terça-feira, setembro 29, 2009

A causa de todos os problemas - 2

2. A má distribuição de renda. Dentro de uma mesma nação, a má distribuição de renda já é gritante; em termos globais é pior ainda. O capitalismo selvagem impera. O consumismo generalizado é uma desgraça. O capitalismo, quando concentra a riqueza nas mãos de poucos, em lugar de promover o benefício de todos, é desumano. O crédito fácil e o pagamento de prestações são verdadeiras armadilhas para o pobre incauto, que também embarca no consumismo. A escravidão com o uso da força e violência foi substituída, em parte, pela servidão. Os donos do capital ganham sem limites; os trabalhadores recebem salários apenas para sobreviver e continuar trabalhando. E aceitam viver nessas condições para terem o que comer. É a exploração do homem pelo homem. No âmbito internacional, formam-se blocos – G8, G20 – de nações mais fortes que não atendem às necessidades das nações mais pobres que nem tem como fazer exigências. Internamente, até nas nações mais ricas existem miseráveis, moradores de rua; no mundo, há nações inteiras em miséria absoluta. A humanidade, como um todo, não cultiva, não ensina, nem pratica a solidariedade, esquece-se do “amarás ao teu próximo como a ti mesmo” - Lv 19.18 e Mt 22.37-39. Teorias econômicas e ideologias não resolvem, nem tratam com eficiência as consequências, muito menos as causas. As lições preciosas da parábola do rico insensato – Lc 12.13-21 – combinadas com Mt 25.31-46 vão às causas do problema – trabalho honesto para todos e solidariedade nos levam a soluções.

3. Todos os problemas até aqui citados dão origem a outros, igualmente graves. Ideologias diferentes e interesses econômicos em choque causam ódio entre nações e com ele a violência; geralmente os mais fracos apelam para a vingança por se sentirem oprimidos e/ou explorados, então surge o terrorismo. Atrás dele vem a guerra, declarada ou não, a agravar os problemas, com a destruição de vidas e bens; aumenta a miséria.

4. Os pobres e desempregados, por falta de melhor formação moral, premidos pela fome e a carência de saúde e bens essenciais, aceitam facilmente trabalhar para o tráfico de drogas. As drogas são produzidas, transportadas e comercializadas por quadrilhas com chefes ricos e poderosos. Sabem do mal que estão fazendo a milhões de usuários e seus familiares, mas só lhes interessa o lucro. Sua riqueza é suficiente para corromper pessoas e impedir a ação eficiente da justiça. Por que é tão fácil milhares ou milhões se viciarem? Falta Uma campanha séria e bem feita para esclarecer as pessoas, a começar com a infância. Pouco adianta cuidar daquele que se viciou. É preciso prevenir – 1Co 6.12 e 10.23. Quando se crê em Deus e se dá ouvidos às Escrituras é possível resistir às astutas ciladas de Satanás e a todas as tentações.

(continua)

quinta-feira, setembro 24, 2009

A causa de todos os problemas - 1

A causa de todos os problemas

Semearam ventos, e segarão tormentas.” - Oséias 8.7

Não erreis; Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” - Gálatas 6.7

A humanidade está às voltas com enormes problemas globais: aquecimento global, poluição de várias naturezas, terrorismo, guerras tribais, miséria e fome, quadrilhas internacionais de narcotráfico, corrupção política, tráfico de mulheres, contrabando, paraísos fiscais para evasão ilegal de divisas, armamentismo e ameaça de guerra nuclear, etc.

Cientistas, sociólogos, políticos competentes e outros se organizam e se dedicam a procurar soluções, mas ano após ano os mesmos problemas se agravam. Qual a razão desse insucesso?

Tenho para mim que a razão está no fato de que em geral os pesquisadores procuram tratar os efeitos sem detectar e combater as causas.

As causas de todos esses males são de cunho ético e moral.

  1. Quanto ao aquecimento global. O homem está (mal)tratando o planeta como se fosse dono dele e do Universo. Esquece-se de Deus como o Criador e Senhor, que estabelece leis e regras para o bom funcionamento da natureza. Os pesquisadores descobriram milhares dessas leis maravilhosas, mas a humanidade em geral não respeita o equilíbrio biológico nem na terra, nem no mar, rios e nos céus. O prazer da caça e da pesca e os interesses comerciais e industriais se sobrepõem ao respeito à natureza e vem as consequências: desiquilíbrio biológico e extinção de espécies. O homem é usuário do Universo e não o dono; precisa respeitá-lo e ao Senhor do Universo. “Do Senhor é a Terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” - Sl 24.1. Leia os capítulos 48 e 49 do livro de Jó: “...onde estavas tu, quando Eu fundava a Terra?”. Existem práticas de pura destruição, como o desenfreado desmatamento da Amazônia, que pode transformar-se num imenso deserto. As desculpas são várias: industrialização de madeiras, como o mogno; usar a terra para o plantio de soja e cana, etc. Outro problema é a inundação de áreas imensas para construção de represas – como Itaipu - em lugar de centenas de pequenas mini-usinas que não exigiriam a formação de represas imensas. Ao mesmo tempo, a indústria crescente usa combustíveis com emissão de milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, alterando a camada que protege o planeta. Por outro lado, não se empenha no uso do transporte coletivo no lugar dos automóveis. Não se estimula o uso de bicicletas, pelo menos nas cidades planas. Não se substituem os ônibus a diesel por elétricos ou a gas natural. Ao contrário, o transporte público é relegado ao esquecimento e a indústria automobilística é incentivada. Interesses financeiros se sobrepõem ao “bem comum”.

(continua)

terça-feira, setembro 22, 2009

O cristianismo é radical

O cristianismo é radical

Lc 11.23; Mt 5.37; 1Rs 18.21; Mc 8.34; Mt 5.39; 24.9; Rm 12.18-21


Aprendi muito cedo, como pastor, o que alguém já dissera: “A igreja não é colônia de férias, mas campo de batalha”.

O descanso prometido é após a morte; antes dela, é o consolo e o conforto que o Espírito Santo nos dá em todos os momentos difíceis.

Ainda crianças aprendemos que nem tudo é permitido; criança também peca, mas como crentes já aprendemos que a mentira, a violência, a impureza, a desobediência aos pais, e outros atos e atitudes nos sãoproibidos. Começa a disciplina e a auto-disciplina.

Quando adultos, as pressões são enormes e só com muita convicção e força de caráter conseguimos manter uma conduta digna. É só quando sustentados pelo Espírito Santo podemos “negar-nos a nós mesmos” para honrar o nome de Cristo que levamos conosco.

Se “no mundo” é assim, na Igreja não é diferente.

No colégio apostólico foi assim. Judas traiu o Mestre; seu “arrependimento” foi apenas remorso. Pedro foi repreendido – Mt 16.21-23; em 2Co 12.17, Paulo se refere a “muitos falsificadores da Palavra”; em Fp 3.2, refere-se a “maus obreiros”, chamando-os de “cães”.

Porém, a todos temos que amar, orar por todos e desejar-lhes a salvação.

Parece incrível, mas muitos conhecedores das Escrituras, “mestres” e “doutores” ignoram a justiça de Deus; parece que sua mente seletiva só os lembra do que os agrada; então tornam-se mercenários em busca de vantagens fianaceiras, cargos importantes na Igreja. Esquecem-se de que não podem ser “meio-crentes”.

Provavelmente ouvirão de Cristo a terrível repŕimenda de Mt 7.21-23: “Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus...

Examine-se com rigor; não se engane!!!

quinta-feira, setembro 17, 2009

Sobre o Dízimo - 2

12. Algumas das confusões que fazem os contrários ao dízimo:

a) Querem incluí-lo entre as leis revogadas. Estas são só e exclusivamente as leis cerimoniais (sacrifícios, sacerdócio, cerimonial do culto, vestuário dos sacerdotes, circuncisão, etc), as leis civis (como a pena de morte), leis sanitárias, embora de todas estas permaneçam os princípios éticos. Em que tipo de lei ou mandamento se enquadra a lei do dízimo? No 8o. Mandamento: “Não furtarás”, desde que Deus disse: “o dízimo é do Senhor”, sonegá-lo é apropriação indébita, assim considera Deus.

b) Confundem-no com ofertas voluntárias referidas por Paulo em 2Co 9.17. As ofertas são espontâneas, segundo a prosperidade de cada um. São inspiradas no amor, na solidariedade, e nas necessidades do próprio povo e da Igreja. Podem se destinar à beneficência, ou à construção e manutenção do templo e do culto. Mas o dízimo é lei, e uma só para todos – a décima parte da renda de cada adorador.

Cabe aqui destacar a justeza estabelecida por Deus: o rico e o pobre dão na mesma proporção; um não dá mais nem menos do que o outro, a menos que um fique só no dízimo e outro ofereça, além do dízimo, as suas ofertas. Exemplos admiráveis: Wesley e Colgate.

  1. Desafio e promessas de Malaquias 3.10: “Trazei todos os dízimos... fazei prova de Mim... se eu não vos abrir as janelas do céu...

O que é que queremos de Deus? Que ele multiplique nossa renda, só isso? Ou buscamos primeiramente as bênçãos espirituais? Vide Mt 6.33.

Ame a Deus e a Sua Lei, obedeça-O e Deus cumprirá, como sempre, a Sua palavra e as Suas promessas.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Sobre o Dízimo - 1

O Dízimo, instituição divina

Lucas 11.37-42

  1. O dízimo não é invenção humana, nem da Igreja; Deus o instituiu.

  2. Não é algo que negociamos com Deus. Erradamente, Jacó quis negociar (Gn 28.20-21).

  3. Não sabemos quando Deus instituiu esta prática, como também não sabemos quando ensinou Abel e Caim a oferecer-Lhe holocaustos, mais tarde também incluídos na Lei.

  4. Não é motivo de orgulho do homem, como o do fariseu da parábola – Lc 18.11.

  5. Sabemos que Abraão deu dízimos a Melquisedeque (Gn 14.20), sacerdote do Senhor – Hb 7.1-3.

  6. Em Lv 27.30-32 o dízimo é incluído entre as leis dadas por Deus através de Moisés.

  7. Em Dt 26.12-15 encontramos a destinação dos dízimos e a oração a ser feita pelo dizimista. Por que o levita? Nm 2.35, 3.15, 18.20-21. “Dízimo dos dízimos” - Nm 18.21-26.

  8. É uma prova a que somos submetidos, de fidelidade a Deus e confiança nEle – Nm 18.13-14.

  9. Em Ml 3.7-10 Deus reclama os dízimos e ofertas que eram sonegados pelos israelitas. Aí diz Deus: “vós me roubais... nos dízimos e nas ofertas”. Era o crime de “apropriação indébita”. Aí aprendemos, também, que odízimo é o mínimo, e que não nos isenta de ofertas – de gratidão e/ou para atender necessidades do próprio povo de Deus – At 11.28-30; 1Co 16.1-2; 2Co 8.1-7; At 4.32-37. Daí surgiu o diaconato na Igreja – At 6.1-7. “Para que haja mantimento...” para o sustento dos levitas, dos pobres, estrangeiros, órfãos e viúvas.

  10. O que Cristo disse sobre o dízimo: Mt 23.23 e Lc 11.42. Cristo criticou severamente os fariseus por seu orgulho espiritual, mas não por serem dizimistas. Reforçou o ensino do Antigo Testamento: “deveis fazer estas coisas (o juízo, a misericórdia e a fé) e não deixar as outras (os dízimos).”

  11. O dízimo não é o mais importante da Lei, mas sim, “o juízo, a misericórdia e a fé” (lei, caridade e confiança em Deus).

(continua)

sexta-feira, setembro 11, 2009

Revelação

REVELAÇÃO - Hebreus 1.1

I. Introdução - A Bíblia é o fundamento da fé cristã. A falta de compreensão do que é Revelação tem dado origem a “novas revelações” falsas, como às de Joseph Smith e seus sucessores, às de Ellen White, às de alguns pentecostais e outros.

Se estivermos convictos de que “Deus nos fala” diariamente através das Escrituras Sagradas, certamente daremos mais tempo e atenção à Bíblia.

II. Que é revelação? É o “tirar o véu” para que tenhamos a visão de Deus; para que possamos usufruir “o que de Deus se pode conhecer” - Rm 1.19.

Deus Se revelou a Seu povo e Se revela aos Seus escolhidos através das Escrituras. Cremos em Cristo porque a Bíblia fala dEle. Convertemo-nos porque a Bíblia nos fala da conversão - Jo 3.3-5. Buscamos a santificação porque a Bíblia fala de sua necessidade imprescindível - Hb 12.14. Evangelizamos porque na Bíblia está a ordem de Cristo “ide” - Mc 16.15; Mt 28.19-20; At 1.8.

Precisamos “comer” este alimento que Deus nos dá para nossas almas - Sl 1.1-2; Ap 10.2, 9, 10 - não só ler, mas meditar, “ruminar” a Palavra de Deus.

III. Por que Deus Se revelou? Desde o início Ele busca o homem. “Adão, onde estás?” - Gn 3.9. Deus interveio na Torre de Babel - Gn 11. Deus chamou Abrão - Gn 12.1-3. Deus chamou e comissionou Moisés - Ex 3.1-6. Deus enviou os profetas; enviou o Filho já prometido desde Gn 3.15; Ml 4.5-6; Gl 4.4. Revelou-se porque quer ser conhecido pelas criaturas inteligentes e adorado por todos.

Deus inspirou profetas e apóstolos para escreverem as Escrituras - Is 8.1 - como fez com Moisés.

A Bíblia é o registro do plano de Deus para salvação do homem - Rm 15.4. Ela foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo- 2Tm 3.15-16; 2Pe 1.20-21.

IV. Por que cremos nas Escrituras? Porque Deus nos deu a fé - Hb 11.1-3; Ef 2.8: “a fé é dom (dádiva) de Deus”.

V. Quais são os tipos de revelação usados por Deus?

1. Revelação natural. É a encontrada na natureza - Sl 19.1; Rm 1.19-20; 2.11-15.

2. Revelação sobrenatural. É aquela em que Deus fala com o homem, desde Gn 2.16, até Ap 22; Hb 1.1; Gn 28.10-17 e muitos outros textos. Deus inspirou “homens santos” para escreverem Sua palavra. O próprio Cristo citou e usou a Palavra escrita - dezenas de citações do Antigo Testamento - Lc 24.25-27. O mesmo fizeram os apóstolos - Rm 15.4; 2Tm 3.15-17. São mais de 400 citações do Antigo no Novo Testamento.

3. Mas Deus Se revela (não coisas novas, nem o futuro) a cada um de nós, a cada vez que Ele nos dá entendimento - Mt 11.27; 1Co 2.10-13; Ef 3.1-4; Fl 3.25; Gl 1.15-16; 1Co 2.14-16.

4. Porém, há os que rejeitam a revelação dada por Deus; a começar por Satanás, em Gn 3.1-4; Mt 15.2-9; Gl 1.6-7 e 2Co 4.2 nos dão outros exemplos de rejeição da revelação de Deus. Essas pessoas substituem a Palavra de Deus por suas próprias opiniões, o “achismo”; são os que torcem a Palavra de Deus - 2Pe 3.15-18, como há também os que rejeitam a revelação natural - Rm 1.21-23 e 25; Sl 14.1. Em todos os casos o resultado é trágico: paganismo, idolatria, ateísmo, agnosticismo, deísmo, ateísmo prático, panteísmo ( pregado pela Nova Era), o politeísmo, o satanismo, etc. A punição por esse pecado é severa: Rm 1.24,26-32

VI. Quais as consequências do abandono da revelação de Deus? Quando se negligencia a busca de Deus através da Bíblia, o homem tem a pretensão de substitui-la pela sua própria sabedoria. Exemplos: cientistas materialistas com suas teorias, sem uma única prova, sobre a origem do universo; Alan Kardec, Joseph Smith, modernistas e romanistas entre outros.

Falsos profetas de põem a interpretar sonhos e a predizer o futuro - Je 23.9-11, 13-15, 25-32. Falsos profetas de hoje: os “apóstolos” mórmons, anciãos da Congregação Cristã, R.R. Soares, Valnice Milhomens, os né-pentecostais em geral, com suas verdadeiras “empresas” que vendem prosperidade, curas, solução de problemas, expulsão de demônios, além dos jogadores de búzios, pais de santo, etc.

Que fazer, diante de tantas heresias e tanta apostasia? Por em prática Sl 119.9-11; crer no que Cristo diz em Jo 17.17: “a Tua Palavra é a Verdade”. O que difere dela é mentira.

VI. Conclusão. Sobretudo, lembre-se de que o Autor das Escrituras, o Espírito Santo, é Quem pode dar a cada um de nós a compreensão exata do que Ele fez escrever; é o que chamamos iluminação - “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece; mas vós O conheceis, porque habita convosco, e estará em vós”. “Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. “Ele vos guiará em toda a verdade” - Jo 14.17, 26; l6.13.

Toda pessoa convertida tem o Espírito Santo, e Ele nos foi dado para que não sejamos enganados - Mt 24.24. O apóstolo Paulo é quem mais nos exorta e nos dá o exemplo: “Rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia, nem falsificando a palavra de Deus, pela manifestação da verdade” - 2Co 4.2.

Leia muito a Bíblia, viva em comunhão com Deus, peça-Lhe sempre a iluminação do Espírito Santo, e Ele o guiará em toda a verdade, e você ficará livre de cair em heresias.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Elias e os Profetas de Baal

ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL

1 Reis 18

(Introdução: explicar o que é Israel e o que é Baal)


Acabe foi rei de Israel. Foi um rei mau, muito mau e fez tudo o que o Senhor não gosta, muito mais do que os reis que viveram antes dele.

O rei Acabe se afastou de Deus e foi adorar o deus Baal. Também mandou que todo o povo adorasse Baal.

Quem não quisesse adorar Baal era perseguido ou era exilado para fora de Israel. Os soldados do rei matavam todos os profetas do Senhor que eles encontravam. Um dia Elias mandou um recado para o rei ir encontrar-se com ele.

Acabe foi encontrar-se com Elias. E Elias falou alto, na frente do rei:

Como é certo que o Senhor Deus vive e que eu estou diante dEle, não haverá chuva ou orvalho na terra nestes anos seguintes até que eu fale para vir chuva novamente”.

As pessoas que ouviram, ficaram assustadas. Elias saiu dali e foi para longe. Mas o rei Acabe e o povo não deram atenção para o que Elias tinha falado.

Elias dera um aviso sério: haveria fome em Israel porque se houver seca não há plantas e nada para se comer. Seca e fome estão sempre juntas. Ele ia mostrar para o povo de Israel que estavam adorando um deus falso, que na verdade não era deus. Só o Senhor poderia mandar chuva.

Durante três anos não choveu na terra de Israel. A grama desapareceu, os bois, os cavalos, as cabras, todos os animais ficaram fracos e muitos morreram. Não crescia nada nos campos e cada dia o povo tinha menos alimento para comer.

Em todas as casas as pessoas estavam sofrendo fome. Se a chuva não caísse logo, não haveria alimento de jeito nenhum. E os dias estavam passando sem sinal de chuva.

O povo começou a pensar naquilo que Elias tinha falado. Eles começaram a achar que ele era o verdadeiro profeta. Só um profeta do Senhor poderia dizer que não iria chover e acontecer o que dissera.

O rei viu que a terra estava ficando um deserto, sem plantas e os animais morrendo. E mandou procurar Elias.

Os mensageiros voltavam sempre dizendo que Elias não tinha sido encontrado.

O rei Acabe ficou desesperado e mandou procurar Elias em todas as cidades e nos campos. Quando as pessoas diziam que não sabiam do profeta, o rei mandava jurarem que não o estavam escondendo.

Todos começaram a ter medo que o rei os matasse pois quanto mais a fome aumentava, mais furioso Acabe ficava.

A Bíblia conta que no terceiro ano de seca, Deus falou para Elias: “Vai e apresenta-te a Acabe e eu enviarei chuva sobre a terra

Havia um homem chamado Obadias, que era empregado de confiança de Acabe. O rei mandou Obadias andar pelos campos a procura de água para os animais beberem. Elias encontrou Obadias e lhe disse: “Vá falar ao seu rei que Elias está aqui”.

O rei Acabe ouviu o que Obadias disse. O rei tinha raiva de Elias. Elias tinha falado que não haveria chuva na terra e já estavam no terceiro ano de seca. Ele estava enfrentando o rei!

E não tinha medo do rei. Esperou o rei chegar e, quando o rei gritou, zangado: “É você mesmo, perturbador de Israel?

Elias respondeu e acusou corajosamente o rei: “Não tenho perturbado Israel. Mas você e a família de seu pai têm perturbado. Vocês abandonaram os mandamentos do Senhor. Vocês estão adorando Baal”.

O rei Acabe viu que não podia responder. Elias estava falando a verdade. Se Acabe quisesse chuva, tinha de escutar Elias.

Elias continuou: “Agora reúna todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo. E traga os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal mais os quatrocentos profetas de Aserá (Aserá era outra deusa que os pagãos adoravam) que Jezabel, sua mulher, sustenta”. E Acabe fez o que Elias mandou.

Foi chegando gente de todos os lugares do reino, sem saber o que iria acontecer. Será que Elias traria a chuva de volta?

Mas Elias queria primeiramente fazer uma coisa mais importante do que a chuva para aquela gente. Precisava mostrar que Israel estava servindo um deus que não era deus nada e que somente o Senhor podia fazer chover.

Elias estão disse ao povo: “Até quando vocês ficarão de um lado para outro? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é deus, sigam-no”.

O povo, porém, nada respondeu. Por causa da fome e do sofrimento, eles estavam prontos para escutar, mas por causa do pecado não conseguiam enxergar a verdade.

Elias, então, falou novamente: “Eu sou o único que restou dos profetas do Senhor, mas os profetas de Baal são 450 homens. Tragam dois novilhos (novilhos são bois bem novos).

Os profetas de Baal escolham um, cortem-no em pedaços e o ponham sobre a lenha, mas não acendam fogo nela. Eu prepararei o outro novilho, o colocarei sobre a lenha e também não acenderei fogo nela.

Então vocês pedirão ao seu deus, e eu pedirei ao Senhor. O deus que responder mandando fogo, esse é Deus”.

Então todo o povo disse: “O que você disse é bom”.

Elias ficou ali enquanto os profetas de Baal preparavam o sacrifício. Depois eles gritaram para o seu deus desde a manhã muito cedo até o meio-dia: “Ah, Baal, responde-nos! Ah, Baal, responde-nos!”.

E eles pulavam e dançavam em volta do altar deles. Mas não houve nenhum sinal, nem resposta.

Ao meio-dia Elias começou a caçoar deles. Ele dizia: “Gritem mais alto, já que Baal é um deus. Quem sabe ele está pensando, ou ocupado, ou viajando. Talvez esteja dormindo e precise ser acordado”.

Então os profetas de Baal começaram a gritar mais alto e a pular, pedindo ao seu deus que respondesse.

Até se feriam com espadas e facas, como era o costume deles. Passou o meio-dia e eles continuaram gritando e se ferindo até a hora em que era oferecido o sacrifício da tarde. O povo ficou só observando e esperando. E não veio resposta de Baal.

Então Elias disse para o povo: “Cheguem mais perto de mim”. O povo chegou mais perto e Elias foi preparar o sacrifício.

Primeiro ele consertou o altar do Senhor que estava estragado. Depois pegou doze pedras e com elas construiu um altar em honra do Senhor.

Colocou a lenha no lugar, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre o altar.

Depois fez uma grande valeta ao redor do altar e mandou as pessoas fazerem uma coisa esquisita.

Ele mandou que o povo levasse quatro jarros grandes com água e derramassem a água sobre o altar; mandou levarem água novamente e depois uma terceira vez. A água escorreu do altar e encheu até em cima a valeta que ele tinha feito em volta do altar. Quando pegasse fogo no altar ninguém poderia dizer que tinha sido por acaso.

O povo observava Elias. Ele ficou na frente do altar e orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje fique conhecido que Tu és Deus em Israel e que eu sou Teu servo e que fiz todas estas coisas por ordem Tua. Responde-me, ó Senhor, responde-me para que este povo saiba que Tu, ó Senhor, és Deus, e que fazes o coração deles voltar para Ti”.

De repente caiu fogo do Senhor e queimou completamente o novilho, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água que estava no buraco no chão.

Todo o povo viu o que aconteceu. Então todos se abaixaram com o rosto voltado para a terra e gritaram: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!”.

Depois Elias subiu até o alto do monte Carmelo, agachou-se até o chão e pôs o rosto entre os joelhos. E disse para o seu servo: “Vá e olhe na direção do mar”.

O servo olhou e disse: “Não há nada lá”. Elias disse: “Volte para ver”.

Na sétima vez que o servo voltou para ver, disse: “Uma nuvem tão pequena como a mão de um homem está se levantando do mar”.

Então Elias disse para o seu servo: “Vá dizer a Acabe: Prepare o seu carro e desça, antes que a chuva caia”. Enquanto isso, nuvens escuras apareceram no céu, começou a ventar e a chover forte. O povo se arrependeu e Deus os abençoou.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Somos Todos Responsáveis

Creio que tenho involuntariamente imitado o profeta Jeremias até no aparente pessimismo, consumindo grande parte do tempo exortando a Igreja e denunciando os falsos profetas e os males do mundo ao nosso redor.

Nesse aspecto a televisão tem sido apontada por mim como uma das grandes fontes dos males que infelicitam o mundo e também afetam a Igreja.

Sob o título acima, o sr. Carlos Alberto Di Franco, chefe do Departamento de Jornalismo e professor titular de ética Jornalística na Faculdade Cásper Líbero, escreveu importante artigo publicado pelo O Estado de S. Paulo do dia 8/1/96.

Desse artigo extraio um trecho. “Os pais da geração transgressora, acuados pela desenvoltura da delinquência doméstica, recorrem à lucidez dos psicoterapeutas. E é que a coisa se complica. Como dizia Otto Lara Rezende, com ironia e certa dose de injustiça, "a psicanálise é a maneira mais rápida e objetiva de ensinar às pessoas a odiar o pai, a mãe e os melhores amigos. Na verdade, a transgressão não é apenas reflexo da falência da autoridade familiar: é uma agressão, um recado revoltado. E não há Disney que resolva. A sede é de família. A carência é de afeto. Pais ausentes, filhos delinquentes. Trata-se de um silogismo incontornável. Os meios de comunicação social tem desenvolvido um trabalho inestimável: a denúncia da corrupção, a defesa do meio ambiente e a promoção dos direitos humanos são, entre outros, sinais de uma imprensa responsável. Mas, ao mesmo tempo, essa mídia, sobretudo a eletrônica, presta excessivo culto à frivolidade. A sociedade desenhada nas novelas é um convite à transgressão. Todos os sinais são trocados. O recado eletrônico, permeado de cinismo, é eloquente: o mundo não concede matrícula aos honestos. A exaltação do sucesso sem balizas éticas, a trivialização da violência e a apresentação de aberrações num clima de normalidade tem transformado adolescentes em aspirantes à contravenção. A televisão, poderosa e influente, precisa receber um choque de responsabilidade ética. A cultura do egoismo está na outra ponta do problema... esquadrões de extermínio são apoiados... a morte do feto é defendida em nome da vida... a indigência não comove... é preciso superar a ética da omissão.” O articulista ainda prossegue.

Sim, os donos ou concessionários dos meios de comunicação precisam ter consciência para não serem corruptores como está acontecendo com a maioria; os artistas não podem simplesmente alegar sua profissão para desempenharem os papéis mais sórdidos e nocivos; os escritores de crônicas, artigos e novelas precisam tomar consciência de quanto estão colaborando para putrefação moral da sociedade brasileira, com seus escritos de baixo nível.

E nós? A nós compete instruir nossos filhos e menores sob nossos cuidados; estabelecer normas sadias para o bom uso da televisão e normas rigorosas para a seleção do que se vai ver e ouvir em nossas casas. Mas não apenas normas para nossas crianças, e sim para nós mesmos. Bom será se só a TV educativa for vista e ouvida, e com critério rigoroso alguns outros programas de outras emissoras.

Do mesmo modo como nenhum de nós deve permitir a entrada de tóxicos em nossas casas (a começar com bebidas alcoólicas), pelo mesmo motivo não devemos permitir a entrada dos venenos mortais trazidos pela televisão em geral. Observem a ética às avessas das novelas em geral: as pessoas de mau caráter (mulheres devassas, vilões do sexo, da violência e da desonestidade) em 90% dos casos se saem muito bem. Um psicólogo e psiquiatra (provavelmente psicopata também) todos os dias em seu programa faz o elogio da prostituição do “amor livre” do adultério e do divórcio, uma deputada federal sexóloga·faz a defesa dos direitos das lésbicas e homossexuais, dizendo que “só assim é que eles sentem felizes”.

Termino com dois textos de João e Paulo, “não ameis o mundo nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne, e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1 João 2.15-16). “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4.8).

terça-feira, setembro 01, 2009

Palestra com Noivos - final

Mas vamos diretamente ao assunto “finanças”.

O casal precisa fazer inicialmente um orçamento e habituar-se a fazê-lo: na coluna da “receita”, colocar os salários e outras rendas que possa ter. Na coluna da “despesa”, prever: aluguel ou prestação da casa, gastos com luz, água, transporte, alimentos, vestuário, quanto pretende gastar com passeios e recreação, gastos eventuais com assistência médica e medicamentos, e ter sempre uma sobra, um “superavit” para ser guardado e ser usado em algum projeto como aquisição de uma condução própria ou um imóvel. Se os noivos são cristãos, coloquem como 1º item da “despesa”, “o dízimo que é do Senhor” - Lv 27.30 e 32. Será uma boa maneira de iniciar a vida da família: “dar a Deus o que é de Deus”.

Feito o orçamento inicial, saberá se já tem condições de casar-se ou se precisa esperar mais algum tempo. Não é bom iniciar a vida de casados passando apertos financeiros.

Depois de casar-se, continuar a fazer orçamento mensal.

Porém, feito o orçamento, é também conveniente anotar as despesas realmente feitas - todas elas - para saber, ao final do mês, se o orçamento foi cumprido, se houve “deficit” (falta) ou “superavit” (sobra); em que item gastaram mais ou menos do que o previsto; verificar se há despesas que devem ser diminuidas ou suprimidas.

Sem esse contrôle poderão surgir problemas. Se houver sobra, talvez ela não seja bem aproveitada por falta de um plano. Mas se faltar dinheiro, poderá surgir um desentendimento: ele achar que ela gastou demais e ela pensar que ele gastou mal. Se a despesa estiver anotada, evitam-se problemas desse tipo.

Um ditado popular, muito sábio, diz: “Em casa onde falta pão (dinheiro), todo mundo grita e ninguém tem razão”.

Quando é feito orçamento e também uma escrita dos gastos, o casal fica sabendo qual foi a causa, que pode ter sido inevitável, sem culpa de ninguém e se evitará a discussão por causa de dinheiro.

Isto é muito importante para todo casal, especialmente quando os recursos disponíveis são poucos.

Além disso, as situações mudam por vários motivos: nascimento de filhos, mudança ou perda de emprego, aumento de salário, despesas com estudo e despesas eventuais, imprevistas mas necessárias. O casal deve estar habituado a planejar e a re-adaptar seu orçamento, e assim evitará o problema de inadimplência (não poder pagar alguma conta).

É importante que toda a família se defenda do “consumismo”, habituando-se a comprar só o que seja realmente necessário, para que possa fazer economias. Evitar crediários e cartões de crédito, cujas facilidades se tornam, muitas vezes, em verdadeiras armadilhas; os juros são altíssimos. Fuja deles.

Outro ponto importante é ser econômico em tudo, evitar toda espécie de desperdício. Cristo ensina a não desperdiçar. No texto de Jo 6.12, ocasião em que Ele multiplicou pães e peixes para alimentar milhares de pessoas, Ele ordenou que se recolhessem “os pedaços que sobejaram para que nada se perca”, disse.

Vivemos numa sociedade consumista que não poupa nada. Há incrível desperdício. Nos processos de colheita e transporte dos produtos agrícolas a perda é impressionante. Na distribuição de água nas cidades, existem vazamentos constantes por incúria dos responsáveis. Mas nas nossas casas o deperdício continua: com torneiras mal fechadas, torneiras totalmente abertas, quando se poderia abrir só um pouco dela, e economizar água; lavarem-se calçadas e carros com esguicho quando, usando-se baldes, vassouras e panos, poder-se-ia gastar 10 ou 20 vezes menos água.

Móveis e utensílios recuperáveis são simplesmente jogados no lixo. Material escolar - livros, cadernos usados apenas pela metade são igualmente jogados fora.

Se cada família criar o hábito de não desperdiçar “para que nada se perca”, segundo o ensino de Cristo, muita economia será feita através através de meses e anos. Sejamos bons mordomos.

Algumas coisas que enumeramos atrás talvez não nos sirvam mais, mas podem ser úteis para outros. Jogá-las fora, simplesmente, é péssima mordomia. Lembremo-nos de que “A Terra é do Senhor e tudo que nela se contém” - Sl 24.1.

Sejamos disciplinados no uso dos bens materiais que Deus nos confia, usando-os cuidadosamente. Família e sociedade ganharão.