quinta-feira, agosto 17, 2006

A Doutrina dos Decretos de Deus -Rm 8.28-30

Este assunto está contido na doutrina da Soberania de Deus. Deus é, por definição, Absoluto e Soberano; se não fosse, também não seria Deus.
Soberania de Deus significa que Sua vontade é soberana. Conseqüentemente nada acontece à revelia dEle; Ele dirige tudo o que acontece. Daí decorre a Doutrina da Predestinação, da Eleição e dos Decretos.
O estudo dos decretos de Deus complementa o estudo dos Cinco Pontos do Calvinismo:
Total depravação – Gn 2.16; 3.6-13; 6.5; Sl l4.1-3 e vários outros textos.
Unconditional election (eleição incondicional) – Rm 9.7-24; 2Co 2.14 e muitos outros.
Limited atonmente (expiação limitada)–Jo 3.18 e 36 (lCo 5.15 e 1Tm 2.3-4).
Irresistible Grace (graça ilimitada) – Jo 6.37, 44-45; Rm 8.30; 2Tm 1.9-10; Ex 36.26; 11.19-20; 36.27.
Perseverança dos santos – Jo 10.27-29; Ef 1.11-13; 1Jo 2.19 (Mt 24.14).
Neste estudo das Escrituras verificamos que nada acontece à revelia de Deus – desde a criação do universo e do ser humano, até toda a História da humanidade, até a volta gloriosa de Cristo, o juízo final e a completa glorificação dos salvos.
A maneira como Deus dirige é o que verificamos na doutrina dos Decretos: de diferentes maneiras Deus o faz – sem tirar a liberdade e a responsabilidade dos anjos nem do ser humano -, mas com Seu poder supremo fazendo com que Seu plano se realize segundo a Sua vontade.
Os diferentes tipos de decretos são:
1- decretos determinativos- em que Deus determina algo e por isso é o Autor e responsável pelo que acontece. Exemplos: Gn 1; 12.1; At 9.6 e muitos outros
2- decretos permissivos- em que dá liberdade às criaturas. Gn 2.16; Dt 11.26; 30.15, 19; Jo 1.12; 2.6; 1Co 10.13; Jo 19.11; 2Cr 36.21; Mt 27.35; Jo 12.38; 17.12; At 1.16 e muitos outros.
3- decretos delimitativos- com os quais Deus põe limites à ação das criaturas- 1Co 10.13; Jo 1.12; 2.6
4- decretos diretivos – quando, através dos mais diferentes modos, Deus dirige tudo de tal maneira que a vontade dEle é realizada e Seu plano eterno se completa de modo perfeito. A vida de José é a melhor ilustração disto, o que se percebe especialmente em Gn 50.20 (“Deus o tornou em bem”).

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