Mas vamos diretamente ao assunto “finanças”.
O casal precisa fazer inicialmente um orçamento e habituar-se a fazê-lo: na coluna da “receita”, colocar os salários e outras rendas que possa ter. Na coluna da “despesa”, prever: aluguel ou prestação da casa, gastos com luz, água, transporte, alimentos, vestuário, quanto pretende gastar com passeios e recreação, gastos eventuais com assistência médica e medicamentos, e ter sempre uma sobra, um “superavit” para ser guardado e ser usado em algum projeto como aquisição de uma condução própria ou um imóvel. Se os noivos são cristãos, coloquem como 1º item da “despesa”, “o dízimo que é do Senhor” - Lv 27.30 e 32. Será uma boa maneira de iniciar a vida da família: “dar a Deus o que é de Deus”.
Feito o orçamento inicial, saberá se já tem condições de casar-se ou se precisa esperar mais algum tempo. Não é bom iniciar a vida de casados passando apertos financeiros.
Depois de casar-se, continuar a fazer orçamento mensal.
Porém, feito o orçamento, é também conveniente anotar as despesas realmente feitas - todas elas - para saber, ao final do mês, se o orçamento foi cumprido, se houve “deficit” (falta) ou “superavit” (sobra); em que item gastaram mais ou menos do que o previsto; verificar se há despesas que devem ser diminuidas ou suprimidas.
Sem esse contrôle poderão surgir problemas. Se houver sobra, talvez ela não seja bem aproveitada por falta de um plano. Mas se faltar dinheiro, poderá surgir um desentendimento: ele achar que ela gastou demais e ela pensar que ele gastou mal. Se a despesa estiver anotada, evitam-se problemas desse tipo.
Um ditado popular, muito sábio, diz: “Em casa onde falta pão (dinheiro), todo mundo grita e ninguém tem razão”.
Quando é feito orçamento e também uma escrita dos gastos, o casal fica sabendo qual foi a causa, que pode ter sido inevitável, sem culpa de ninguém e se evitará a discussão por causa de dinheiro.
Isto é muito importante para todo casal, especialmente quando os recursos disponíveis são poucos.
Além disso, as situações mudam por vários motivos: nascimento de filhos, mudança ou perda de emprego, aumento de salário, despesas com estudo e despesas eventuais, imprevistas mas necessárias. O casal deve estar habituado a planejar e a re-adaptar seu orçamento, e assim evitará o problema de inadimplência (não poder pagar alguma conta).
É importante que toda a família se defenda do “consumismo”, habituando-se a comprar só o que seja realmente necessário, para que possa fazer economias. Evitar crediários e cartões de crédito, cujas facilidades se tornam, muitas vezes, em verdadeiras armadilhas; os juros são altíssimos. Fuja deles.
Outro ponto importante é ser econômico em tudo, evitar toda espécie de desperdício. Cristo ensina a não desperdiçar. No texto de Jo 6.12, ocasião em que Ele multiplicou pães e peixes para alimentar milhares de pessoas, Ele ordenou que se recolhessem “os pedaços que sobejaram para que nada se perca”, disse.
Vivemos numa sociedade consumista que não poupa nada. Há incrível desperdício. Nos processos de colheita e transporte dos produtos agrícolas a perda é impressionante. Na distribuição de água nas cidades, existem vazamentos constantes por incúria dos responsáveis. Mas nas nossas casas o deperdício continua: com torneiras mal fechadas, torneiras totalmente abertas, quando se poderia abrir só um pouco dela, e economizar água; lavarem-se calçadas e carros com esguicho quando, usando-se baldes, vassouras e panos, poder-se-ia gastar 10 ou 20 vezes menos água.
Móveis e utensílios recuperáveis são simplesmente jogados no lixo. Material escolar - livros, cadernos usados apenas pela metade são igualmente jogados fora.
Se cada família criar o hábito de não desperdiçar “para que nada se perca”, segundo o ensino de Cristo, muita economia será feita através através de meses e anos. Sejamos bons mordomos.
Algumas coisas que enumeramos atrás talvez não nos sirvam mais, mas podem ser úteis para outros. Jogá-las fora, simplesmente, é péssima mordomia. Lembremo-nos de que “A Terra é do Senhor e tudo que nela se contém” - Sl 24.1.
Sejamos disciplinados no uso dos bens materiais que Deus nos confia, usando-os cuidadosamente. Família e sociedade ganharão.
1 comentário:
Lei número 8 do Jovem Crente: O Jovem Crente é econômico e respeita o bem alheio.
A gente só não deve ser econômico no amor, com que nos devemos amars uns aos outros.
Arnaldo Moreno
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