“Enquanto temos tempo...”
Gl 6.7-10; Ef 5.15-16
Só Deus sabe quando terminará o tempo de cada um de nós. Pode ser de repente, inesperadamente, ou prevista e esperada como em certas enfermidades. O certo é que, um dia, cada um de nós terá seu tempo terminado. Então, “enquanto temos tempo, façamos o bem”. Não há tempo a perder.
É bom estar conscientes disso. Tenho pensado muito em função dos 81 anos até aqui vividos.
Deus é o Senhor de nossa vida e a Ele cabe dar-nos vida e determinar a sua duração. Em muitos casos Ele nos alerta.
No meu caso tem sido assim. Quando criança fui muito doente e frágil. Até os 8 anos tive quatro pneumonias. Deus preservou-me a vida.
Acidentes, sofri vários. O primeiro que me lembro foi quando criança, caí de uma carroça e bati com a cabeça na sarjeta. Perdi os sentidos. Outra vez, já adulto, escorreguei e caí em uma banheira antiga de ferro; novamente, bati violentamente a nuca na beirada da banheira, mas não perdi os sentidos.
Sofri três acidentes de carro. Em dois deles fui atirado para fora do veículo – não havia cinto de segurança naquele tempo – e poderia ter morrido; em um deles bati a cabeça e perdi os sentidos por alguns minutos; em outro quebrei a perna. O terceiro foi menos grave, mas também poderia ter sido fatal.
De tudo tiro várias lições, principalmente esta: em cada um desses casos, Deus me avisa e me dá mais tempo.
Após um dos acidentes, apressei-me a tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida como pastor, e não me arrependi.
O que Paulo escreve é para todo nós:
“Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”. A uns dando bens materiais - “...pão a quem tem fome, e água a quem tem sede” - Mt 25.34-36; Tg 1.27. A outros, temos que admoestar e ensinar – Cl 3.16 – a todos fazendo o bem, como Jesus Cristo fez, inclusive repreendendo - Mt 16.23; Lc 9.55 – quando necessário.
O mundo nos oferece mil “entretenimentos”, e nos distrai com toda a espécie de futilidades, desvia a nossa atenção daquilo que é realmente importante. Faz isso de tal modo que se cada um fizer um balanço geral do que tem feito na vida, verificará que está em débito com Deus – Mt25.41-43; Dn 5.27. Não deixe que isso lhe aconteça!
E nós, cristãos em geral, membros de igrejas, oficiais e pastores, temos usado bem e cuidadosamente o tempo? Ou temos nos distraído com muitas coisas inúteis e supérfluas, deixando de fazer o bem?
Fique atento: “enquanto é tempo...”
A fé que salva não é apenas a crença intelectual, mas sim, a fé que envolve a razão, os sentimentos e a vontade; é a fé que leva à santificação e à ação, de tal forma que somos novas criaturas – 2Co 5.17.
Cuidado, não seja “um crente”, mas sim, uma “nova criatura”!
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