples

A expressão acima se encontra na Declaração feita no Congresso de Evangelização de Lausanne, e expressa o pensamento bíblico de que Deus criou o ser humano para viver bem, com dignidade e fartura (Ec 5.18-19), como foi no Éden e não em pobreza nem em ostentação de riqueza e egoismo. Para isto é necessário que todos, como cristãos, vivamos um "estilo de vida simples".
No mundo cada vez mais materialista, que acompanha o progresso do pecado, é que existe a desigualdade pecaminosa e degradante entre a situação econômica de pessoas com excessiva riqueza acumulada e muitas outras com escassez, pobreza e miséria.
O capitalismo selvagem consagrado pela sociedade consumista e a globalização da economia (riqueza de um lado e miséria do outro), está em aberto conflito com todo o ensino bíblico sobre o uso correto da riqueza dos bens que Deus colocou no mundo, dos quais Ele é o Senhor; e nós, seres humanos, somos os mordomos. Nenhum de nós é o dono de alguma coisa.
Em clara revolta contra Deus, um homem quer dominar e explorar outros. Então surgem os dominadores, bem como as nações dominadoras; seus recursos são a força, a injustiça, a corrupção e toda sorte de impiedade.
Nesse mundo mau, posto no maligno, o cristão tem que se portar com altivez, como um revolucionário, vivendo de acordo com os princípios bíblicos, não se deixando levar e guiar pelos padrões que o mundo quer impor.
Assim será "no campo espiritual" - em que temos que adorar e servir ao único Deus e Senhor - o Pai, o Filho e o Espírito Santo; "no campo moral", não nos permitindo práticas e costumes pagãos, mas observando rigorosamente a Ética cristã resumida nos 10 mandamentos. Assim, na "vida de cada dia" temos que observar o ensino bíblico sobre o trabalho, o respeito ao ser humano, e o uso correto dos bens materiais, bem como das capacidades que Deus nos deu.
Todo ser humano tem direitos e deveres. Todo aquele que cumpre seus deveres é recompensado por Deus. Todos tem direito à vida, ao trabalho, à saúde, ao bem estar com sua família. O fruto do pecado é a preguiça, a negligência, o amor aos dinheiro, a ganância e toda sorte de corrupção. As consequências são a pobreza e a miséria. Muitos são pobres e miseráveis por sua própria culpa; outros são muito ricos por causa do mau uso de suas capacidades e de sua falta de escrúpulos. O pecado, tanto de uns como de outros, resulta em pobreza e miséria.
Nós, cristãos, igualmente temos os mesmos direitos ao uso dos bens materiais, mas ninguém tem o direito de acumular "bens mal adquiridos" - Hc 2.9 - nem o direito de usar egoisticamente até mesmo os bens adquiridos com o trabalho honesto, porque até de todos esses somos apenas os mordomos; Deus é o dono deles - Sl 24.1.
Assim é que, se Deus nos dá inteligência, saúde, capacidade profissional e trabalho, e progredimos financeiramente, não temos o direito de gastar excessivamente conosco mesmo, esbanjar riquezas, enquanto outros passam privações. De outro modo, corremos o risco de transformar-nos no "rico" da parábola do rico e do Lázaro - Lc 16.19-21.
A medida justa ensinada por Deus é o "estilo de vida simples" exposto por Paulo em 1Tm 6.7-8: "Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele" (citando Jó 1.21 e Ec 5.15) e prossegue "Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes".
Ostentação de riqueza é pecado; desperdício é pecado, bem como o acúmulo egoísta da riqueza. Toda a riqueza que possamos ter deve ter uma aplicação social também e não só individual e familiar.
Não temos que, obrigatoriamente, vender o que temos e dá-lo aos pobres, mas temos que ter o mesmo sentimento de solidariedade de Barnabé e dos cristãos primitivos, exposto em At 4.32: "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns", e nos versículos. 34 e 35: "Não havia, pois, entre eles, necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha".
Não basta ser dizimista. Deus não é Senhor só do dízimo, é Senhor dos 100%. Em Ml 3.8, Deus fala de "dízimos e ofertas". Temos que administrar criteriosamente os 90% que ficam em nossas mãos, e desses 90% devem sair as nossas ofertas, dadas por amor ao próximo, não por obrigação nem com avareza - 2Co 9.5-11. E em 2Co 8.14, falando ainda sobre as ofertas: "Neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade". Essa igualdade consistirá, não em todos serem igualmente ricos ou pobres, mas em todos terem "o sustento e com que nos cobrirmos".
Temos feito isso? Por que há cristãos muito ricos e cristãos vivendo "abaixo da linha de pobreza"? Todos os cristãos estão trabalhando diligentemente, ou há os displicentes? Todos estamos satisfeitos com “o sustento e com que nos cobrirmos", ou estamos sempre querendo mais, embora sejamos membros de um povo carente, que precisa de nossa solidariedade? Temos sido solidários com os irmãos pobres?
É pensando em tudo isso que estamos conclamando os irmãos a unirmos esforços e recursos para socorrer adultos e crianças nossos irmãos que passam grandes necessidades.
Temos um plano. Una-se a nós.

sexta-feira, abril 23, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 8

Mc 10.13-16 - Jesus abençoa as crianças

1 - Observação do texto
1.1 - Relata um fato.
1.2 - Quem? - Crianças, discípulos, Jesus.
1.3 - Onde? - O texto não diz.
1.4 - Quando - O texto não diz.

2 - Informações do contexto
2.1 - Histórico - O fato se passa na última etapa do ministério de Jesus, nos últimos 4 meses, indo para Jerusalém.
2.2 - Geográfico - Ministério da Peréia-Judéia (além do Jordão). O lugar específico não é mencionado - Mt 19.1
2.3 - Assuntos tratados nesta fase - O divórcio, o jovem rico, levar a cruz, prediz a paixão, sinal de Jonas, parábolas... 
2.4 - Popularidade de Jesus - Já era conhecido na região - Mt4.25

3 - Observações sobre o fato - Análise das atitudes das pessoas

3.1 - Atitude das mães (as pessoas que traziam as crianças) - O mais provável seria as mães levarem os filhos pois os pais deveriam estar no trabalho.
3.1.1 - Conheciam a fama de Jesus. Era costume as mães levarem os filhos para os profetas os abençoarem.
...
(Estudo inacabado. Tente terminá-lo você mesmo!)

terça-feira, abril 20, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 7

3.2 - Quanto à família

3.2.1 - Seu relacionamento com o marido é excelente - ele a elogia.
3.2.2 - O marido confia plenamente nela, na sua pessoa como um todo. Ela tem valor para ele não apenas pelos seu atributos físicos.
3.2.3 - Separa tempo para o marido. Prestigia o marido e o apoia - nos aspectos físico, emocional e espiritual (as consequências da vida sexual). O texto diz que ela lhe faz bem; não diz que ela não faz mal, mas que faz bem.
3.2.4 - É uma ajuda para o marido: contribui não só para o seu equilíbrio emocional, mas para o seu bom nome - no meio dos juízes.
3.2.5 - Trata bem o marido todos os dias.
3.2.6 - Tinha tempo para os filhos - o seu relacionamento com eles é excelente. Educa-os com sabedoria. O conflito de gerações - os filhos na idade da razão, louvando sua mãe.
3.2.7 - Controla as atividades e o ambiente do lar.
3.2.8 - Levanta cedo para organizar o seu dia com precisão.
3.2.9 - Tem boa vontade em cuidar do lar e dos familiares.

3.3 - Quando à sociedade

3.3.1 - Está integrada na vida comercial da cidade - não está alheia a ela, presa dentro de casa. A mulher virtuosa não se isola de tudo e cuida apenas da família.
3.3.2 - Percebe as necessidades dos aflitos e dos pobres e os ajuda.
3.3.3 - Fala com sabedoria e edificação.
3.3.4 - Colhe os frutos do que plantou - a sociedade a admira.

3.4 - Quanto a si mesma

3.4.1 - Tem consciência de sua responsabilidade e de sua função na casa e na sociedade.
3.4.2 - Não tem preguiça, apesar de rica.
3.4.3 - É dinâmica - ativa, inclusive fisicamente, e não passiva. Os verbos que aparecem no texto o demonstram: versículo 13 - “busca”, “trabalha”; 14 – “traz”; 15 - “levanta”, “”; 16 - “examina”, “planta”, “adquire”; 18 - “prova”; 19 - “estende”; 22 - “faz”; 26 - “fala com sabedoria”.
3.4.4 - Toma decisões: versículo 15 - “distribui tarefas”; 16 - “examina e adquire”; 18 - “prova e vê que é boa a mercadoria”; 27 - “olha pelo governo”.
3.4.5 - Valoriza a si própria:
3.4.5.1 - cuida de sua saúde física;
3.4.5.2 - olha por sua aparência;
3.4.5.3 - Não faz o trabalho que deve ou pode ser feito por outra pessoa (servas ou filhos);
3.4.5.4 - Toma tempo para si própria: - tempo para estudar, para refletir. Fica patente porque só assim poderia: planejar (ri-se do dia futuro); administrar a casa; educar os filhos sabiamente e ser ajudadora do marido: há necessidade de se analisar problemas, comportamentos, situações, e resolvê-los; ter sabedoria.
3.4.5.5 - Teme ao Senhor. Aqui está, realmente, o segredo de seu sucesso. E isto exige tempo e espaço - o relacionamento com o Senhor é individual. A mulher virtuosa não é alguém simplesmente com sorte - é o resultado de estudo, meditação, oração, entrega ao Senhor e um desejo real de servi-Lo. As boas obras são o resultado de um interior trabalhado pelo Espírito Santo. O contrário é apenas um ativismo. As suas obras, o fruto das suas mãos, a louvam.

(continua com novo estudo)

sexta-feira, abril 16, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 6

Provérbios 31.10-31 - A mulher virtuosa

1 - Observação do texto

1.1 - É um poema, um acróstico - cada letra inicial é uma letra do alfabeto. Não é a descrição de um fato.
1.2 - Quem? Uma família estável emocionalmente. Servas. A mulher virtuosa, a mãe na família, é a figura central do texto.
1.3 - Onde? Dentro de uma casa rica e na comunidade (cidade).
1.4 - Quando? Os acontecimentos abrangem todo o dia, desde muito cedo.

2 - Informações do contexto

2.1 - Autoria desconhecida. Alguns atribuem à mãe de Salomão (Lemuel).
2.2 - Data da época de Salomão.
2.3 - A mulher naquela época: se o marido ou o pai permitissem, ela poderia trabalhar e ganhar algum dinheiro.
2.4 - O trabalho na casa daquela época e na de hoje: água encanada, luz elétrica, eletrodomésticos, empórios, padarias, lojas etc.
2.5 - Termos a serem esclarecidos: "fuso" (significado incerto; o contexto indica capacidade de fabricar suas próprias linhas), "roca" (haste de madeira ou de cana com bojo na extremidade, no qual se enrola a rama do linho, do algodão, da lã, etc., para ser fiada), "escarlata" (cor muito viva e brilhante - tecido de seda ou de lã, dessa cor), "púrpura" (matéria corante vermelho-escura, indo para o violeta, largamente utilizada pelos antigos para tingir tecidos, símbolo de riqueza ou de alta dignidade social), "portas" (o portão da cidade era o fórum público de conselho e julgamento), "anciãos" (juízes, respeitados na sociedade), "lâmpada não se apaga de noite" (usada para iluminar - não havia luz elétrica - indica que tinham recursos para conservá-la acesa, estavam funcionando).
2.6 - Figuras de linguagem: "navio mercante", "cinge os lombos de força", "lâmpada não se apaga de noite", "estende as mãos no fuso", "abre a mão ao aflito", "a força e a dignidade são os seus vestidos", "fruto das suas mãos".

3 - Observações sobre a mulher virtuosa.

É uma mulher rica. Não podemos imitá-la no seu trabalho mas a sua conduta nos apresenta ensinos preciosos - apesar das diferenças de época, os princípios permanecem.

Consideremos o assunto sob 4 aspectos:

3.1 - Quanto aos bens materiais. A mulher virtuosa considera importante os bens materiais. O texto não se refere ao supérfluo, mas o essencial é o melhor que pode adquirir.
3.1.1 - Busca o material de melhor qualidade - lã, linho, cobertas dobradas.
3.1.2 - É econômica.
3.1.3 - Provê mantimento para a casa.
3.1.4 - Faz panos de linho fino para vender no mercado. A mulher trabalhando e ganhando dinheiro. Apesar de rica, com marido e filhos para trabalharem, ainda acha tempo para trabalhar e ganhar dinheiro.
3.1.5 - Manda plantar uma vinha. Investe sabiamente suas economias (rendas do seu trabalho). Examina uma herdade e adquire-a. Não manda o recado para o marido resolver, mas toma a decisão.

(continua)

sexta-feira, abril 09, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 6

3.2 - Oração de Elias.

3.2.1 - Qual a atitude dele? Que movimentos fez? Aproximou-se (é o único verbo; portanto, não fez outros movimentos ou gestos).
3.2.2 - Qual a altura da voz? Disse (Em contraste a clamar em altas vozes; portanto, falou em tom normal, tom de conversa).
3.2.3 - Que palavras falou? Palavras de louvor, conversa com alguém inteligente, argumentou apresentando as razões que lhe davam a certeza de ser atendido, o objetivo de toda sua atitude. Não repetiu palavras.
3.2.4 - Por quanto tempo? Mesmo considerando as diferenças entre o português e o hebraico, menos de dois minutos.
3.2.5 - Resultado da oração? Caiu fogo do céu, consumiu o holocausto e lambeu a água.
3.2.5.1 - Elias tinha certeza de ser atendido. Por que? “Segundo a tua palavra”, de acordo com a vontade de Deus. Elias vivia para fazer a vontade de Deus, tinha uma vida de comunhão constante com o Senhor e conhecia Sua vontade.

3.3 - Comparação entre as duas orações.

3.3.1 - Por que os profetas de Baal sentiram necessidade de saltar e de se martirizar?
3.3.2 - Por que Elias não gritou?
3.3.3 - Qual o relacionamento de Elias com Deus e o dos profetas, com Baal?
3.3.4 - Há algum aspecto na oração dos profetas de Baal que deva servir de exemplo para nós?
3.3.5 - E na oração de Elias?
3.3.6 - Que base tinha Elias para falar aquelas palavras com Deus?

3.4 - Orações nos dias atuais. Muitas orações, hoje, lembram a de Elias ou a dos profetas de Baal?

3.4.1 - Na altura da voz - são uma conversa com Deus? A altura da voz na oração em público:o suficiente apenas para que todos ouçam.
3.4.2 - Nos gestos, vide Mt 6.5.
3.4.3 - Nas repetições (exemplo: “em nome de Jesus”) Mt 6.7 – veremos, adiante, o significado da expressão “em nome de Jesus”.
3.4.4 - Nas palavras desnecessárias ou sem sentido (nossa oração é dirigida a um Deus com inteligência muito superior à nossa - muitas pessoas se esquecem disso).
3.4.5 - Na certeza de que Deus ouve: pedir “em nome de Jesus” não é uma frase mágica. É pedir como Ele pediria. Para isso, é necessário conhecer as palavras de Jesus e submeter-se a Ele - Jo 15.7; 14.13; 1Jo 5.14, 15.

(continua com novo estudo)

terça-feira, abril 06, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 5

2.3 - Pessoas - Elias, grande profeta de Israel, predisse a seca e o seu fim. Viveu no séc. IX a.C.;
Acabe - O mais perverso de todos os reis de Israel. Fundador da dinastia de Onri, reinou por 22 anos (874-852 a.C.). Casou-se com Jezabel por motivos políticos - era uma aliança que fortaleceria Israel contra a pressão da Síria e da Assíria. Era completamente dominado pela mulher;
Jezabel - “princesa sidônia, mulher imperiosa, inescrupulosa, vingativa, decidida, diabólica, o demônio em carne”. Tudo foi preparado para Jezabel continuar a adorar seu deus Melcarte em Samaria, onde construiu um templo para ele (1Rs 16.31-33). Seus 850 profetas eram pagos com dinheiro público. Ela exigiu que seu deus tivesse os mesmos direitos que Jeová;
O povo - Acabe convocou todo o povo. Um rei com direito de vida e morte, casado com uma mulher cruel e dominadora, seria obedecido totalmente;
Profetas - Pessoas com autoridade para falarem em nome de Deus, inclusive sobre fatos futuros. Havia, também, os falsos profetas que falavam em nome de ídolos (Dt 18.20). Os profetas de Israel não herdavam o ofício nem eram escolhidos por autoridade humana - Deus os chamava e lhes conferia as qualidade necessárias. Foram mortos a mando de Jezabel, ficando apenas os 100 que Obadias salvou.

2.4 - Deuses - Eram feitos à semelhança humana: casavam, amavam como seres humanos, tinham ciumes, inveja, ódio, comiam manjares etc. Observa-se isso na mitologia greco-romana;
Baal - Era o deus da fertilidade; controlava o trovão, o relâmpago, as tempestades. Cada localidade tinha o seu deus baal, com sobrenomes diferentes (Nm 25.3). Melcarte era o baal adorado em Tiro. Os ritos envolviam não só práticas imorais dos cultos da fertilidade, mas até mesmo abominações como o sacrifício de crianças (Jr 19.5);
Poste-ídolo - Provavelmente figuras esculpidas de Asera ou Astarote, deusa-esposa de Baal, representando a fertilidade - tinha como símbolo um tronco de árvore. Estava sempre presente nos santuários cananeus, nos tempos de Acabe. Foi introduzida no culto a Jeová, sempre que este se interpretava em termos naturalistas - antes de Acabe (14.23).

2.5 - Termos e expressões
Profetizaram eles” - Falaram em nome de seu ídolo. “Indica, provavelmente, um transe ou estado de extático” (de êxtase).
O Senhor é Deus – a palavra no original é Jeová, nome dado por Deus a Si mesmo. (Ex.:3.13). Fica, pois só Jeová é Deus.
Oferta de manjares - Também chamada “oferta-refeição”, “oferta de cereais”: de farinha crua ou queimada, sem fermento. Um punhado era queimado, o outro pertencia aos sacerdotes. Oferta diária: de manhã e “entre as duas tardes” ou no pôr-do-sol (Lv 29.39-41).

3 - Observação das orações

3.1 - Oração dos profetas de Baal

3.1.1 - Qual a atitude deles? Que movimentos fizeram - manquejando, se movimentavam ao redor do altar; (O desespero dos profetas por causa de Jezabel, que mandaria matá-los. O sangue no corpo suado - clima, roupas e movimentação durante muitas horas)
3.1.2 - Altura da voz: Clamaram (gritaram) em altas vozes.
3.1.3 - O que falavam? - “Ah! Baal, responde-nos!” - Repetição das mesmas palavras, mesma ideia: só pedido.
3.1.4 - Por quanto tempo? Desde a manhã - Não sabemos ao certo quando começaram, mas, por certo foram algumas horas até o meio-dia. (O dia na região rural começa com o nascer do sol), passado o meio-dia, até a oferta de manjares (15h ou pôr-do-sol, ou “entre tardes”).
3.1.5 - Atitude de Elias - a proposta que fez para Deus responder com fogo tinha um significado especial referente a Baal: acreditavam que ele controlava o trovão, o relâmpago e as tempestades - mostrou o absurdo da crença deles, zombando das limitações dos seus deuses e fazendo-os ver o ridículo da situação.
3.1.6 - Resultado da oração - não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

(continua)

sexta-feira, abril 02, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 4

1 REIS 18.17-19 - Elias e os profetas de Baal

1- Observação do texto

1.1 - Narra um fato.

1.2 - Quem? Pessoas que aparecem no texto: Acabe, Elias, profetas de Baal (450 pessoas), profetas de Asera (400), o povo.

1.3 - Onde? Monte Carmelo.

1.4 - Quando? De manhã até a tarde; depois da oferta de manjares.

1.5 - Para quê? Provar quem é Deus: Jeová ou Baal.

1.6 - O que fizeram? Os profetas de Baal?; e Elias?;  e o povo?.

2 - Informações do contexto.

2.1 - Histórico - Estavam no fim da seca (17.1). Lucas 4.25 refere-se a três anos e meio de seca porque, se a profecia se fez antes de começar a estação das chuvas, seguir-se-ia um período de meio ano sem chover.

2.2 – Geográfico - Monte Carmelo, serra principal de uma cadeia de colinas. Densamente coberta de vegetação e escassamente habitada. A estrada principal de norte a sul passa pelas colinas do Carmelo. (Amós 1.2; 9.3). Tiro e Sidom - cidades fenícias, portos no Mediterrâneo.

(continua)