terça-feira, abril 06, 2010

O Estudo Bíblico Indutivo - exemplos - 5

2.3 - Pessoas - Elias, grande profeta de Israel, predisse a seca e o seu fim. Viveu no séc. IX a.C.;
Acabe - O mais perverso de todos os reis de Israel. Fundador da dinastia de Onri, reinou por 22 anos (874-852 a.C.). Casou-se com Jezabel por motivos políticos - era uma aliança que fortaleceria Israel contra a pressão da Síria e da Assíria. Era completamente dominado pela mulher;
Jezabel - “princesa sidônia, mulher imperiosa, inescrupulosa, vingativa, decidida, diabólica, o demônio em carne”. Tudo foi preparado para Jezabel continuar a adorar seu deus Melcarte em Samaria, onde construiu um templo para ele (1Rs 16.31-33). Seus 850 profetas eram pagos com dinheiro público. Ela exigiu que seu deus tivesse os mesmos direitos que Jeová;
O povo - Acabe convocou todo o povo. Um rei com direito de vida e morte, casado com uma mulher cruel e dominadora, seria obedecido totalmente;
Profetas - Pessoas com autoridade para falarem em nome de Deus, inclusive sobre fatos futuros. Havia, também, os falsos profetas que falavam em nome de ídolos (Dt 18.20). Os profetas de Israel não herdavam o ofício nem eram escolhidos por autoridade humana - Deus os chamava e lhes conferia as qualidade necessárias. Foram mortos a mando de Jezabel, ficando apenas os 100 que Obadias salvou.

2.4 - Deuses - Eram feitos à semelhança humana: casavam, amavam como seres humanos, tinham ciumes, inveja, ódio, comiam manjares etc. Observa-se isso na mitologia greco-romana;
Baal - Era o deus da fertilidade; controlava o trovão, o relâmpago, as tempestades. Cada localidade tinha o seu deus baal, com sobrenomes diferentes (Nm 25.3). Melcarte era o baal adorado em Tiro. Os ritos envolviam não só práticas imorais dos cultos da fertilidade, mas até mesmo abominações como o sacrifício de crianças (Jr 19.5);
Poste-ídolo - Provavelmente figuras esculpidas de Asera ou Astarote, deusa-esposa de Baal, representando a fertilidade - tinha como símbolo um tronco de árvore. Estava sempre presente nos santuários cananeus, nos tempos de Acabe. Foi introduzida no culto a Jeová, sempre que este se interpretava em termos naturalistas - antes de Acabe (14.23).

2.5 - Termos e expressões
Profetizaram eles” - Falaram em nome de seu ídolo. “Indica, provavelmente, um transe ou estado de extático” (de êxtase).
O Senhor é Deus – a palavra no original é Jeová, nome dado por Deus a Si mesmo. (Ex.:3.13). Fica, pois só Jeová é Deus.
Oferta de manjares - Também chamada “oferta-refeição”, “oferta de cereais”: de farinha crua ou queimada, sem fermento. Um punhado era queimado, o outro pertencia aos sacerdotes. Oferta diária: de manhã e “entre as duas tardes” ou no pôr-do-sol (Lv 29.39-41).

3 - Observação das orações

3.1 - Oração dos profetas de Baal

3.1.1 - Qual a atitude deles? Que movimentos fizeram - manquejando, se movimentavam ao redor do altar; (O desespero dos profetas por causa de Jezabel, que mandaria matá-los. O sangue no corpo suado - clima, roupas e movimentação durante muitas horas)
3.1.2 - Altura da voz: Clamaram (gritaram) em altas vozes.
3.1.3 - O que falavam? - “Ah! Baal, responde-nos!” - Repetição das mesmas palavras, mesma ideia: só pedido.
3.1.4 - Por quanto tempo? Desde a manhã - Não sabemos ao certo quando começaram, mas, por certo foram algumas horas até o meio-dia. (O dia na região rural começa com o nascer do sol), passado o meio-dia, até a oferta de manjares (15h ou pôr-do-sol, ou “entre tardes”).
3.1.5 - Atitude de Elias - a proposta que fez para Deus responder com fogo tinha um significado especial referente a Baal: acreditavam que ele controlava o trovão, o relâmpago e as tempestades - mostrou o absurdo da crença deles, zombando das limitações dos seus deuses e fazendo-os ver o ridículo da situação.
3.1.6 - Resultado da oração - não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

(continua)

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