Aqui está um dos muitos assuntos difíceis de serem tratados, por falta de um livro ou capítulo da Bíblia que fale especificamente sobre o assunto..
Mas é à luz das Escrituras em geral, com base em muitos textos e fatos narrados, que poderemos ter sobre eles todos uma base clara e segura.
1) Temos o exemplo grandioso de Cristo. Para tornar-se o nosso Pastor - (Jo 10.11: “Eu sou o bom pastor... o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”), humilhou-se tornando-Se homem como nós (Fp 2.6-8: “Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”). Identificou-Se conosco, como todo pastor precisa identificar-se com suas ovelhas.
Não temos que entender que o pastor se anula, pois todo o seu potencial vai estar a serviço do rebanho de Deus; mas em 1º lugar estará o Reino de Deus – do qual ele faz parte – e o Reino de Deus no mundo é a Igreja primeiramente. Entendemos, então, que o pastor e sua vida agora existem em função da Igreja. Por mais e maiores que sejam suas capacidades e habilidades, nunca se julga superior aos irmãos, mas igual a eles. Essa foi a atitude do apóstolo Paulo: “Sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos... fiz-me como judeu... para os que estão sem lei (os gentios), como se estivera sem lei” (como se fosse gentio), “como fraco para os fracos... Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios ganhar alguns” (1Co 9.19-22)
2) Temos que nos lembrar que o pastor – normalmente – será casado e terá filhos, salvo raríssimas exceções. A família do pastor faz parte da Igreja e do seu próprio rebanho. Mas ele é o cabeça dessa família e responsável por ela – seu sustento e seu bem estar (1Tm 5.8).
Daí surgem, às vezes, algumas dificuldades. O salário que o pastor deve receber deverá ser suficiente para o sustento da família. Mas, que nível econômico deverá ser o da família do pastor? Não convém que seja acintosamente superior ao nível da média dos membros da Igreja. E se o pastor e sua família possuem bens e recursos próprios que lhes dão outras rendas, não convém que eles ostentem sua riqueza, pois ostentação é pecado, especialmente quando contrasta com as carências do próximo.
Convém sempre que o pastor e sua família sejam modestos no viver e no gastar, seja qual for o nível econômico da igreja local em que estejam. Pode ser que o pastor precise um dia, em função dos interesses do Reino de Deus, mudar-se para outra Igreja em que seu salário seja inferior ao anterior; e se ele e sua família se acostumaram a um tipo de vida liberal nos gastos, sentirão também a diferença e poderão ressentir-se de modo prejudicial. O “estilo de vida simples” é o que convém, de acordo com o ensino de 1Tm 6.8: “Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. Humildade e simplicidade são prioridades.
3) Outro ponto a ponderar, é quando o pastor tem pretensões outras, além do ministério pastoral - por exemplo - quer fazer um outro curso superior que lhe dê mais cultura ou, quem sabe, um trabalho paralelo ao ministério.
Nesse caso, há algumas coisas a lembrar: a) Cristo ensinou que o obreiro de Sua seara, o pastor, deve viver do próprio trabalho no ministério - 1Co 9.14: “Assim ordenou o Senhor, aos que trabalham no Evangelho, que vivam do Evangelho”; b) Temos de perguntar: o obreiro está buscando um outro curso ou outra atividade remunerada, em função do próprio ministério? Em outras palavras, qual é a motivação que leva o pastor a buscar essa atividade? Se vai resultar em maior eficiência do trabalho pastoral, parece razoável. Se é porque a Igreja não tem condições de pagar ao pastor nem o mínimo necessário para o sustento da família, poderá ser até obrigação do chefe da família prover o que lhe falta. Além disso não é razoável gastar em outra atividade estranha ao ministério, o tempo e a energia que deveriam ser gastos no pastorado da Igreja. E mesmo quando o curso visado possa ser útil no ministério pastoral, se isso for onerar demasiadamente a Igreja, ou prejudicar o atendimento pastoral, não é razoável, nem exeqüível. É melhor cuidar da Igreja, até que ela se fortaleça e suporte mais encargos financeiros.
Outras prioridades poderão surgir, dependendo do tipo de igreja em que esteja o pastor. Poderá ser o trabalho de evangelização, ou o de melhor doutrinação dos irmãos para depois dedicarem-se mais à evangelização e ao discipulado. Poderá também colocar em ordem e melhorar as condições financeiras da Igreja para também aumentar e melhorar suas instalações e seus recursos pedagógicos. Mas em tudo o verdadeiro pastor, consciencioso, cuidará da Igreja – todos os irmãos –com sabedoria e desprendimento.
Planejar o trabalho, depois de fazer um diagnóstico das necessidades maiores da Igreja, é correto, porém buscando a direção de Deus. Os planos de Deus é que devem ser realizados.
E todo pastor deve lembrar-se: “O campo é o mundo”, disse Jesus – Mt 13.38.
É muito grande o privilégio que Deus nos concede pondo-nos no ministério. Recebamo-lo com humildade, dediquemo-nos a ele, sem reservas e com todo o amor.
1 comentário:
gostei da iniciativa desse grande profeta. Quanto + assim fizermos edificaremos a igreja e expandiremos o reino de Deus na terra. Não basta colocar mensaens é presiso que elas tenham conteúdo bíblico e essas tem Deus o abençõe muito mais caro colega
Do jovem pr. Edivaldo orem pelo avivamento na minha congregação
pr.edivaldo@hotmail.com
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