segunda-feira, outubro 16, 2006

Adolescentes - um estudo

Deve-se estabelecer limites para os adolescentes?

l. Para sua boa formação é essencial a existência da família organizada, onde se faz a sua socialização, com direitos e deveres definidos, e respeito de uns aos outros.

2. Os limites devem existir, mas não impostos (que não são aceitos), mas estabelecidos no diálogo.

3. Influência da TV, Internet e outros meios de informação. Esta é pulverizada e jogada sobre a pessoa, especialmente o adolescente, despreparado para julgar e ponderar.

4. É necessário mostrar ao adolescente que é preciso haver coerência entre pensamento e ação. Mostrar-lhe, também, as conseqüências de nossos atos, pelos quais somos responsáveis.

5. O educador tem que ser alguém que entenda o adolescente, com autoridade de um lado, e ternura, afeto e amizade de outro lado. Nada de chamá-los de “aborrecentes”.

6. Referenciais que estabelecem limites: o núcleo familiar, a escola, os amigos; aspecto negativo dos meios de comunicação sem preocupação ética e moral.

7. Crise da adolescência: ebulição de emoções, pensamentos e sentimentos; nem criança, nem adulto; choque com a geração mais velha.

O filho de 15 anos tem há 3 meses uma namorada de 17. Comunicou aos pais que nesse fim de semana vai viajar sozinho com ela; que fazer? Resposta: não admitir essa quebra de relação entre direitos e deveres, respeito às normas éticas da família.

Problema: as solicitações externas se chocam com as solicitações internas da família. Resposta: cuidado, sabedoria e firmeza do educador nessas situações.

8. Permissividade?

Não se pode pura e simplesmente liberar, nem simplesmente impor. Nem se pode tudo, nem se pode nada. O diálogo deve ponderar os padrões éticos dados por Deus, os direitos e os deveres, as conseqüências de nossos atos sobre nós mesmos e sobre outros, inclusive as crianças que estão por nascer.

9. No caso de liberdade que extrapolou os limites éticos no campo do sexo, o mundo encara como “problema” apenas a gravidez indesejada, e não a prostituição. Ora, a gravidez é a conseqüência mais provável que se pode esperar. A coisa errada não é a gravidez, mas o ato que a provocou.

Como lidar com a sexualidade de uma criança precoce? Os adultos estão erotizando as crianças, que assistem desde cedo novelas e filmes com cenas de sexo, programas de TV, etc. Quando surge a gravidez, “não sabem como e por que isso aconteceu”!

Nossas escolas não estão preparadas para trabalhar com o adolescente. As escolas mais “fechadas” ajudam a manter a ordem. As mais abertas crêem que é o próprio adolescente quem deve julgar e decidir sobre o que fazer, sem interferência dos pais e adultos.

Há uma contradição entre Família e Escola. A família tem valores que a escola deve respeitar. Essa contradição desorienta o adolescente que, freqüentemente, começa a enxergar sua família como “bitolada, ultrapassada, fora da realidade”.

Compreensão mútua, carinho, respeito mútuo e diálogo são indispensáveis, sempre.

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