quinta-feira, junho 14, 2007

Valores insubstituíveis

Existem valores que não podem ser substituídos senão com graves prejuízos para o ser humano, especialmente os cristãos.
Por exemplo: o estudo sério das Escrituras Sagradas; os princípios bíblicos que devem orientar a vida do homem, da sociedade, da Igreja e do próprio culto; a operação do Espírito Santo promovendo as conversões e a santificação; as instituições criadas por Deus; a busca da direção de Deus em tudo que deve ocorrer na vida de cada um e de toda a Igreja, e outros.
É até difícil imaginar que o homem tente substituí-los, mas lamentavelmente isso ocorre com muita freqüência. Esses e outros valores morais e espirituais têm sido muitas vezes deixados de lado ou ignorados e então substituídos por meros esforços humanos, no meio cristão, o que é muito pior.
Por exemplo: l. obreiros evangélicos, tanto pastores como não-pastores que tentam substituir a unção espiritual pela oratória e encenação teatral. Até a escolha de um assunto ou texto para a pregação deve ser buscada com oração, assim também o preparo da mensagem e a própria pregação; mas muitas vezes sobra oratória e falta o essencial - a unção espiritual - e assim apenas o homem fala.
2. o estudo sério e piedoso das Escrituras é substituído por um emaranhado de raciocínios e opiniões pessoais que só servem para disfarçar a distorção das Escrituras. Fala-se muito e se ensina pouco e mal.
3. liturgia bíblica, ou princípios bíblicos que devem reger o culto de que Deus se agrada. Essa liturgia, que é caracterizada por reverência, ordem e humildade dos adoradores, muitas vezes tem sido substituída por um programa de culto que agrade à platéia; chega-se ao exagero do “culto-show” com coreografia, exibição de artistas e conjuntos musicais cantando ou gritando composições modernas que frequëntemente nada dizem, ou contêm apenas opiniões ou sentimentos puramente humanos, românticos; nada de valor permanente.
4. as conversões operadas pelo Espírito Santo são substituídas pelas simples adesões à igreja, de pessoas não-convertidas em grande número, trazendo arrecadação financeira muito do agrado dos líderes;
5. o governo presbiteriano, democrático-representativo é substituído por um misto de episcopalismo e presbiterianismo: o pastor se impõe ao Conselho e o Conselho se impõe de algum modo à Assembléia Geral; as eleições de oficiais e até de pastores passam a ser dirigidas pelo Conselho - este coloca em evidência os homens que convêm aos olhos do Conselho. Dessa forma muitas eleições não se fazem sob a direção do Espírito Santo, mas do pastor através do Conselho. Tal “permissão”de Deus muitas vezes acontece para ensinar lições amargas à igreja toda.
Qualquer dessas alternativas traz sérios prejuízos à Igreja. Porém, a tendência que se tem observado é a de acontecer tudo isso numa mesma igreja; “um abismo chama outro abismo”. E então o que se verifica é que passo a passo a Igreja vai desaparecendo, passando a existir em seu lugar um “clube religioso”. Quando não uma empresa que insiste em chamar-se igreja, mas que de igreja pouca coisa tem. Isto já tem acontecido com muitas igrejas e até com denominações inteiras.
Como está a Igreja Presbiteriana do Brasil? Como está a sua igreja?

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