terça-feira, maio 30, 2006

O Pecado de não Amar

Leia Mt 22.37-40; Lc 16.13; 1Jo 2.15.
Os textos acima, e outros, nos colocam em um dilema: temos que amar o próximo, seja quem for – Mt 5.44-46 – mas ao mesmo tempo não podemos “amar o mundo”.
Para sairmos do dilema, temos que entender realmente o que é “amar o próximo” e o que é “amar o mundo”.
Amar o próximo é identificar-nos com ele, seja quem for, sem nos igualarmos com ele; é reconhecer que também somos pecadores carentes da graça de Deus. Amar o mundo é aprovar, aceitar e adotar os seus padrões morais e espirituais, é pactuar com o mundo e seus males.
Jesus Cristo se identificou com cada um de nós, mas não se tornou igual a nós, em nossa imperfeições e misérias morais – 2Co 5.14-15. Cristo nos amou tanto que se identificou com “todos”, morreu por “todos”, mas não se igualou a nós, não pactuou conosco.
Notemos que o amor de Cristo não foi jamais um amor “de palavras”; foi um amor real, demonstrado em tudo o que Ele fez. O verbo “fazer” aí é absolutamente necessário e indispensável.
É desse modo que temos de amar: sentir amor e compaixão em nosso íntimo, e expressá-lo em palavras e atos.
Em Mt 25.34-36 lemos: “Então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: ´Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; pois tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era estrangeiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; adoeci e me visitastes, estive na prisão e fostes ver-me”. Isso significa que o que caracteriza o salvo, o cristão, é ação que corresponde ao amor que sente, atendendo as necessidades legítimas do próximo. Certamente não é só no atendimento às suas necessidades físicas e materiais, mas é também atendendo as de ordem moral e espiritual. Cristo não só curou enfermos, mas ofereceu-lhes a salvação (Mc 2.5-11); repreendeu a multidão à qual dera pão em abundância, e exortou-a a aceitar a comida que permanece para sempre! (Jo 6.26-27).
João e Tiago ensinam que o verdadeiro amor não é o amor apenas declarado com palavras, mas o amor expresso em ação (Tg 2.14-17 e 1Jo 3.26-28).
Finalmente, Jo 4.20: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece (não ama) a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”
Você ama, realmente, ou apenas diz que ama?

Sem comentários: