O Trabalho e o Salário - Nas Escrituras também o salário é assunto frequente. Ainda no primeiro livro, o de Gênesis (31.7), encontramos Jacó reclamando de Labão melhor salário. Em 31.26, o insatisfeito Jacó está se demitindo; nos versículos 27 a 32 estão Jacó e Labão negociando um novo acordo sobre o salário de Jacó. Passaram-se anos e quando Jacó voltava para sua terra, ainda falava a Labão sobre a forma injusta de Labão dar-lhe o salário, embora Jacó tenha enriquecido durante aqueles 20 anos (31.38-41).
Em Êxodo 2.9 encontramos a filha do faraó contratando a mãe do recém-nascido Moisés para ser a ama do próprio filho, e dizendo: “eu te darei teu salário".
Em Isaías 1 Deus está repreendendo severamente o povo de Israel por sua incredulidade apesar de sua religiosidade exterior. Entre as palavras de repreensão, estão estas: “Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama as peitas, e corre após salários; não fazem justiça ao órfão e não chega perante eles a causa das viúvas”. Buscavam o salário, sem se preocuparem com o mais importante, a justiça. Em Is 19.10 está uma referência à incredulidade e maldade dos egípcios: “...e todos os que trabalham por salário ficarão com tristeza na alma”. É Deus mostrando que o salário - necessário e justo - não deve ser visto e procurado como a coisa mais importante, mas sim o objetivo do trabalho, que é a produção de bens materiais, morais e espirituais necessários ao bem comum. Trabalhar por amor ao dinheiro não é salutar, não é o verdadeiro objetivo do trabalho, é avareza.
São sugestivos estes textos de Provérbios 6.7: “Todo o trabalho do homem é para a sua boca, e contudo nunca se satisfaz a sua cobiça”. “O que amar o dinheiro nunca se fartará dele” (5.10).
(continua)
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