Deuteronômio 6.1-9
Exórdio- Numa entrevista na televisão, Dr. Dráusio Varella falou de um importante trabalho de pesquisa que realizou na antiga “Casa de Detenção” de S. Paulo. Entre os presos, mais ou menos 90% eram jovens provindos de lares desfeitos ou de lares que nunca existiram; faltou a esses jovens a educação dada em famílias bem estruturadas – afeto, princípios éticos, bom exemplo dos pais; resultado: jovens de caráter deformado, entregues aos vícios e ao crime.
Explicação - Isso não aconteceria se o ensino das Escrituras fosse observado com referência à Família. A família é a 1a instituição criada por Deus, antes mesmo da instituição do povo e da Igreja de Deus. Em Gn 1.27-28 está a 1a referência de Deus à família. Vamos meditar sobre o Tema: “Importância da Família na formação do ser humano e da sociedade”
1o) A família é que dá não só origem às pessoas, mas também lhes dá estrutura afetiva, psicológica, moral, social e espiritual.
Família completa é o conjunto de: marido, esposa, e filhos (no plural). Em família assim constituída a pessoa aprende a relacionar-se corretamente com o cônjuge e com os filhos, e estes aprendem a relacionar-se com os pais e com os irmãos – com os pais como superiores, e com os irmãos como seus iguais; aprende a respeitar a autoridade paterna, e o respeito ao irmão; aprende a solidariedade, a ajuda mútua e sobretudo o amor. Sem a base do amor, todo o relacionamento será frágil e artificial. Quem não aprende e não sabe se relacionar com a família, não saberá relacionar-se corretamente na sociedade.
2o) Mas a base de toda a formação moral e espiritual que a família dá, está no ensino bíblico: l- Amar a Deus - respeitamos e obedecemos Seus mandamentos quando amamos a Deus. Escreveu o apóstolo João: “Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro”- 1Jo 4.19; se não O amarmos também não nos esforçaremos para obedecer os mandamentos. Jesus disse: “Se guardardes os Meus mandamentos permanecereis no Meu amor” – Jo 15.10. Amor a Deus e obediência aos mandamentos, estão sempre relacionados intimamente. José no Egito pôde resistir à tentação da mulher de Potifar, porque temeu a Deus; recusando-se a pecar, ele disse: “como faria eu este grande mal, e pecaria contra Deus?” Pecar contra Deus era para ele algo horrível, que ele detestava.
Isto significa que é dever nosso, como pais, evangelizar os filhos, diretamente. É um erro os pais transferirem para a Igreja e a Escola Dominical a evangelização dos filhos; a Escola Dominical e a Igreja cooperam com os pais em sua missão de ganhar os filhos para Cristo. Desde antes de saber falar, ensinar a criança a agradecer a Deus “o papá” – Dt 6.6-7 – este texto nos mostra que é importante ensinar, orientar, e não só reprimir, proibir. A permissividade é um grande mal; muitas vezes temos mesmo que proibir para proteger os filhos de andarem com certas companhias, voltar para casa a qualquer hora da noite, etc., mas quando proibimos também precisamos explicar a razão por que proibimos. Pv 22.6; 9.10 nos falam da importância de ensinarmos os filhos. A repressão pura e simples causa revolta e não consegue educar, mas a orientação dada com amor pode atingir seu objetivo de educar.
É o contrário do ditado popular: “O que fazes fala tão alto que não ouço o que dizes”. Em casa, vivamos o ensino bíblico para ter autoridade no ensino. Ensinemos com o próprio exemplo, e não só com palavras.
3o) O que é uma família bem organizada, bem estruturada: a) é aquela onde há respeito mútuo entre marido e mulher – Ef 5.21, 22 e 25 – não pode haver machismo nem feminismo; não pode haver desrespeito e gritos, como se vê nas novelas em geral, mas amor, muito amor; b) é aquela onde há cooperação mútua entre marido e mulher, cooperação entre pais e filhos, e entre irmãos – na vida física, nas finanças, nos problemas pessoais; onde uns são conselheiros dos outros; c) aquela onde se cultiva o respeito à personalidade de cada um, onde se evitam as inimizades, pela busca do entendimento, pelo diálogo respeitoso e manso; d) aquela onde a instituição do casamento é respeitada. “O mundo posto na maligno” (expressão do apóstolo João) ensina exatamente o oposto – substitui o casamento pelo concubinato, pelo acasalamento; estimula o divórcio em lugar do entendimento. É absolutamente necessário que o casamento monogâmico e indissolúvel seja respeitado e defendido, onde o divórcio seja detestado – Ml 2.16.
Conclusão – O mundo está cada vez mais entregando-se a Satanás, cada vez mais combatendo a fé cristã, e as instituições de Deus. A Família e a Igreja educam, a televisão e toda a mídia deseducam - pregam o materialismo, o amor ao dinheiro, a vaidade e a frivolidade, o amor livre e o completo desregramento no campo do sexo. Os resultados são: a prostituição, o homossexualismo, o amor ao dinheiro, a busca do prazer carnal- que é a filosofia do hedonismo – milhões de crianças, no Brasil e no mundo crescendo sem pais, sem famílias, sem nenhuma formação moral e espiritual; a AIDS fazendo cada vez mais vítimas, agora principalmente entre as mulheres; com isso cresce a pobreza, a disseminação dos vícios, o tráfico de drogas, a violência e o crime. Pense em tudo isso, ponha-se ao lado de Deus e da Igreja do Senhor Jesus. Rompa relações, definitivamente, com o pecado em todas as suas formas. Não tema ser chamado de “careta”.
Saulo de Tarso, tocado pelo Espírito de Deus, tomou essa decisão: “Não fui desobediente à visão celestial”, disse ele. Faça o mesmo. Dê ouvidos à Palavra de Deus, ponha sua vida a serviço de Deus e do Seu Reino. Ore agora mesmo com essa decisão.
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