3a. lição – PORQUE O SER HUMANO PRECISA SER SALVO
(Criação, queda e corrupção total do ser humano)
I. A Criação - Gn 1.26-29
No sexto dia ou período da obra da criação, Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança: semelhança intelectual, moral e espiritual: não semelhança física, pois Deus é apenas espírito, conforme Cristo falou em Jo 4.24.
Isto significa que o homem e a mulher foram criados inteligentes, santos e puros, dotados de consciência moral, livres e, portanto, responsáveis e com possibilidade de assim permanecerem para sempre, imortais; ou de cometerem o pecado e morrerem. - Gn 2.9, 16 e 17.
II. A queda - Gn 3.1-6
Deus advertiu o homem (vs.16-17) dando-lhe liberdade e oportunidade para provar fidelidade e obediencia ao Criador, ou negá-la. Mas o homem caiu, pecou.
As conseqüências da queda foram imediatas:
As menos graves foram: 1) tornaram-se maliciosos - 3.7; 2) deixaram de ter prazer em estar na presença de Deus. Ao contrário, esta se tornou incômoda - 3.8; 3) tornaram-se tolos, o que ficou claro ao tentarem esconder-se de Deus - 3.8; 4) o homem se tornou covarde e medroso, inventando uma desculpa mentirosa para apresentar a Deus – 3.10; 5) tornou-se evasivo e injusto, pois tentou lançar a culpa em Eva e no próprio Deus - 3.12.
As mais graves foram: 1) nesse dia o homem se tornou mortal (morte física); 2) e perdeu a comunhão com Deus (morte espiritual) - Gn 2.17, 3.22; Is 59.1-2; Ez 18.4 e 20; 3) tornou-se pecador, isto é, adquiriu uma índole má, perversa, a tendência de viver pecando, a qual transmitiu à sua descendência: a natureza humana decaída, que Paulo chama "a carne".
III. Desde então o pecado foi crescendo no mundo, incessantemente: foi a total corrupção do ser humano e de toda a humanidade - Gn 4.8-9, 19 e 23, 6.5; Sl 14.1-3; Is 59.3-9; Mt 15.19; Rm 5.12; 1Co 2.14; Rm 7.18-21.
A mais grave consequência que o ser humano sofre por seu pecado é a condenação eterna, a eternidade sem comunhão com Deus, no inferno - Mt 25.41 e 46; Mc 9.43-46; Judas 6-7.
Morto espiritualmente, o ser humano não tem condições de salvar-se a si próprio - Ef 2.1 e 5; Sl 49.6-9 (em contraste com o v. 15); Mc 8.36-37. Ninguém pode, por si mesmo, resgatar sua alma.
Esta doutrina, quando entendida e aceita, nos esvazia de todo orgulho e vaidade, reduz- nos a criaturas indígnas de Deus. Convence-nos de que potencialmente todos nós somos capazes de cometer os piores e mais degradantes pecados. Por isso somos todos merecedores do castigo divino, o fogo eterno - Mt 25.41 e 46.
Enquanto pensamos que somos bons e capazes de merecer a salvação, ficamos privados de um verdadeiro crescimento espiritual; podemos tornar-nos vaidosos e hipócritas. Mas à medida em que nos esvaziamos de nós mesmos podemos ser cheios do Espírito Santo. Esta doutrina e a fé cristã nos ajudam a ter uma visão realista de nós mesmos.
O conhecimento da doutrina da “depravação total” e o reconhecimento sincero de que estamos nesse caso, nos aproxima de Deus com humildade e gratidão.
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