A graça de Deus é a oferta gratuita que Ele faz ao ser humano, de salvá-lo eternamente, adotando-o como filho. Salva-o da condenação, do poder do pecado e santifica-o para que o ser humano possa habitar no Céu. É gratuita porque o ser humano não merece tudo isto que Deus lhe oferece, nem tem condições, por si mesmo, de conquistar qualquer destas bênçãos. A Aliança assim estabelecida por Deus não depende do homem, mas tão somente da graça de Deus.
Textos básicos, iniciais: Gn 3.15; 12.1-3; 15.6; Gl 3.6 e 9; 4.24-28; 3.16 e 29.
Deus fez ou estabeleceu dois pactos: primeiro, o pacto das obras ou da obediência, com Adão e Eva, antes de serem pecadores. O ser humano tinha, então, condições de fazer sua parte, obedecendo; porém, fracassou - Gn 3.6. O concerto da Lei foi feito no Sinai - Gl 3.24. Nessa ocasião o homem prometeu cumpri-la. A Lei instrui o ser humano, mas também condena aquele que a transgride e está fora da aliança da Graça. A Lei escrita foi dada por Deus após haver estabelecido a Aliança, e não anula nem interrompe a Aliança da Graça. Aquele que, pela graça de Deus, está dentro da Aliança da Graça, não é condenado por sua transgressão da Lei, porque Cristo morreu e pagou sua dívida com Deus - 1Co 8.1 e 1Pe 1.18-19.
Gn 17.7-10 - concerto “perpétuo” com Abraão, tendo a circuncisão como sinal visível do pacto.
O pacto da Graça tem a garantia de sua realização na pessoa de Cristo e não na obediência do homem ou qualquer esforço seu - Rm 5.1; Ef 2.8. A fé, que também é dada por Deus, é que capacita o ser humano a gozar dos benefícios da graça, inclusive a graça de não mais ser escravo do pecado. Je 31.31-34; Hb 8.8-12 e Rm 6.14.
O ser humano responde a Deus com a fé em Cristo, pessoal, consciente, voluntária. Em Cristo, cada pessoa que O recebe é admitida no pacto da Graça.
O pacto da graça é particular e não universal, como querem os universalistas - Gn 12.7; 17.7; Gl 3.16- “à tua posteridade, que é Cristo”. Em Cristo é que somos incluidos no pacto da Graça.
É um erro pensar que a “dispensação da graça” é a partir de Cristo, e que antes dEle o que havia era a “dispensação da Lei”. Nenhum texto bíblico diz isso.
A graça foi estabelecida por Deus em Gn 3.15 e tornada explícita na chamada de Deus a Abraão, em Gn 12.1-3.
É um pacto da Trindade com o homem: o Pai oferece a graça, por meio do Filho, e o Espírito Santo o aplica a cada pessoa - Ef 1.1-7, 10-14; 1Pe 1.2; 1Co 15.10 (“sou”)
Ef 4.7 - “a cada um”; 2Pe 3.18 - “Crescei na graça”; 1Pe 5.10-12 - “esta é a verdadeira graça”.
A doutrina da Graça é teocêntrica e não antropocêntrica; depende só de Deus e não do homem. Deus é a causa da Salvação. Lm 3.22; Ef 2.5 e 8-10; Is 47.4; Jó 19.25-27; Sl 49.7-8. Sem Cristo não há salvação - Jo 14.6; Tt 3.5; Gl 2.16; At 13.39.
A graça tem uma aplicação universal apenas no sentido de alcançar pessoas de todas as raças, tribos e linguas, e não no sentido de alcançar todas as pessoas, numa salvação universal. Jo 3.16, 18, 36; At 16.31; Mt 28.19; Mc 16.15; Rm 1.16.
A graça nos reeduca com a Lei; o Espírito Santo nos capacita a observá-la, mesmo que imperfeitamente. É pelo processo da santificação, com os 2 aspectos: o positivo e o negativo. Tt 2.12 e 3.3-8.
A graça de Deus cria um novo homem, um novo povo, a Igreja - 1Pe 2.9-10; 1Co 10.31; Ef 4.1; Fp 4.1.
A graça de Deus nos dá esperança (certa e segura)- Tt 2.13.
Devemos entender “vida eterna” como qualidade de vida que começa imediatamente após a conversão, e não simplesmente como imortalidade; esta todos possuem. Por isso todos serão ressuscitados, conforme afirmou Jesus Cristo, em Jo 5.29; e todos comparecerão ao juizo final - Mt 25.34, 41 e 46.
Quem crê em Cristo, e O recebeu como Senhor e Salvador, tem a vida eterna. Por isso dê graças a Deus. “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom (dádiva) de Deus” - Ef. 2.8.
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