quinta-feira, janeiro 22, 2009

Predestinação - 1


É a doutrina que, com base na Soberania de Deus, afirma que Deus não só criou tudo o que existe, mas também sustenta a Sua criação e dirige tudo o que acontece - sempre de acordo com o Seu plano.
Predestinação não é fatalismo, nem é a eliminação da liberdade do ser humano. Deus dirige todas as coisas sem, contudo, retirar a liberdade e responsabilidade de suas criaturas racionais - anjos e seres humanos. Rm 8.29 e 30; 1Pe 1.2 (presciência);Ef 1.5 e 11; Fp 3.21 (poder eficaz para sujeitar todas as coisas); Cl 1.16-17 - são alguns dos textos que afirmam o poder absoluto de Deus.
O texto básico para sabermos o que é predestinação é Rm 8.28. Nossa dificuldade humana para aceitar a doutrina é a duvida: “Como pode Deus dirigir tudo sem tirar a liberdade do ser humano? A soberania de Deus não torna o homem um autômato? Se tudo está determinado por Deus, onde fica a liberdade e a responsabilidade da criatura?” Tudo isso é para nós um mistério insolúvel. Se pudéssemos compreender e explicar tudo isso, seríamos tão inteligentes quanto o próprio Deus.
Somos finitos e por isso não temos condições de compreender o Infinito - e Deus é infinito em todo o Seu ser.
Podemos apenas constatar o ensino bíblico, que é claro; pela fé é que aceitamos tudo e por isso damos graças a Deus.
Vamos estudar a doutrina vendo, primeiro, a doutrina dos decretos de Deus e, em segundo lugar, os chamados “5 pontos do calvinismo”. Entendidas essas doutrinas, não teremos dificuldade para reconhecer a predestinação com base bíblica.
Presciência e vontade absoluta de Deus estão sempre juntas. Não é que Deus predestinou porque sabia o que haveria de acontecer, mas o contrário: Deus sabe porque Ele planejou tudo que haveria de acontecer. Pv 16.4; Rm 8.24; Is 14.24 e 43.13.
Os Decretos de Deus

De diversos modos Deus dirige os fatos através dos séculos, com os Seus decretos:
1. Determinativos - aqueles em que Ele determina algo. Exemplos: Gn 1.3; 12.1-3; Sl 33.9.
2. Permissivos - aqueles em que Ele permite que a criatura aja por si mesma. Exemplos: Gn 37.19-28; 39.7-20; 40.1-15; Jó 1.12; 2.6; 1Co 10.13.
3. Delimitativos - aqueles em que Deus põe um limite na ação da criatura. Exemplos: Jo 1.13; 2.6; At 16.6-7; 1Co 10.13.
4. Diretivos - aqueles pelos quais Deus garante o fim em vista. Exemplos: Gn 45.5 e 7; 50.20; At 16.9-10; Rm 8.28.

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