Tais práticas se assemelham à oração dos profetas de Baal (1Rs 18.25-29) e à oração dos gentios, criticada por Cristo em Mt 6.7.
Oração não é mágica nem poder em si mesma; é a entrega incondicional de nossos desejos a Deus, como ensinado nas Escrituras e em nosso Catecismo. O mau entendimento de um texto bíblico tem causado muita confusão e discussão; um exemplo é Mt 17.20 e passagens paralelas: Mt 21.21-22; Mc 11.23-24; Lc 17.6 e outras semelhantes. Leia-as.
Em Mt 17.20 Jesus diz: "...porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acola e há de passar; e nada vos será impossível". Quando Jesus fala em "fé como um grão de mostarda", nem está dando ênfase ao tamanho do grão, nem está dizendo que temos o direito ou o poder de fazer realizar-se qualquer coisa que pedimos. Está se referindo à principal qualidade do grão: ter vida, como os grãos semeados pelo semeador, que germinam e produzem. Cristo esta falando de fé viva, oposto daquele tipo de fé que Tiago chama de "fé morta" (Tg 2.17). Essa fé viva produz, primeiramente, comunhão intensa com Deus; dessa comunhão resulta a "oração da fé" (Tg 5.15), fruto da fé, oração em que o cristão pede exatamente aquilo que Deus quer. Por isso Deus faz o que foi pedido. Cristo jamais ensinou que oração é um poder que nos pertence, de obter tudo o que quisermos, mesmo que não seja a vontade pré-determinada por Deus. Veja-se, mais uma vez, o texto de 1Jo 5.14: "...se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (grifo meu).
(Na próxima semana: Por que orar)
2 comentários:
Acho que minha fé esta fraca,preciso fortalece-la.
Obrigado pela sua visita,será um prazer te receber mais vezes aqui.
beijooo.
Gostei muito da comparação da fé viva com a semente. É isso mesmo.
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