1 Tm 2.9: “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam modestamente (sem ostentação), com decência e discrição, não se adornando com tranças e com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como convém a mulheres que declaram adorar a Deus”.
1 Pe 3.2-3: “Observando a conduta honesta e respeitosa de vocês. A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus”.
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A vaidade é apenas uma das manifestações da inclinação pecaminosa do ser humano. Quando, através da serpente, Satanás despertou em Eva a falta de confiança em Deus, despertou também o desejo de ser igual a Deus, induziu-a a consumar o pecado da desobediência contra Deus; estava conseguindo fazer que toda a humanidade, no futuro, se tornasse suscetível às mesmas tentações e inclinações. Daí o horroroso progresso que o pecado teve e continua tendo até hoje: homicídio (Gn 4.8), bigamia (4.19) e toda espécie de maldade (Gn 6.5).
Mas há tentações e pecados sutis, bem disfarçados. Por exemplo: que mal há em uma pessoa usar enfeites, cobrir-se com uma roupa mais cara que a comum? Sim, que mal há? Então vem a recomendação de Paulo: “...que se vistam modestamente... mas com boas obras...”.
Vem a recomendação de Pedro: “...A beleza de vocês não deve estar nos enfeites... ao contrário, esteja no ser interior, ...num espírito dócil e tranqüilo”. Esse “espírito dócil e tranqüilo” acaba se refletindo no rosto da pessoa, dando-lhe uma beleza natural, que não precisa de artifícios. A beleza artificial chama a atenção, mas freqüentemente prejudica a simpatia, tornando a pessoa afetada, antipática e também artificial, não-confiável.
Para estimular e explorar a vaidade o mundo criou a propaganda, o “marketing” e o consumismo. Esse modo convence as pessoas a comprar o supérfluo, o que agrada os olhos e o paladar, satisfaz a vaidade de possuir o mais moderno.
O pior é o que a moda faz: procura chamar as atenções para o corpo, especialmente o feminino; destacar as formas do corpo, ou expô-lo ao máximo. Desperta e estimula a sensualidade, juntamente com o apetite sexual; é realmente satânica. As conseqüências são grandes e graves: pessoas de poucos recursos deixam de comprar o mais importante como alimentos e livros para comprar o supérfluo; torna as pessoas frívolas, de pensamento fútil, tanto homens como mulheres. Por isso mesmo escreveu Isaias (55.2): “Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão, e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deleitará com a mais fina refeição”.
A moda estimula e explora a vaidade, aniquila a seriedade e a sobriedade – 2Tm 4.5: “Você, porém, seja moderado em tudo”; 1Pe 4.7 e 5.8.
A vaidade masculina também se manifesta no exibicionismo: mostrar sua força, sua inteligência, sua oratória, a capacidade de dominar e de se impor, a vaidade de “ser líder”.
No varão, do mesmo modo aniquila o altruísmo, a capacidade de servir. Como é triste ver um cristão transformar-se em ditador ou em vedete; é até ridículo.
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