terça-feira, agosto 18, 2009

Palestra com Noivos - 23

Compreendamos o ensino de Cristo. O casamento une um homem e uma mulher intimamente, ao ponto de Cristo dizer que “serão dois uma só carne” e repete “e assim não são mais dois (corpos), mas uma só carne”. Na realidade um passa a ser a metade do outro. Separar essas metades é uma violência dolorosa. E completa Cristo: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”.

Na passagem paralela de Mt 19.9, Cristo diz: “...qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada comete adultério”.

O único caso em que Cristo admite mas não ordena o divórcio é o de prostituição ou fornicação (a palavra grega é “pornéia”). O pecado de prostituição de uma pessoa casada é adultério, infidelidade conjugal - compromete a união matrimonial; é de suma gravidade.

Obervemos bem: nem Moisés nem Cristo ordenam o divórcio, nessas condições; eles apenas o admitem ou permitem.

Em que ficamos? Havendo o pecado de adultério de um, o outro deve divorciar-se? Então diz Cristo: “Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem”. Isto quer dizer que ninguém tem o direito de comprometer a união matrimonial de ninguém. Mas, se houve adultério, poderá ou não haver o divórcio.

Alguns raciocinam assim: se o casamento deu certo, foi Deus Quem os uniu, mas se não deu certo, não foi. Não podemos concordar. Deus é Quem dirige todas as coisas, e assim a vida de cada pessoa. Ninguém se casa “por acaso” ou à revelia da vontade de Deus. Não somos nós que podemos afirmar que uns foram unidos por Deus e outros, não.

Além disso, acima da lei permissiva de Dt 24.1, existe uma lei muito maior, que é a lei do perdão: Lc 17.3: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e se ele se arrepender, perdoa-lhe”. “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos não perdoara a vós”.

O que resolve um problema tão grave - seja um adultério ou qualquer outra ofensa - é a reconciliação, com o arrependimento real e sincero de um lado e o perdão de outro; sem outra alternativa.

1 comentário:

arnaldo moreno disse...

Na relação genro/sogro, o arrependimento de um lado, e o perdão do outro, também se aplicam. Minha dúvida é quanto ao provérbio: Homem de grande ira terá de sofrer o dano, pois se o livrares terá de vir a fazê-lo de novo. Assim, penso que é preciso utilizar de coerção, para prevenir reincidências. Que você acha disso, Rubens? Arnaldo Moreno