quarta-feira, janeiro 06, 2010

Os evangélicos e os neo-pentecostais - 3 final

II- Quanto ao crescimento numérico.

II.1- É realmente espantoso, fenomenal... e enganoso. Além de apelar para as emoções causadas pelos aparentes e falsos milagres, estimulam o fanatismo. O povo brasileiro é muito afeito a emocionalismo e fanatismo, e gosta disso.

II.2- Atraem multidões com falsas promessas, sem base bíblica: solução (e não superação) dos problemas, libertação (de vícios, de demônios, de opressão, de “encostos” e de “maldição hereditária” e do demonismo trazido do Espiritismo, etc.). Em lugar disso, Cristo diz com clareza e lealdade: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. A garantia de nos ouvir é nos termos de 1Jo 5.14: “se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (grifo meu). Sobre “maldição hereditária”, leia Ez 18.20: “A alma que pecar, essa morrerá; o filhos não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho. A justiça do justo ficará sobre eles, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”.

II.3- Culto cheio de exterioridades – expressão corporal, música popular de extrema pobreza intelectual e sem conteúdo bíblico, volume de som dos instrumentos musicais e de microfones além dos limites suportáveis e recomendáveis – fazem parte do processo de “lavagem cerebral”.

II.4- Ensino centralizado em poucos assuntos: línguas estranhas, cura, libertação, prosperidade, revelação e outras “modas”. Todos sem base bíblica ou à custa de heresias com aparência de verdade.

II.5- Experiência mística, sem apoio e exemplo bíblico. Sugestão, auto-sugestão, conceito errado de “fé”, crença no poder de operar milagres, etc.

II.6- Liderança carismática: pastores e pregadores aprendem uma técnica para impressionar e sugestionar, e não uma técnica para transmitir corretamente o ensino bíblico.

II.7- Uso intenso dos meios de comunicação, especialmente a televisão e o rádio, por mais caros que sejam: a freguesia é explorada o suficiente para custear tal propaganda. Ao contrário, Cristo e os apóstolos nunca usaram quaisquer artifícios para atraírem multidões; apenas a palavra autorizada pelas Escrituras; os cristão primitivos tinham o poder espiritual dado pelo Espírito Santo - At 1.1.8: “recebereis a virtude (ou poder) do Espírito Santo”.

Tudo isso, no meio neo-pentecostal, revela charlatanismo, mercantilismo e megalomania. Nota-se até nos nomes dados às igrejas: Universal, Mundial, Internacional, e nos títulos auto-conferidos: “bispo”, “apóstolo”.

Cuidado! Não se deixe impressionar nem influenciar por uma maioria. Cristo chamou Seu povo de “pequeno rebanho” – Lc 12.32. Isto não deve acomodar-nos, porque a ordem é “ir por todo o mundo”, mas nos faz lembrar que crescimento real da Igreja só se dá por conversão operada pelo Espírito Santo, e não simplesmente por “marketing” e adesão, conquistas humanas apenas.

(final)

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