terça-feira, junho 22, 2010

A Comunicação na Vida do Casal (um estudo inacabado)

Vós, maridos, coabitai com elas (esposas) com entendimento.” “Vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres”. Aí estão o texto de 1Pe 3.7 nas traduções de Almeida (corrigida) e NVI. Ambas estão corretas, com palavras diferentes.
A primeira diz: “com entendimento”. Por que?
Entendimento é acordo, assentimento. Quando não há entendimento há desentendimento, conflito.
Entendimento ajuda a aperfeiçoar o amor; desentendimento e indiferença levam ao desamor. Não há como disfarçar; qualquer dos dois traz o esfriamento e esfriamento traz separação.
Há muitos motivos ou ocasiões de desentendimento na vida de um casal; geralmente, diferenças:

l. de temperamentos;
2. de costumes;
3. de educação;
4. de opiniões e conceitos;
5. de religião;
6. de conceitos de vida cristã, além de:
7. importância dada ao dinheiro;
8. vida sexual do casal;
9. a educação dos filhos; e
10. relacionamento com os pais e sogros.

1. Temperamentos: sanguíneo, colérico e fleugmático. Temperamento não muda jamais; perca a esperança! Mas o temperamento, seja qual for, pode e deve estar sob controle - é o “domínio próprio”, longe de extremos e excessos (Gl 5.22). Duas pessoas viverão bem, tanto como amigo, companheiros de trabalho ou marido e mulher, se um respeitar a maneira de ser do outro, inclusive do seu temperamento; não tentando mudá-lo, mas adjudando-o a evitar os excessos causados pelo temperamento, seja o colérico, o sanguíneo, ou o fleugmático.
2. Costumes são adquiridos pela prática continuada na educação, ainda na infância, no trabalho, no estudo ou qualquer outra atividade. São os hábitos. Há aqueles que são bons e nos ajudam a fazer com facilidade aquilo que para outros é difícil; mas há também os hábitos prejudiciais que devem ser mudados. Nisso também podemos ajudar-nos como companheiros de estudo, de trabalho, amigos ou cônjuges.
3. Educação. São as “boas maneiras” que variam de família para família, de povo para povo. Quando um percebe que suas maneiras chocam o outro, convém evitá-las para não se tornar desagradável.
4. Opiniões e conceitos. Aí está um campo em que é mais difícil alguém mudar, mas se tivermos humildade para reconhecer que somos falíveis, e que nossos conceitos e opiniões podem estar errados ou podem ser melhorados, conseguiremos as mudanças que forem necessárias ou, pelo menos, razoáveis. É com o diálogo amigo que podemos mudar ou ajudar o outro a mudar, mesmo no campo moral e religioso. Em alguns desses conceitos temos que ser intransigentes conosco mesmos, mas ao mesmo tempo temos que ser compreensivos e tolerantes com os outros.
5. Quanto ao dinheiro e seu lugar em nossa vida, precisamos ter sempre em mente aquilo que é necessário e justo, e aquilo que é supérfluo e até injusto. A boa mordomia cristã é que nos ajudará a administrar bem o dinheiro para nosso próprio bem e da família, e também em favor do próximo. Nada de “gastança”, nem de avareza, de desperdício e de egoismo, mas convém lembrar sempre que “todo o ouro e toda a prata” pertencem a Deus, sendo nós os mordomos a quem Ele confiou a guarda e administração desses bens.

(estudo inacabado)

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