quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Compreenda o Culto

O culto público é a adoração do povo reunido a Deus.
Jesus Cristo nos instrui: "Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura tais que assim O adorem. Deus é espirito e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade" - Jo 4.23-24
Nas Escrituras, e não em nossa criatividade, é que encontramos os princípios que devem ser observados na realização do culto: reverência, reconhecimento da soberania de Deus e humildade, espiritualidade, submissão a Deus, e diálogo entre Deus e o adorador. Leia Ex 3.5-6; Ec 5.1-5; Rm 11.36; Is 6.1-8
Obedecendo a esses princípios, ensinos e exemplos bíblicos, a Liturgia Presbiteriana se caracteriza pela seguinte Ordem do Culto:
1- Louvor - constando de hinos, leitura bíblica e oração de louvor (que falam dos atributos de Deus, como poder, sabedoria, santidade, bondade, amor, etc.), que assim exaltam a Deus.
2- Contrição - contemplando a Deus através do louvor, sentimos nossa pequenez e nossos pecados, e então os confessamos: em oração, em leituras bíblicas e hinos.
3- Edificação - reconciliados com Deus e sentindo-se perdoados, os adoradores são fortalecidos e ensinados com a Palavra de Deus. É hora de nova leitura bíblica para a meditação, mensagem ou pregação, na qual Deus nos fala.
4- Consagração - Depois de ouvir a Palavra e o apelo de Deus, sempre contido em Sua palavra, é hora do adorador responder ao Senhor, tomando decisões, oferecendo-se para servir ao Senhor. Nesta parte do culto fazem-se orações, tanto individuais como coletivas. Hinos apropriados ao assunto do culto ou da mensagem, devem ser cantados nesta hora.
5- Encerramento do culto com cânticos, leituras bíblicas e benção apostólica.

Como vemos, não cabem na Ordem do Culto com base bíblica, homenagens a pessoas, avisos, agradecimentos, apresentações, etc. Estas coisas podem e devem ser feitas antes e após o culto, nunca durante.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

A Graça de Deus

A graça de Deus é a oferta gratuita que Ele faz ao ser humano, de salva-lo eternamente, adotando-o como filho dEle. Salva-o da condenação, do poder do pecado e santifica-o para que o ser humano possa habitar no Céu. É gratuita porque o ser humano não merece tudo isto que Deus lhe oferece, nem tem condições, por si mesmo, de conquistar qualquer destas bênçãos.
Textos básicos, iniciais: Gn 3.15; 12.1-3; 15.6; Gl 3.6 e 9; 4.24-28; 3.16 e 29.
Deus fez ou estabeleceu dois pactos: primeiro, o pacto das obras ou da obediência, com Adão e Eva, antes de serem pecadores. O ser humano tinha, então, condições de fazer sua parte, obedecendo; porém, fracassou - Gn 3-6. O concerto da Lei foi feito no Sinai - Gl 3.24. A Lei que instrui o ser humano, mas também condena aquele que a transgride e está fora da aliança da Graça.
Gn 17.7-10 - concerto "perpétuo" com Abraão, tendo a circuncisão como sinal visível do pacto.
O pacto da Graça tem a garantia de sua realização, na pessoa de Cristo - Rm 5.1; Ef 2.8. A fé, que também é dada por Deus, e que capacita o ser humano a gozar dos benefícios da graça.
Je 31.31-34 e Hb 8.8-12.
O ser humano responde a Deus com a fé em Cristo, pessoal, consciente, voluntária. Em Cristo cada pessoa é admitida no pacto da Graça.
O pacto da graça é particular e não universal, como querem os universalistas - Gn 12.7; 17.7; Gl 3.16- "a tua posteridade, que é Cristo". Em Cristo é que somos incluídos no pacto da Graça.
É um erro pensar que a "dispensação da graça" é a partir de Cristo, e que antes dEle o que havia era a "dispensação da Lei". Nenhum texto bíblico diz isso.
A graça foi estabelecida por Deus em Gn 3.15 e tornada explícita e transformada em pacto, com Abraão, em Gn 12.1-3.
É um pacto da Trindade com o hornem: o Pai oferece a graça, por meio do Filho, e o Espirito Santo o aplica a cada pessoa - Ef 1.1-7, 10-14; 1Pe 1.2; 1Co 5.10 ("sou"); Ef 4.7 - "a cada um"; 2Pe 3.18 - "Crescei na graça"; 1Pe 5.12 - "esta é a verdadeira graça".
A doutrina da Graça e teocêntrica e não antropocêntrica. Ele é a causa da Salvação. Lm 3.22; Ef 2.5 e 8-10; Is 47.4; Jó 19.25-27; Sl 49.7-8. Fora de Cristo não há salvação- Jo 14.6; Tt 3.5; Gl 2.16; At 13.39.
A graça tem uma aplicação universal só no sentido de alcançar pessoas de todas as raças, tribos e línguas, e não no sentido de alcançar todas as pessoas, numa salvação universal. Jo 3.16, 18, 36; At 16.31; Mt 28.19; Mc 16.15; Rm 1.16.
A graça nos reeduca com a Lei, o Espirito Santo capacitando-nos a observa-la, ainda que imperfeitamente. É o processo da santificação, com seus 2 aspectos: o positivo e o negativo. Tt 2.12 e 3.3-8.
A graça de Deus cria urna nova humanidade, um novo povo, a Igreja - 1Pe 2.9-10, e um novo homem - 1Co 10-31; Ef 4.1; Fp 4.1.
A graça de Deus nos da esperança (certa e segura)- Tt 2.13.
Devemos entender ''vida eterna" como qualidade de vida que começa imediatamente após a conversão, e não simplesmente corno imortalidade; esta todos possuem.