“O mundo posto no maligno” (1Jo 5.19) é injusto e preconceituoso:
1- Os muito ricos são cada vez mais ricos. Há alguns magnatas cujas fortunas pessoais dariam para cobrir as dívidas externas de algumas nações pobres – são fortunas de muitas dezenas de bilhões de dólares.
2- Os bancos brasileiros têm há anos lucros fabulosos por causa dos juros extorsivos e de absurdas tarifas que cobram de seus depositantes, com cujo dinheiro fazem todos os seus negócios. Trabalhando apenas com dinheiro, nada produzem senão mais dinheiro, lucros financeiros para seus donos e acionistas.
Pessoas que vivem com muita economia, e até Igrejas, guardam o seu dinheiro depositado nos bancos, dinheiro esse que os bancos emprestam a juros extorsivos. Os 3 maiores bancos brasileiros tiveram em 2004 lucro de mais de 3 bilhões de reais, cada um deles.
3- Juizes do S.T.F. querem ter seus salários aumentados de R$17.500,00 para $21.000,00, salário prometido também a deputados e senadores, e Presidente. Automóveis de luxo, importados da Austrália a $145.000,00 cada um, servirão a dezenas de juizes dos Tribunais Superiores (?). Isto num país em que 23 milhões de pessoas vivem com menos de R$100,00 por mês. A violência nas cidades, no campo e nas florestas, com o mais absoluto desrespeito pela vida,
4- O crime organizado, tendo entre seus comparsas juizes, desembargadores, políticos, empresários; e ainda milhões de jovens e adolescentes, que são os únicos que correm riscos de violência física e morte: um mundo cada vez mais corrompido e perverso (At 2.40).
Com esse mundo a Igreja se acomoda quando se torna tímida e se cala, não denuncia essa maldade. Pior ainda, muitos na Igreja começam a agir como agem os cidadãos do mundo: indiferença com o pobre, acúmulo de riquezas com salários tão altos que se tornam salários indecentes, desregramento na vida íntima e nas famílias, ostentação de riqueza.
Os que se tornam poderosos na Igreja não se acanham em silenciar os que os denunciam; é a violência que, se necessário, se tornará até violência física.
Montam-se nas arraiais da Igreja esquemas políticos para garantir os planos engedrados, para garantir os interesses corporativos. Discursos bonitos e escritos lindos às vezes servem para camuflar a realidade sórdida. Até estatísticas são manipuladas para esconder certas verdades, como crescimento exíguo da Igreja.
“Não é possível que tais coisas aconteçam!”, pensam crentes piedosos mas ingênuos. Porém “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. A Igreja, formada exclusivamente de crentes convertidos e fiéis permanecerá, mas a Igreja apenas nominal, formada de cristão nominais será rejeitada: “apartai-vos de Mim”...(Mt 7.22-23). Aquela permanece fiel e vitoriosa seus membros ouvirão: “Vinde, benditos de Meu Pai, possui por herança o Reino”...! (Mt 25.34).
A qual destas duas Igrejas você pertence?
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