Há aqueles pais que dão aos filhos tudo o que depende de dinheiro, mas não lhes dão nem carinho nem formação moral e espiritual. Muitos desses filhos, até superdotados intelectualmente, se transformam em imensos problemas para os próprios pais e para a sociedade.
As condições dos pais, que determinam o tamanho de sua “aljava”, não são só as financeiras; tem-se que considerar também as condições de saúde física, psíquica e emocional, as condições intelectuais, morais e espirituais dos pais.
Tudo isso aponta para a necessidade de serem instruídos os noivos a fim de terem condições de fazer uma auto-avaliação e então tomarem as precauções e providências necessárias para um casamento bem sucedido.
Se um casal ainda não tem filhos, deve verificar se está realmente preparado, antes que tenha o primeiro; depois verificar se pode ter um 2º, um 3º e assim por diante. E, se verificar que não tem condições, tome as providências preventivas - mas não abortivas - para não tê-los sem as condições necessárias. Um bom médico é quem poderá orientar um casal sobre o chamado “controle da natalidade”, tendo-se em vista a paternidade responsável. Essa é uma decisão a ser tomada com oração e temor de Deus.
As “aljavas” (receptáculos cilíndricos onde o guerreiro e o caçador levavam as flechas) não eram todas do mesmo tamanho. Assim, também, a capacidade de cada casal ter um só ou muitos filhos, depende da capacidade, tanto do marido como da esposa.
Um dos problemas do mundo é a superpopulação, especialmente entre os países e classes mais pobres e menos dotados.
Os casais mais dotados geralmente têm menos filhos e os pouco dotados têm muitos. Isso traz um perigoso desequilíbrio demográfico e social no mundo, e dentro de um mesmo país: famílias pobres, com muitos filhos, e famílias ricas com poucos. Esse fato gera um círculo vicioso: os pobres não têm condições para ilustrar-se, orientar-se sobre o assunto e se tornam mais numerosos e mais pobres.
O certo é que cada casal tenha só e todos os filhos que tenha capacidade de criar e educar realmente. A imprudência não deve levar casais cristãos a terem mais filhos do que podem; o egoísmo e o comodismo não devem impedir que um casal tenha todos os filhos que realmente deveria ter.
Uma minoria rica, progressivamente menor em porcentagem, formada de pessoas bem dotadas em todos os aspectos, com exceção, no aspecto moral; e uma maioria, crescente proporcionalmente, de pessoas pouco dotadas, cada vez mais pobres: esse é um imenso problema social, de difícil solução; mas compete a todos nós usar a inteligência e o bom senso para que, pelo menos, não o agravemos. Deus nos deu inteligência para detectar problemas e buscar soluções que não firam os direitos humanos, a começar pelo direito à vida. Voltemos, porém, ao versículo 5. Realmente é feliz o homem que tem todos os filhos que poderia ter, inclusive aquele que tem muitos filhos, pois eles são “herança do Senhor”.
Se geramos, criamos, educamos e guiamos nossos filhos no temor de Deus, a possibilidade é muito grande de que eles sejam uma bênção no mundo. Seus inimigos não terão de que acusá-los.
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