sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Reflexões políticas antigas (?) -1

(Algumas reflexões políticas em agosto de 2001)

O BRASIL NÃO TEM JEITO

Parece que estamos no fundo do poço. Não consola nada lembrar que a crise é internacional. Aqui entre nós é crise econômica, institucional - com a briga entre os 3 Poderes - crise na educação, no sistema carcerário, na saúde, etc., tendo como causa comum a maior de todas, a crise moral. Falta civismo e vergonha na cara por toda parte.
A diferença entre os ladrões comuns - desde os “pés de chinelo” até os de “colarinho branco”, incluindo altos funcionários e políticos; e até juizes com superfaturamentos por toda parte, em construções faraônicas, gasto de milhões de reais com mobiliário para o judiciário - é apenas de classe social.
Todos esses personagens desonestos - maus brasileiros - são ladrões e não há penitenciárias suficientes para recolher todos. Seria necessário antes um judiciário competente e eficiente para condená-los. Mas, necessário, mesmo, é recuperar todo o dinheiro roubado da nação.
O que é que pretende a imensa “Máfia Brasil”? Parece que estão desafiando a sorte, com sua orgia de imoralidades.
O Brasil não tem jeito. Maldita é a nação cujo Deus não é o Senhor!
O Brasil deixou de ser “o país do futuro” e agora é “um país sem futuro”.
Há, certamente, brasileiros honestos que não se corromperam, embora uma pequena minoria. Cabe-nos reagir e agir como fermento, como “sal e luz” nesse Brasil às escuras, em acelerado processo de decomposição. Esse é o papel dos brasileiros de brio.

JOGO DE EMPURRA

Já é frequente o Executivo se queixar do Legislativo, e este do Executivo. Mas agora também os 3 Podres se queixam e acusam uns aos outros, e já não se pode confiar em nenhum.
Nestes últimos tempos tudo isso está acontecendo. Na realidade, nenhum dos 3 Poderes está servindo a Nação como devia. Qual é o mais negligente e corrupto, é difícil ao cidadão comum saber.
Melhor seria cada um por-se em brios. O Presidente deixar de ser tímido diante dos grandes e usar a força moral que as eleições lhe deram; o povo quer que “puxe as orelhas” de quem o merece mas parece faltar-lhe coragem para isso. Os membros do Legislativo deixarem de ser gananciosos por dinheiro, trabalharem mais e melhor, pondo de lado o corporativismo; deixarem de dar cobertura a seus membros criminosos e entregá-los à Justiça, sem nenhuma demora. O Judiciário, que é o mais apto para perceber as imperfeições das leis, assessorar o Legislativo para que elas sejam melhores. Os juizes deixarem de ser cegos que só sabem ler a letra da lei, e se lembrar de que as leis têm um espírito e existem para benefício da Nação, e defender o Bem Comum - não interesses pessoais. As leis não são um fim em si mesmas.
Os Três Poderes não têm direito de fazer o “jogo de empurra”. Trabalhem!

JUSTIÇA CEGA

É impressionante ver como grandes criminosos punidos por alguns juizes, em seguida conseguem “liminares” de juizes e tribunais superiores; ver juizes determinando “indenizações” mais do que fabulosas e estas sendo alvo de recursos desesperados por quem tem de pagar tais absurdos, geralmente governos, ou melhor, o povo que paga impostos.
Na realidade existem: a indústria das liminares, das reclamações trabalhistas, das indenizações por acidentes do trabalho, idem por desapropriações - que acabam por dar origem aos famosos precatórios. Tudo passando por mãos de juizes que julgam com base na letra das leis, ignorando o espírito ou objetivo último da Lei, o Bem Comum
Se a Lei é cega, isso não significa que os juizes têm que ser estrábicos, míopes e cegos. Ou estão interessados na injustiça?

(continua)

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Boa Viagem!

(O texto abaixo foi escrito para ser distribuído na forma de folheto, pelos membros das Igrejas Presbiterianas em Osasco e Carapicuíba - SP, entre passageiros de trem e ônibus, por ocasião das férias escolares, há muitos anos.)

Passageiro amigo,

Você vai viajar e está cheio de expectativas: rever amigos, realizar negócios, conhecer novos lugares ou divertir-se.
A Bíblia fala de nossa vida na Terra como algo que um dia terminará, como uma viagem. No Salmo 90, ela fala da vida como um conto ligeiro... “pois passa rapidamente e nós voamos”.
Mas a Bíblia também afirma que a morte, na Terra, não é um ponto final da existência humana; fala da vida após a morte - ou num lugar excelente - o Céu- ou em um lugar de tormento. Ambos são definitivos.
Quem realiza uma viagem no mundo, prepara-se e prepara tudo o que é necessário para sair-se bem. Não pode enganar-se nem esquecer, pois isso pode tirar todo o proveito da viagem.
Soube de um caso interessante: uma senhora queria viajar para Guaratinguetá, no estado de S. Paulo. Alguns abreviavam o nome da cidade e falavam apenas “Guará”, inclusive aquela senhora. Na estação pediu e comprou passagem para Guará - que é outra cidade, muito distante e diferente daquela que ela desejava ir. Quando o trem chegou é que ela descobriu o engano: tomara o destino completamente errado. Cuidado para que coisa semelhante não lhe aconteça na viagem sem retorno de nossa vida no mundo.
No fim da viagem da vida aqui na Terra, chegaremos ao nosso destino eterno. Não poderemos mais mudar nem retornar. Cada um de nós precisa providenciar agora o que é necessário para ser bem sucedido.
Se alguém quer viajar para o Céu tem que ter a passagem certa que o leve para lá: a fé em Jesus Cristo e nEle somente. “Quem ouve a Minha palavra e crê... tem a vida eterna” (Evangelho de João 5.24). Isto implica em ter-se convertido, ter nascido de novo e ser uma nova criatura, gerada pelo Espírito Santo, de modo que queira de fato abandonar toda forma de pecado. Em 2 Coríntios 5.17, Paulo ensina: “Se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas passaram, tudo se fez novo”.
Você já recebeu a Cristo como seu Senhor e Salvador, tem se convertido e transformado em nova criatura? Isso é que é necessário!
Cuidado! Não compre passagem errada! Não embarque na condução errada, que o levará ao destino que você não quer. Existem pessoas e até igrejas querendo impingir-lhe o erro trágico!
Jesus Cristo diz: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Evangelho de João 14.6). “Se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Evangelho de João 3.3). Não aceite um outro evangelho de salvação por obras ou reencarnação ou qualquer outro atalho enganoso.
Boa viagem! E até nosso encontro no Céu!

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Ciência, Religião e Filosofia

São três campos distintos e inter-relacionados do conhecimento humano; relacionam-se entre si, tanto quanto as áreas ou realidades em que vive o homem: o mundo material, o mundo das ideias e pensamentos, e o mundo espiritual.
Assim como o cérebro, formado de matéria - átomos e células - é o instrumento da inteligência racional do ser humano, assim também o corpo, incluindo o cérebro e a capacidade de raciocínio do ser humano, é instrumento da alma espiritual do ser humano.
Três campos distintos e intercorrentes do conhecimento do ser humano, a Ciência, a Filosofia e a Religião necessariamente existem e agem com instrumentos e métodos diferentes.
A Ciência está no campo da experimentação e da prova; a Filosofia está no campo da razão e do raciocínio lógico e transcende o campo da Ciência. Ela não tem que provar a existência real da ideia e do pensamento; ela lida com essas duas realidades, assim como a Ciência não tem que provar a existência da matéria, mas lida com ela.
A Religião está no campo da fé, daquilo em que o homem crê; não ignora nem pode ignorar a realidade da matéria, nem o conhecimento que a Ciência nos dá. A Religião não prescinde da Ciência; ao contrário, pode e deve usar as informações que a Ciência lhe dá, e também os recursos que a Filosofia nos oferece.
Assim como a Filosofia transcende o campo da Ciência, também a Religião transcende o campo de ambas.
Qualquer delas pode afirmar e ensinar verdades preciosas e incontestáveis. Mas qualquer delas pode incorrer em erros e excessos.
A Ciência tem se contraditado através dos séculos. Desde a afirmação de que a Terra é plana, até o conhecimento da amplitude do Universo. Modernamente, devido a seus próprios recursos cada vez mais precisos, a Ciência de uma década contradiz a Ciência da década anterior, numa prova cabal de que está sujeita a erro. O que afirma hoje pode ser negado amanhã.
A Filosofia, campo das ideias, apresenta, não só em diferentes fases da História, mas até concomitantemente, ideias, conceitos e pensamentos inteiramente contrários entre si. Mas a Filosofia é preciosa para alargar o campo do conhecimento humano, e para ensinar o homem a pensar.
A Religião é o campo em que as posições mais se chocam, na medida em que as pessoas religiosas ignoram as informações dadas pela Ciência e pela Filosofia. O religioso deve crer sem desprezar sua capacidade de pensar, para não crer em absurdos. Ao mesmo tempo, não pode crer só naquilo que a Ciência pode comprovar.
Erra o religioso quando quer negar a afirmação do cientista sem ter os recursos de experimentação e prova que este possui. Erra o cientista quando invade o campo da Filosofia ou o campo da Religião para contraditar crenças ou verdades que não são cientificamente demonstráveis. E erra o filósofo quando também invade o campo alheio da Ciência ou da Religião.
Os três campos do pensamento humano são admiráveis e precisamos aprender com todos eles. É necessário, porém, o uso do bom senso para que os limites de cada um seja respeitado, e nem cientista, nem filósofo, nem religioso façam afirmações irrazoáveis, insensatas e nocivas.
As Escrituras Sagradas dizem em Hebreus 1.1-2: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Pela fé entendemos que os mundos foram criados”. Nem sequer pretendem provar que os mundos foram criados, pois não tem como fazê-lo, do mesmo modo que o cientista não tem como provar o contrário. As mesmas Escrituras não negam as coisas que se veem, mas denunciam a falsamente chamada ciência (1 Timóteo 6.20), a ciência do cientista que erra porque sai do seu campo de observação, experimentação e prova.
Para concluir estas considerações: Ciência, Filosofia e Religião coexistem há séculos. O melhor dos cientistas pode ser um grande religioso, como foi Isaac Newton, e têm sido grandes cientistas da atualidade. O mais profundo teólogo pode e deve ser também um profundo conhecedor e admirador da Ciência e da Filosofia. E assim também pode o bom filósofo ser um fervoroso cristão e profundo conhecedor da Ciência.
É uma falácia insensata pretender o cientista combater a fé no espiritual e eterno, pois isso está fora de sua alçada. Isto tem acontecido mais vezes do que o religioso e o filósofo indevidamente contraditarem a Ciência verdadeira.
Há, até, um esforço de cientistas – como Richard Dawkins - para provar que a fé religiosa é vã. Um erro tão insensato como seria o do religioso fanático que ignorasse a Ciência e pretendesse negar o seu valor.
Temos que dar graças a Deus que nos fez de matéria, mas nos fez racionais e nos deu uma alma espiritual e, sobretudo, nos deu a fé para crermos nEle e em Sua palavra.