quinta-feira, julho 30, 2009

Palestra com Noivos - 18

Tem havido esposas responsáveis pelo adultério de seus maridos, por se terem negado a eles indevidamente, como tem havido casos de maridos serem culpados pelo adultério de suas esposas, por terem negligenciado seu relacionamento íntimo - ou porque se entregaram demasiadamente ao trabalho exaustivo, ou porque se ausentaram do lar por longo tempo, expondo as esposas à tentação.

Este é um campo perigoso em que marido e esposa precisam cuidar-se, cada um de si mesmo e do outro, para que não enfrentem a tragédia da infidelidade conjugal.

E lembrem-se: não se trata só da relação sexual, mas também do relacionamento afetivo e emocional, do carinho que um deve ao outro. Há sempre algum estranho oferecendo aquilo que está faltando em casa. Cuidado, pois!

O versículo 7 é muito interessante. Paulo fala a respeito dele mesmo. Sem revelar-nos se era casado, solterio ou viúvo, Paulo diz, no versículo 8, que ele possuia uma grande capacidade de conter-se: “Eu quereria que todos os homens fossem como eu mesmo”, mas reconhece que nem todos são iguais, com a mesma capacidade; “mas cada um tem de Deus o seu próprio dom”. “Digo, porém, aos solteiros e às viuvas, que lhes é bom se ficarem como eu”.

O versículo 9 também merece muita atenção:

Caso, porém, não se dominem” (ed.atualizada) ou “mas, se não podem conter-se” (ed.corrigida), “casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” ou “do que viver abrasado”.

Vai aqui um aviso solene aos namorados e noivos. Seus afetos têm que ser controlados por uma grande força de vontade. A troca de carinhos físicos é uma faca de dois gumes, perigosa. A intimidade é crescente, chegando a ser altamente excitante e até pecaminosa, pouco faltando para a conjunção sexual. Casais de namorados cristãos caem nessa armadilha, para ficarem depois com consciências pesadas. É pior, ainda, quando se casam porque a paixão e o desejo sexual os dominou, levados pela atração sexual (eros), sem as necessárias afinidades de amizade (filía) e sem o indispensável e mais forte amor espiritual (agápe). Esse é um casamento de risco, um risco que ninguém devia correr.

Infelizmente também tem havido muitos casos de casais de namorados cristãos terem de apressar a realização do casamento porque a noiva está grávida; e aí até os noivos não sabem se estão se casando por amor, por conveniência ou por obrigação. Quando acontece isso é necessário que, diante de Deus, assumam sua união e a promessa de se amarem profundamente, cultivando com empenho o verdadeiro amor, sobretudo o amor espiritual.

Namorados e noivos! Cultivem a amizade e o amor espiritual, com vistas ao casamento. Não cultivem o amor erótico; reservem este apenas para quando estiverem casados. Antes de se casarem, basta a atração sexual que os atrai desde o início. Após o casamento, então usufruam plenamente do amor, na presença de Deus, com consciência tranquila.


(na próxima semana, estudo 7)

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