sexta-feira, novembro 27, 2009

Memoráveis Batismos

O primeiro foi o que tive o privilégio de realizar na Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo. O batismo foi de um velhinho de 74 anos que se converteu na prisão ouvindo programas evangélicos pelo radio.

O segundo foi de um menino de apenas meses de vida, filho de um presbítero; o pequeno sofria paralisia infantil, estava em um hospital. Fui visitá-lo, e a mãe, criada no catolicismo temia que o menino morresse sem ser batizado e fosse para o “limbo”. O pai estava tranquilo. Expliquei-lhes que segundo o ensino bíblico, a criança que morresse estava salva (Mc 10.14), pois não havia alcançado ainda a idade da responsabilidade. Após, batizei-a, pois nada impedia que o fizesse. A mãe ficou tranquila e a criança recebeu o batismo a que tinha direito.

O terceiro foi de um ancião, pai de uma senhora que frequentava a igreja. Durante algum tempo ele frequentara também, mas não se batizara. Agora, muito doente, idoso, podia mesmo morrer. Em uma de minhas visitas disse-me que queria ser batizado. Declarou com convicção sua fé em Cristo. Também não tive dúvida, batizei-o na cama mesmo e dias depois faleceu. Lembrei-me do eunuco da rainha Candace, que Felipe, o evangelista, batizou ainda na estrada – At 8.26-38. A salvação não dependia do batismo, mas aquele que crê deve ser batizado - Mc 16.15-16 - e os filhos dos crentes também, pois o batismo com água substitui a circuncisão, que era feita em todo menino aos oito dias de vida; nisso o batismo com água é superior à circuncisão, pois também é ministrado às mulheres. Alegrou-se o idoso por ter dado testemunho da fé, a família dele alegrou-se, e antes disso devem ter-se alegrado os anjos no Céu “por um pecador que se arrepende”.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Jubilação ou Punição?

Sempre entendi a jubilação de pastores como uma honra concedida ao ministro que completasse 35 anos de ministério, ou chegasse aos 70 anos de idade. Honra como a emerência concedida ao presbítero ou ao pastor que servisse por longo tempo a uma igreja.

Por muitos anos o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil votava uma pequena verba para o jubilado, à guisa de modestíssima aposentadoria. Já vigorava a atual Constituição da Igreja. Poucos eram os pastores que continuavam ativos após a jubilação compulsória após os 70 anos. Depois disso a Previdência Social passou a admitir também a inscrição de pastores, concedendo-lhes a aposentadoria.

Mas, à medida que a média de vida do brasileiro sobe, porque melhora a qualidade de vida, cresce o número de jubilados no trabalho quase pleno, na assistência pastoral a igrejas. A experiência, o amor à Igreja que é o amor aos irmãos, cultivado durante 30, 40 ou 50 anos de ministério, compensam pelo menos em parte as deficiências físicas trazidas pela terceira idade.

Que bem faz ao jubilado saber que está sendo útil, ainda, na atividade pastoral, mesmo não exercendo plenamente a responsabilidade pastoral da igreja.

São muitos, atualmente, os pastores nessas condições. Boanerges Ribeiro foi assim até os 84 anos; ainda são assim pastores como Daniel Mariano da Silveira, Osias Mendes Ribeiro e outros, para só citar jubilados daqui da cidade de São Paulo.

Mas, que tristeza! Há aqueles que enxergam o pastor jubilado em atividade como um intruso, ocupando o lugar onde poderia estar outro, bem mais novo. Começa a ser visto como importuno, conservador demais, insistindo ainda em olhar como exemplares o apóstolo Paulo, Miguel Rizzo Jr., Avelino Boamorte, Boanerges Ribeiro, Felipe Landes, Erasmo Braga e outros, que só ambicionavam a honra de continuar servindo a Igreja dentro de suas possibilidades ainda existentes. Aqueles interpretam a Constituição da Igreja, artigo 49, como uma lei que decreta que o jubilado é um inválido e incapaz. O parágrafo 40 desse artigo precisa ser interpretado ou explicitado pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Jubilação é isso – uma punição para quem ousou viver muito e insiste em ser útil? Ou é honorífica, como sempre se entendeu? Convém que a Igreja pense sobre isso.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 12

IV. AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA A FAMÍLIA

Os salmos 127 e 128, especialmente, nos falam de quanto e como Deus abençoa aqueles que honram a instituição do casamento: lo. o Senhor sustenta e dá estabilidade à família (127.1-2); 2o. os filhos são “herança e galardão”, prosperidade e alegria para a família, pois eles são dádivas do Senhor (v.3). Por isso mesmo precisam ser recebidos com alegria e gratidão a Deus, e bem cuidados desde concebidos; 3o. “os filhos da mocidade”em especial são apresentados como fatores de fortalecimento da família, pois estes que nascem enquanto os pais são jovens, convivem mais intensamente com os pais, do que aqueles que nascem quando os pais já estão na meia idade ou na velhice; 4o. o número de filhos que o casal deve ter há de ser proporcional à capacidade dos pais, não só para gerá-los, mas também e principalmente para dar aos filhos todas as condições materiais, físicas, intelectuais , morais e espirituais para a boa formação dos filhos (v.4); ainda quanto ao número de filhos, não deve ser nem mais nem menos do que a capacidade de cada casal (v.5). O salmo 128 é um sábio complemento do 127, especialmente quando fala do temor e da obediência do pai a Deus, quando exalta o papel da mãe e da colaboração que é dada também pelos próprios filhos. E ainda fala da longevidade, podendo “aquele que teme ao Senhor”, poder contemplar os netos, “filhos dos filhos”.

Observar em tudo os preceitos do Senhor, a começar na família, é o segredo da real Felicidade!

terça-feira, novembro 17, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 11

3. Prostituição, adultério e homossexualismo

Foi Deus quem fez os seres humanos dotados de sexo, como todos os outros animais e até os vegetais. Os elementos masculinos e femininos estão presentes até nas flores, para que haja a perpetuação das espécies.

Em todos os animais existe o instinto de procriação; a satisfação do instinto ou do ato sexual traz prazer aos animais. Nos irracionais, porém, isso é apenas instintivo e inconsciente; nos humanos é consciente e o ato sexual não pode ser buscado pelo simples prazer, ignorando as consequências geralmente desastrosas. O ser humano tem que estar consciente da correta finalidade do sexo, para não agir como um irracional.

Quando o ser humano age mais movido pelos impulsos e instintos que lhe trazem prazer, do que pela racionalidade, as más consequências são inevitáveis. Até no comer e beber, se uma pessoa passa a fazê-lo pelo prazer, acaba prejudicando seriamente a saúde, com a obesidade e outros problemas, além de prejudicar a vontade como capacidade de escolha inteligente; torna-se viciado.

Daí o fato de terem surgido muito cedo a prostituição, o adultério e o homossexualismo.

As Escrituras contêm inúmeros textos que condenam a prostituição – ato sexual entre pessoas que não são marido e esposa; muitos outros sobre sexo entre pessoas do mesmo sexo: Ex 20.14; Lv 18.20-23; Rm 1.21-28; 1Co 6.18 e 10; Ap 21.8. Leia cada um desses textos.

Todos esses pecados têm escravizado o homem trazendo-lhe morte e toda espécie de tragédia. Todos, porém, podem ser abandonados – 2Co 5.12; Rm 6.13-14.

Uma das consequências físicas dos pecados de ordem sexual são as moléstias venéreas, hoje chamadas DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis - todas elas com consequências menos graves ou mais graves, inclusive a AIDS, até hoje incurável e letal. Como toda enfermidade, resultado direto ou indireto do pecado.

A prostituição e o adultério têm como consequência também a gravidez indesejada e a existência de milhões de seres humanos infelizes por não poderem ter uma família organizada.

Todas essas formas de união atrás referidas não podem chamar-se “famílias”; são apenas “ajuntamentos”, pois não têm a aprovação e a bênção de Deus.

Mas a maldade humana é capaz de realizar outras coisas terríveis de incrível crueldade. Então surgiram: o lenocínio (a exploração organizada da prostituição), com os prostíbulos rendosos para seus donos; o tráfico de mulheres, inclusive em âmbito internacional, a prostituição infantil, e a prática também organizada de homossexualismo e lesbianismo – suprema degradação, atualmente defendidos publicamente, promovendo em diversos países, com apoio das autoridade, as indecentes “Paradas do Orgulho Gay”; a rede de motéis facilitando tanto a prostituição como o adultério.

E embora as consequências de tudo isso sejam tragédias sobre tragédias, a humanidade não reconhece seus erros e se apega cada vez mais ao pecado de não respeitar as instituições divinas. Os governos, cuja razão de ser é promover o bem, cada vez mais são omissos e não coíbem os males; tornam-se cúmplices dos transgressores. O mesmo acontece com os cidadãos, que somos todos nós: ou nos posicionamos ao lado, como defensores das instituições divinas, ou estaremos do outro lado.

Faça sua escolha, inteligente e decente!

(continua)

sexta-feira, novembro 13, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 10

E o regime de concubinato se tornou aceito como normal em nossa pobre sociedade.

Inconvenientes: l. ofende a Deus porque desprestigia o casamento; 2. Não há no concubinato em si, seriedade e compromisso. Enquanto estiver a vida a dois conveniente e satisfatória para ambos os parceiros, mantêm-se juntos; se não, separam-se com facilidade, com traumas ou não; 3. Quando há filhos, a pouca responsabilidade dos pais, como pais, não os impede de acabar com o “relacionamento”; os filhos passam a ser as grandes vítimas, vão ser “filhos sem pais”, muitas vezes sem mães também. Frequentemente passam a ser vistos como incômodos pelos pais, e rejeitados; os “remendos” que se inventam não podem substituir uma família bem organizada e estável, com pai, mãe e irmãos. A palavra “concubinato” é propositadamente evitada, e essa triste situação é apresentada até como solução para problemas de solidão ou de descasados que desejam um(a) companheiro(a).

Daí a porcentagem espantosa de crianças e jovens de famílias desfeitas, ou que nunca existiram, tornando-se crianças de rua, jovens envolvidos com drogas, tráfico, contrabando, prostituição, etc. É comum encontrarem-se hoje moças e senhoras solteiras que já tiveram 2, 3 ou mais “companheiros”, às vezes com filhos de diferentes pais. Que formação moral podem tais crianças e jovens possuir, preparando-se para uma vida bem sucedida?

Entretanto o concubinato passou a ser visto e aceito como normal em todas as classes sociais, de todos os níveis culturais. Nem a formação religiosa tem sido suficiente, quando superficial, para livrar os jovens desse engodo, pois os exemplos que vêm nos próprios pais e familiares exercem uma influência devastadora. Os exemplos falam mais alto do que os conselhos, infelizmente, neste caso.

Uma das consequências das famílias desfeitas em crianças e jovens é o desamor e até o ódio contra todos, inclusive familiares, pois nunca se sentiram realmente amados e não aprenderam a amar. Multiplicam-se hoje os casos de filhos matando pais e pais e mães matando os filhos.

A libertinagem, filha da permissividade, é um dos grandes males que levam ao concubinato. O endeusamento do sexo, a busca do prazer sexual como o sumo bem (filosofia hedonista), leva à prostituição, ao concubinato e ao adultério. A gravidez indesejada é inevitável e então os filhos são injustamente olhados como intrusos; em geral são criados sem amor, dedicação e altruísmo; por isso também não aprendem essas virtudes.

E a tragédia humana vai se tornando cada vez mais gritante. Quando os preceitos bíblicos não são respeitados, os resultados são terríveis: as pessoas não têm respeito por si mesmas e pelo próximo, e rejeitam as bênçãos de Deus. Foi assim com Sodoma e Gomorra!

Mais do que nunca é atual a exortação de Pedro no dia de Pentecoste: “salvai-vos desta geração perversa!” – At 2.40.

(continua)

quarta-feira, novembro 11, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 9

2. Concubinato

Outra invenção humana já referida, pecaminosa e por isso mesmo nociva, é diferente da bigamia e da poligamia; é o concubinato. Hoje vai se tornando cada vez mais adotado, até no seio de famílias de formação cristã. Concubinato é o regime em que duas pessoas vivem como se casadas fossem, sem o serem realmente.

Vários personagens bíblicos que foram polígamos viveram também em concubinato. Só isto já mostra que mesmo naqueles tempos, mesmo desfigurado pela bigamia e pela poligamia, o casamento era a situação legal e normal.

O concubinato era uma união ilícita, mas tolerada pelo povo em sua decadência. Era fruto da sensualidade incontida, de sexualidade sem limites, como hoje também.

Há pecado e inconveniências no regime de concubinato hoje?

Antes de tudo lembremos que Deus só instituiu o casamento e não qualquer outra forma de união entre homens e mulheres; ao contrário, quando mostra as más consequências nos casos de concubinato registrados, está mostrando Sua desaprovação.

Alguém dirá: e se o concubinato hoje for levado a sério tanto pelo homem como pela mulher, não será isso casamento? Não terá a aprovação de Deus só porque não houve uma cerimônia civil ou religiosa selando essa união?

Notemos: não há, realmente, um texto bíblico mandando que os noivos se unam oficialmente perante autoridades civis ou religiosas, mas é inegável que os casamentos registrados nas Escrituras, como o casamento em Caná, em que Jesus estava presente, eram atos públicos em que o casal estava assumindo publicamente sua condição de marido e mulher. Em Dt 24.1-4, quando a Lei fala de “divórcio”, que não foi instituído por Deus, determina que seja feito uma documento que dê garantias à mulher. A festa que se realizava era o casamento reconhecido. Fora disto, o que havia era concubinato.

No N. T. o casamento é prestigiado de diversas maneiras: pela presença de Cristo nas bodas em Caná - Jo 2.1-12; quando Paulo nos instrui sobre relacionamento entre marido e esposa em Ef 5.22-33 e 1Co 7.1-14, texto este em que ele usa o verbo traduzido por “casar” no v. 9. Quando em Hb 13.4 o texto determina que “o matrimônio seja honrado por todos”. Em 1Co 7.2 Paulo chama de prostituição a união de pessoas que não sejam marido e esposa (homem e mulher).

Em nenhum texto as Escrituras prestigiam a união de um homem e uma mulher que não sejam realmente marido e esposa.

O concubinato hoje. Agora, falando com base nos fatos que estão ao nosso redor. Desde que o divórcio foi legalmente instituído no Brasil, a instituição do casamento foi sendo desprestigiada; ficou mais fácil pôr fim a um casamento, legalmente. Hoje há mais divórcios do que casamentos! Com a nova Constituição de 1988, chamada equivocadamente “Constituição cidadã”, o concubinato, depois de uns poucos anos, passaria a dar alguns direitos à mulher e ao homem, como o direito a pensão, a herança etc. Na ocasião, ouvi uma entrevista com uma senhora explicando aos ouvintes: “agora não é mais necessário casar...” como se a finalidade do casamento fosse apenas dar aqueles direitos aos cônjuges.

(continua)

sexta-feira, novembro 06, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 8

Outros casos dolorosos de poligamia foram os de Davi e Salomão- 2Sm 11.1-27; 13;1-12; 1Rs 11.16.

O caso de Davi é um alerta para todo cristão. “Quem está em pé, olhe, não caia” – 1Co 10.12. Davi era um homem de Deus; Deus mesmo o disse: “Achei a Davi, de Jessé, varão conforme o Meu coração” (At 13.22, citando 1Sm 13.14). Pois este homem um dia se descuidou. Embora fosse casado, viu acidentalmente a mulher de Urias, seu fiel general, banhando-se; cobiçou-a, quebrou o 10o. mandamento, e da cobiça passou ao adultério, quebrando também o 7o. mandamento. Durante meses adulterou, enquanto Urias estava no campo de batalha. Betsabá ficou grávida; ele tentou encobrir o adultério fazendo Urias vir a Jerusalém para estar com sua mulher -2Sm 11.1-8. Negando-se Urias (v. 9-18), Davi então tramou a morte dele; quebrou, então, o 6o. mandamento (v. 14-21). Depois de tudo isso Davi tomou Betsabá para ser mais uma de suas mulheres.

Deus castigou Davi pelos pecados que cometera: o filho que nasceu de Betsabá morreu, conforme fora anunciado pelo profeta Natã - 2Sm 12.1-24; diante do arrependimento de Davi, Deus foi misericordioso e nunca deixou de confirmar o que dissera sobre a duração de seu trono. Como no caso de Abraão, Sansão, Gedeão e de tantos outros, e como nós, Deus realiza o Seu plano por meio de Seus servos, apesar de nossos defeitos. Os verdadeiros servos se portam com humildade, reconhecem seus pecados e se penitenciam; “a um coração arrependido e contrito, não desprezarás, ó Deus”, proclamou Davi - Sl 51.17.

O caso de Salomão também é cheio de ensino. Temente a Deus, filho de Davi e Betsabá - 1Rs 1.17. foi sábio até no pedido que fez a Deus – 1Rs 3.7-13. Também demonstrou sua piedade e sabedoria ao erguer o templo, e em suas orações – 1Rs 8.22-66. Entretanto deixou-se influenciar pelos costumes da época e durante muito tempo andou desgarrado. Teve 700 mulheres e 300 concubinas e “suas mulheres perverteram seu coração” - 1Rs 11.3. Certamente se arrependeu e se reconciliou com Deus. Só assim Deus o teria escolhido e inspirado para escrever os livros de Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. Os dois últimos capítulos de Eclesiastes, especialmente os dois últimos versículos, mostram um Salomão reconciliado com Deus.

Outros servos do Senhor, como Sansão e Gedeão - Jz 16 e 8.30 - absurdamente se deixaram levar por paixões carnais, e desonraram a instituição do casamento. Sansão veio a ter morte trágica, apesar de mostrar-se arrependido – Jz 16.28. Gedeão, valoroso e fiel, mostrou-se sempre muito temente a Deus, com exceção do fato de que “teve 70 filhos que precederam de sua coxa, porque tinha muitas mulheres”. Após sua morte “os filhos de Israel se tornaram e se prostituíram após os baalins, e puseram a Baal-Berite por deus” - Jz 8.33. As fraquezas desses homens, mormente no campo do sexo, contrastaram com os atos deles enquanto fiéis a Deus. Infelizmente os maus exemplos prosperam e são facilmente seguidos, através dos tempos. E o homem em geral persiste em não reconhecer a estultícia que é a desobediência aos preceitos divinos.

Na Igreja Primitiva do tempo dos apóstolos provavelmente havia homens polígamos ou bígamos, pagãos que se haviam convertido depois de se terem colocado nessa condição. Convertidos, eram recebidos na Igreja, mas não deveriam ser diáconos, nem presbíteros – 1Tm 3.3 e 12. Paulo ensina “marido de uma mulher”. Não se impunha que o novo irmão, polígamo, despedisse as esposas e ficassem apenas com uma, provavelmente por causa dos filhos. Mas o oficial da Igreja, casado, devia sê-lo com uma só esposa.

Porém, nos advertem as Escrituras; “Deus não Se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” – Gl 6.7 e “Deus recompensará cada um segundo as suas obras” – Rm 2.6.

Por que tomar essa atitude louca e contraditória, de obedecer a Deus em alguns preceitos e desobedecê-Lo em outros? Podemos obedecê-Lo em tudo, ainda que imperfeitamente – Rm 6.14.

(continua)

quarta-feira, novembro 04, 2009

Instituições Divinas e Invenções Humanas - 7

AS INVENÇÕES HUMANAS

Além daquelas já referidas no capítulo referente ao trabalho, outras foram criadas pelo homem, no setor que atinge e macula a família: a bigamia, a poligamia, o concubinato, a prostituição, o divórcio, o homossexualismo, o lesbianismo, etc.

BIGAMIA E POLIGAMIA

Deus fez uma só mulher para Adão. Teria feito duas ou mais se devesse ser assim, mas Deus instituiu o casamento monogâmico, pois só esse dá certo com a bênção de Deus.

Foi um dos filhos de Caim – Lameque – o primeiro a ter duas mulheres. O exemplo logo se tornou costume e evoluiu para poligamia. Até hoje existem varões e sociedades muçulmanas, mórmons e outras, que defendem o “direito” de um homem possuir quantas mulheres puder sustentar. Em nosso meio, no Brasil, a bigamia é uma realidade, mas essas uniões não podem ser legalizadas; a bigamia é ilegal, mas é muito comum e não existe para o bígamo nenhuma punição legal.

Porém as conseqüências trágicas da bigamia e da poligamia são com ênfase registradas nas Escrituras, o que mostra como Deus rejeita e pune os transgressores.

O mau exemplo de Jacó é gritante. Convertido já em sua velhice, talvez com mais de 70 anos, na sua mocidade casou-se contrafeito, mas não obrigado, com as irmãs Lia e Raquel, suas primas, filhas do tio Labão. Além disso teve duas concubinas, por sugestão das esposas, Zilpa e Bila – Gn 29.21-31. Foi uma família fora do controle de seu chefe: 12 filhos e uma filha, de quatro mães diferentes. Só José e Benjamin, filhos de Raquel - a única que deveria ser mulher de Jacó - não lhe deram grandes desgostos.

Entretanto Deus se denominava “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” - Ex 3.15. Pois Jacó, o terceiro da linhagem dos Patriarcas, colheu amargos frutos de sua poligamia, e os colheu especialmente depois de ter sido regenerado e convertido. Um dia a filha Diná foi deflorada por um homem do povo heveu, o qual quis se casar com ela. Mas os irmãos de Diná usaram um sórdido ardil e mataram todos os varões heveus e saquearam os seus bens - Gn 34.13-31. Quando Jacó soube do acontecido se indignou, mas teve que apenas curtir a vergonha e a dor de tão grande vilania dos filhos. Anos mais tarde os 10 irmãos de José, filhos de Lia e das concubinas de Jacó, venderam José como escravo para uma caravana de midianitas, e mentiram ao pai dizendo que uma fera matara José – Gn 37.

(continua)