A igreja em perigo
Mateus 23.1-5 - leia-o - é um dos textos em que Cristo fala de líderes falsos que tem existido sempre, inclusive atualmente. É um alerta para a Igreja de todos os tempos.
Como se caracterizam tais falsos líderes?
1- Assentam-se "na cadeira de Moisés": se auto promovem com cursos, diplomas e títulos;
2- Seu ensino é correto;
3- Sua prática é incorreta - "dizem e não praticam" - são incoerentes.
Em linguagem atual, seus alvos são:
1- Ser "bacharéis", "mestres", "doutores", "apóstolos", "bispos";
2- Receber uma remuneração à altura de sua suposta importância - "atam fardos pesados e difíceis de suportar e os põem nos ombros dos homens";
3- Fazer tudo a fim de "serem vistos"; são narcisistas, admiradores de si mesmos.
Por outro lado:
1- Não dão bons exemplos;
2- Não são caridosos e tornam-se pedras de tropeço - "homens maus e enganadores, vão de mal para pior, enganando e sendo enganados" (v. 13).
O que vemos hoje? Muitos se projetando a si mesmos, com vistas a altos cargos na igreja; usando artimanhas políticas para atingirem objetivos políticos. É a má política eclesiástica, a politicagem.
Qual o resultado da ação de homens assim? Igrejas descaracterizadas, "clubes religiosos", empresas que exploram a religiosidade do povo - "enganando e sendo enganados" - 2Tm 3.13.
Entendem que a "sua" igreja deve ser rica embora muitos de seus membros sejam pobres e carentes. Transformam os diáconos da igreja em meros porteiros e serviçais, e não em "ministros da caridade cristã". Nesse mesmo texto, Paulo os qualifica como "homens maus".
Em nome da "disciplina eclesiástica" não temos o direito de nos acomodar. Ninguém, nem concílio algum pode impedir que o verdadeiro pastor e os verdadeiros diáconos cumpram seus ministérios.
No Presbitério Oeste Paulistano, na década de 80, aconteceu coisa semelhante. O Centro Presbiteriano Humanitário de Ação Social - CEPHAS - foi criado à revelia dos concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil: jamais o Presbitério reconheceu e apoiou o CEPHAS. Como um dos seus pastores estava à frente da entidade e da congregação que lá se criou, o Presbitério não o considerou "pastor em tempo integral", porque dedicava parte de seu tempo àquela obra social. Mas a obra continuou com a bênção de Deus se manifestando dia após dia.
As cartas de Paulo a Timóteo estão cheias de conselhos e exortações. Talvez Timóteo fosse um tanto tímido e por isso precisasse de conselhos e exortações, que servem hoje para todos nós.
Não nos deixemos intimidar: "Sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério" - 2Tm 4.5.
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